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Haverá disputa para fazer proselitismo |
A afirmação é de Luiz Antônio Cunha, professor emérito da UFRJ e membro do Observatório da Laicidade na Educação.
Ele afirmou que os evangélicos, fragmentados em dezenas de denominações, não têm interesse de se plantarem nas salas de aulas por causa da hegemonia católica.
Mas isso tende a mudar, disse, porque os evangélicos vão começar a disputar o espaço escolar.
Cunha deu uma entrevista à edição em português do site alemão Deutsche Welle sobre o assunto.
Segue uma síntese.
DW: Foi uma vitória dos religiosos sobre os defensores do Estado laico?
Cunha: Foi uma vitória dos católicos. Pouca gente sabe que as igrejas evangélicas são, em sua maioria, contrárias ao ensino religioso nas escolas públicas do Brasil, sob qualquer modalidade. Isso ficou muito claro na audiência pública do caso em 2015. Denominações do protestantismo de missão, como os luteranos, presbiterianos e batistas, esses são tradicionalmente contrários ao ensino religioso nas escolas.
Elas acreditam que "formação religiosa fazemos nós nas escolas dominicais". Mesmo no âmbito dos evangélicos pentecostais existe uma grande divisão. Uma das denominações que tem mais potencial político, a Igreja Universal do Reino do Deus, é oficialmente contrária ao ensino religioso nas escolas públicas. A Assembleia de Deus, que é maior e mais ativa politicamente, está dividida.
Cunha: Foi uma vitória dos católicos. Pouca gente sabe que as igrejas evangélicas são, em sua maioria, contrárias ao ensino religioso nas escolas públicas do Brasil, sob qualquer modalidade. Isso ficou muito claro na audiência pública do caso em 2015. Denominações do protestantismo de missão, como os luteranos, presbiterianos e batistas, esses são tradicionalmente contrários ao ensino religioso nas escolas.
Elas acreditam que "formação religiosa fazemos nós nas escolas dominicais". Mesmo no âmbito dos evangélicos pentecostais existe uma grande divisão. Uma das denominações que tem mais potencial político, a Igreja Universal do Reino do Deus, é oficialmente contrária ao ensino religioso nas escolas públicas. A Assembleia de Deus, que é maior e mais ativa politicamente, está dividida.
DW: Quais são as consequências dessa decisão do STF?
Cunha: No curto prazo é a manutenção do que já existe, inclusive do ensino confessional onde ele já está em vigor, como na rede estadual do Rio de Janeiro e na municipal carioca, assim como na de outros estados. No futuro, o que pode acontecer é ampliar a disputa do campo religioso em diferentes redes de ensino. Vamos ver um aumento da disputa de agentes religiosos no campo educacional.
DW: Então os principais lados da disputa não são os defensores do Estado laico e os religiosos, mas dois campos religiosos?
Cunha: Pois é. Nós estamos, no Brasil, numa situação peculiar. Nós tivemos o ponto máximo da laicidade em 1889. Depois disso tivemos um retrocesso que ainda não parou. É um processo de longa duração. O movimento laico hoje no Brasil começa a se desenvolver em reação a isso, de uma maneira diferente daquele que existiu no século 19. Naquela época era principalmente um movimento das elites intelectuais e políticas. Atualmente, além do movimento das elites, temos os movimentos sociais.
DW: Quais são as opções que restam aos defensores do Estado laico?
Cunha: O caminho é o mesmo que tínhamos antes dessa ADI. Ou seja, continuar a lutar pela laicidade do Estado e pela difusão desse conceito. Há uma ignorância generalizada sobre isso até mesmo entre as elites intelectuais. Muita gente pensa que a laicidade do Estado é sinônimo de um Estado inter-religioso, de um Estado que favorece todas as religiões. É uma ideia falsa.
Outro caminho é lutar para que a difusão do ensino religioso seja facultativa dentro das escolas. Na maior parte das escolas públicas que oferecem ensino religioso, ele é na prática obrigatório. Os alunos não costumam ser informados de que se trata de disciplina facultativa e também não há outras opções no mesmo horário. É preciso esclarecer tudo isso. E é uma tarefa de longo prazo, que vai demorar muito tempo.
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Comentários
CRISTIANISMO DOS NAVEGANTES, CRISTIANISMO DOS TRAFICANTES, CRISTIANISMO DOS COMUNISTAS, CRISTIANISMO DOS NAZISTAS, CRISTIANISMO DOS SÁBIOS E DOS IGNORANTES, (...). Vamos colocar, de fato, os ‘’pingos no is’’? É muito deprimente, decepcionante, frustrante, desalentador, ver homens inteligentes, cultos, oniscientes das questões mais urgentes da humanidade, glorificarem a nova onda ‘’conservadora que abalará o mundo’’, sob a liderança de Trump, Milei e Bolsonaro! Quantos desses sábios formadores de opinião apologéticos são divorciados, têm ou tiveram amantes? Quantos são a favor de que o casamento acabe em feminicídio ou lavagem de honra? Quantos acreditam que o Sol gira em torno da Terra? Que a Terra é uma bandeja com queda livre nas bordas? Que tomar banho deve ser proibido? Que é preciso retirar o coração dos mortos e manietá-los para não virarem vampiros? Que os bilhões de mortos por falta de vacinas e antibióticos foram castigados por Deus? Que a paródia da mulher adúltera perdoada por Cristo não é uma mentira da Idade Média? Os romanos tratavam de forma brutal e impiedosa o adultério da mulher! Depois que Cristo se tornou romano nada mudou com a defesa da honra patriarcal cristã católica romana? O cristianismo não foi a maior organização anticientífica da História? Por que o Cristianismo continua inimigo mortal do planejamento familiar? Não é preferível evitar que nasça um miserável do que a bancada da bala de Trump e Bolsonaro tenha que matá-lo muito após o apego à vida, a ponto de furtar, roubar, assassinar, estuprar, ou criar uma seita religiosa que venha provocar bilhões de mortes violentas no decorrer dos milênios? Quem são os imigrantes ilegais de Trump? Os Judeus do Egito, da Babilônia, de Alexandria, da Europa (...)? Eles, por acaso, não estão aparecendo e reaparecendo há milhares de anos, como, por exemplo, povos do mar, como nuvens como gafanhotos vorazes vítimas de catástrofes climáticas? Trump não quer saber de clima, nem de imigrantes feios e escuros! Esses infelizes, por acaso, não obedeceram à ordem divina ‘’crescei e Multiplicai-vos’’? Trump não é cristão? Não foram os cristãos primitivos quem atiraram as primeiras pedras nas religiões e nos deuses alheios? Por que os cristãos traficantes evangélicos brasileiros estão destruindo e expulsando as matrizes africanas, torturando e matando seus sacerdotes e fiéis? Abrão não foi o maior macumbeiro de todos? Ele não oferecia a Javé ou Jeová sacrifícios de animais diferentes costurados entre si, verdadeiras quimeras? O cristianismo das eternas guerras dos tronos do Velho Mundo não transformou florestas em navios de guerra, navios de tráfico negreiro, em todos os demais tipos de estruturas de morte e destruição? O Cristianismo conservador de 2 mil anos solucionou quais problemas da humanidade? O que matou mais, cerveja (há 7 mil anos?), alucinógenos das florestas (300 mil anos), álcool destilado, ópio, maconha, cocaína, vinho? Quanto mata o tráfico de drogas? Quantos anos Bolsonaro e seus clãs estão no poder político das Diretas-Já? O que Bolsonaro e seus alinhados e coligados estavam fazendo nos 40 ‘’verões passados’’? Ele era pobre, como adquiriu tantos imóveis? Como sustentou tantas famílias? Bolsonaro é divorciado? É conservador, mesmo? Qual foi a instituição conservadora inimiga mortal do divórcio por 2 mil anos? Conservadores nos costumes? Nas finanças e negociatas? Jesus Cristo, aqueles conservadores cristãos que vão enriquecer na política te saúdam! LUÍS CARLOS BALREIRA. PRESIDENTE MUNDIAL DA LEGIÃO CIENTÍFICA BRASILEIRA.
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