Intolerância evangélica |
Faz dez anos que entrou em vigor a lei que instituiu “O Dia de Combate à Intolerância Religiosa”.
Só no Brasil uma hipocrisia dura tanto tempo sem ser questionada.
Diante dessa lei, quem não conhece o Brasil pode achar que aqui existe uma intolerância generalizada entre os religiosos.
Que há uma guerra santa multifacetada, com ataques e barricadas por todos os lados, com o envolvimento de todas as crenças.
Mas não é bem assim, porque, liderados por ultraconservadores, somente os pentecostais estão no ataque contra as religiões de matriz africana e o catolicismo.
Existe, sim, um estranhamento (histórico) de católicos em relação a evangélicos. Mas nos limites da boa convivência, respeitando o direito do outro de ter a crença que quiser (esclareço que não defendo nenhuma religião, sou ateu).
Somente pentecostais estão saindo para o pau, literalmente. Eles quebram terreiros e imagens de santos católicos. Na TV, que é um serviço de concessão pública, pastores pregam o ódio.
21 de janeiro foi escolhido para o “Dia de Combate à Intolerância Religiosa” porque a ialorixá Mãe Gilda morreu de enfarto nesse dia, em 2000, por estar abalada por ataques da Igreja Universal do Reino de Deus.
A lei, portanto, deveria criar o “Dia de Combate à Intolerância de Evangélicos contra Religiões de Matriz Africana”.
Ou, então, o “Dia de Combate à Intolerância da Igreja Universal”.
Em vez disso, optou-se pelo jeitinho brasileiro de resolver um problema não resolvendo, para atender os interesses de poderosos, como Edir Macedo.
O resultado é que, nesses últimos dez anos, a intolerância dos evangélicos só cresceu.
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