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Arqueólogos anunciam descoberta do desenho mais antigo do Homo sapiens

das agências

Um grupo de arqueólogos anunciou ter encontrado em uma caverna na África do Sul o desenho mais antigo produzido pelo ser humano de que se tem conhecimento. A descoberta é uma evidência de que o Homo sapiens já possuía habilidades cognitivas modernas dezenas de milhares de anos atrás.

O achado foi revelado em um estudo publicado na revista Nature em setembro de 2018).

Encontrado na caverna de Blombos, 300 quilômetros a leste da Cidade do Cabo, o desenho decora um pequeno fragmento de pedra e foi pintado com tinta vermelha a partir de pigmentos minerais.

Pesquisadores calculam que ele tenha sido produzido há cerca de 73 mil anos, no período conhecido como Idade da Pedra Média.

Padrão de retas
 teria sido feito
 há 73 mil anos

A descoberta é ao menos 30 mil anos mais antiga que os desenhos humanos conhecidos até o momento, afirma o estudo, e se soma a outros artefatos encontrados na mesma caverna, como contas de conchas, fragmentos gravados de pedra e ferramentas feitas a partir de uma versão rudimentar do cimento.

"Todas essas descobertas demonstram que o Homo sapiens antigo no sul da África usou técnicas distintas para produzir símbolos similares em diferentes superfícies", afirmou Christopher Henshilwood, arqueólogo que liderou a pesquisa, da Universidade de Bergen na Noruega e da Universidade de Witwatersrand na África do Sul.

O desenho consiste em um padrão abstrato de seis linhas retas cruzadas por outras três linhas ligeiramente curvadas, lembrando vagamente o símbolo conhecido atualmente como uma hashtag. O fragmento de pedra tem cerca de 38,6 milímetros de altura e 12,8 milímetros de largura.


Embora arqueólogos já tenham encontradas gravações em pedra de datas anteriores, incluindo uma em Java com ao menos meio milhão de anos, a equipe de pesquisadores afirmou que a descoberta da caverna de Blombos se trata do exemplo mais antigo de um desenho.

Henshilwood acrescentou que não hesitaria em chamar o padrão abstrato de arte. "É definitivamente um desenho abstrato e, quase com certeza, tinha algum significado para seu autor. Provavelmente fazia parte de um sistema simbólico comum compreendido por outras pessoas de seu grupo."

Acredita-se que o autor do desenho tenha sido um dos caçadores-coletores que se abrigavam periodicamente na caverna de Blombos, voltada para o Oceano Índico.

"O fim abrupto de todas as linhas nos cantos do fragmento indicam que o padrão, originalmente, se estendia sobre uma superfície maior. Ele era provavelmente mais complexo e estruturado em seu todo do que nesse segmento truncado."

Com texto de Deutsche Welle, uma emissora da Alemanha que produz jornalismo em 30 idiomas.


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