Pular para o conteúdo principal

Vítimas de pedófilos pedem ao papa menos retórica e mais ação


Francisco fala, fala
 e pouco faz contra
 os padres pedófilos


por Jesús Bastante
para Religión Digital

Miguel Ángel Hurtado tinha 16 anos quando sofreu abusos sexuais por parte de um sacerdote em Barcelona. Desde então, este psiquiatra catalão, residente em Londres, luta sem descanso para retirar mais vítimas desse obscuro caixão no qual ele próprio esteve metido, de medo e silêncio, que permitiu, entre outras coisas, que muitos depredadores tenham saído intactos de suas atrocidades. Uma impunidade favorecida a partir da própria Igreja e sua política de acobertamento e ameaças.

Hurtado é um dos responsáveis por ECA (Ending Clergy Abuse, em suas siglas em inglês), uma organização mundial de ativistas que se uniram para “obrigar a Igreja a acabar com o abuso clerical” a menores, fazer justiça às vítimas e “exigir o fim do mecanismo estrutural na Igreja que permite o abuso”.

Na atualidade, a organização ECA conta com ativistas em 15 países dos quatro continentes, e lida com informação relativa a abusos sexuais na Igreja em vários países de todo o mundo.


Em junho de 2018, coincidindo com a visita do papa a Genebra, a organização quis se fazer presente nas ruas, denunciando a passividade de Roma para implementar uma política antiabusos.

De fato, segundo revelava esta semana Associated Press, o Estado do Vaticano não conta com políticas para proteger os menores de sacerdotes pedófilos, nem requer que qualquer suposto abuso seja denunciado à polícia.

Sete anos depois que o Vaticano ordenou todas as conferências episcopais do mundo a elaborar diretrizes para evitar tais abusos, atender as vítimas, punir os infratores e manter afastados os pedófilos do sacerdócio, a própria sede da Igreja católica não tem uma política como essa.

“Não cabe a mim julgar o papa Francisco ou o Vaticano por suas palavras, mas pelos seus fatos”, relata Miguel Ángel Hurtado. 

Em sua opinião, “a retórica de tolerância zero, caso não seja acompanhada de ações contundentes, permanece em um triste slogan publicitário, que pode ser muito efetivo, mas não irá prevenir novos abusos, nem garantir que os sobreviventes adultos tenham acesso a uma justiça efetiva”.

“Não basta que o Papa, em nome da Igreja, peça perdão às vítimas”, denuncia Hurtado. “Se esse perdão não é acompanhado por ações encaminhadas a reparar o dano causado, não demonstra um arrependimento sincero”.

Com tradução do Cepat para IHU Online.


Devoto de dogmas medievais, papa Francisco é mais perigoso que Ratzinger

Livro conta a 'história secreta do papa tirano Francisco'

Papa comete abuso ao fazer marketing com menino de pai ateu




Sim, papa Francisco, o Inferno não existe. E o Paraíso também não

A responsabilidade dos comentários é de seus autores.


Comentários

Post mais lidos nos últimos 7 dias

90 trechos da Bíblia que são exemplos de ódio e atrocidade

Vicente e Soraya falam do peso que é ter o nome Abdelmassih

Chico Buarque: 'Sou ateu, faz parte do meu tipo sanguíneo'

Ateísmo faz parte há milênios de tradições asiáticas

Escritor ateu relata em livro viagem que fez com o papa Francisco, 'o louco de Deus'

Cinco deuses filhos de virgens morreram e ressuscitam. E nenhum deles é Jesus

Santuário Nossa Senhora Aparecida fatura R$ 100 milhões por ano

Basílica atrai 10 milhões de fiéis anualmente O Santuário de Nossa Senhora de Aparecida é uma empresa da Igreja Católica – tem CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) – que fatura R$ 100 milhões por ano. Tudo começou em 1717, quando três pescadores acharam uma imagem de Nossa Senhora no rio Paraíba do Sul, formando-se no local uma vila que se tornou na cidade de Aparecida, a 168 km de São Paulo. Em 1984, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) concedeu à nova basílica de Aparecida o status de santuário, que hoje é uma empresa em franca expansão, beneficiando-se do embalo da economia e do fortalecimento do poder aquisitivo da população dos extratos B e C. O produto dessa empresa é o “acolhimento”, disse o padre Darci José Nicioli, reitor do santuário, ao repórter Carlos Prieto, do jornal Valor Econômico. Para acolher cerca de 10 milhões de fiéis por ano, a empresa está investindo R$ 60 milhões na construção da Cidade do Romeiro, que será constituída por trê...

Mulheres tendem a ser mais religiosas que os homens, mas nos EUA geração Z pode mudar isso

Documentário relata abusos sexuais do autor dos mosaicos do Santuário de Aparecida

Caso Roger Abdelmassih

Violência contra a mulher Liminar concede transferência a Abelmassih para hospital penitenciário 23 de novembro de 2021  Justiça determina que o ex-médico Roger Abdelmassih retorne ao presídio 29 de julho de 2021 Justiça concede prisão domiciliar ao ex-médico condenado por 49 estupros   5 de maio de 2021 Lewandowski nega pedido de prisão domiciliar ao ex-médico Abdelmassih 26 de fevereiro de 2021 Corte de Direitos Humanos vai julgar Brasil por omissão no caso de Abdelmassih 6 de janeiro de 2021 Detento ataca ex-médico Roger Abdelmassih em hospital penitenciário 21 de outubro de 2020 Tribunal determina que Abdelmassih volte a cumprir pena em prisão fechada 29 de agosto de 2020 Abdelmassih obtém prisão domicililar por causa do coronavírus 14 de abril de 2020 Vicente Abdelmassih entra na Justiça para penhorar bens de seu pai 20 de dezembro de 2019 Lewandowski nega pedido de prisão domiciliar ao ex-médico estuprador 19 de novembro de 2019 Justiça cancela prisão domi...