Médium é acusado de abusar de dezenas de mulheres |
da Agência Brasil
O ministro Nefi Cordeiro, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), prorrogou por dez dias o prazo de internação do curandeiro João de Deus, no Instituto de Neurologia de Goiânia.
Preso em caráter preventivo desde 16 de dezembro de 2018, ele é acusado de ter abusado sexualmente de dezenas de frequentadoras de um centro espírita, em Abadiânia, Goiás.
Foi o mesmo ministro do STJ que, em 21 de março de 2019, autorizou João de Deus a deixar o Núcleo de Custódia de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana de Goiânia, para ser internado em um hospital particular.
No pedido de transferência para a unidade de saúde, os advogados alegaram que o médium tem problemas de pressão arterial e um aneurisma da aorta abdominal, “com dissecção e alto risco de ruptura", precisando de atenção médica especial.
A primeira decisão do ministro do STJ foi confirmada no dia 11 de abril de 2019, pela Sexta Turma do STJ, à revelia do Ministério Público de Goiás (MP-GO), que se manifestou no sentido de que João de Deus fosse submetido a novos exames para confirmar a necessidade de sua internação em hospital particular. O prazo inicial terminou no último sábado (20).
Ao prorrogar a internação, o ministro do STJ determinou que os médicos informem sobre a previsão de alta hospitalar e o estado de saúde de João de Deus.
A permanência dele em estabelecimento particular já tinha sido questionada pelo Ministério Público Federal (MPF) e pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO), que ofereceram cinco denúncias contra o médium.
Procuradores e promotores questionaram os laudos médicos apresentados pela defesa, recomendando que ele fosse submetido a novos exames a fim de verificar a real necessidade de sua permanência no instituto neurológico.
Já a defesa alegou que a demora na hospitalização piorou significativamente o quadro clínico do paciente. De acordo com boletim médico juntado aos autos do processo, o médium está em tratamento de pneumonia, e não há previsão de alta.
Os promotores de Justiça de Goiás continuam ouvindo o depoimento de supostas vítimas.
Com foto de reprodução de imagem da TV Globo.
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