O sucesso da Assembleia de Deus como prestadora de serviço de telefonia móvel virtual incentivou outras igrejas evangélicas a entrarem no negócio, informam sites especializados no ramo.
Mas para quê, considerando que o objetivo das igrejas é arrecadar dízimo em troca de promessa de um mundo melhor no além?
Será que os chips de telefonia pré-paga vendidos pelas igrejas permitem ligação direta com Deus?
Se sim, quanto custa essa ligação para o todo-poderoso? Deus usa internet? Tem WhatsApp?
Os fiéis terão uma benção grátis dos chips?
A “Mais AD”, nome da telefonia virtual da Assembleia de Deus, possui cerca de 12 mil clientes, só em São Paulo, que é por enquanto a única cidade onde foi lançado o sistema da igreja.
As operadoras móveis virtuais funcionam assim: elas compram o serviço de uma telefônica e o repassam a seus clientes. Nessa negociação há uma empresa intermediária.
Em outras palavras, no caso das igrejas: elas “vendem” seus fiéis às operadoras e obtêm lucro sem investir nada.
Trata-se de um negócio nebuloso, que precisa ser mais bem explicado, porque as igrejas desfrutam de imunidade tributária.
Elas não estariam fazendo concorrência desleal a outras operadoras virtuais?
Além disso, esse caso não seria o que a lei chama de "desvio de finalidade"?
Deixando as indagações de lado, é preciso ir direito ao ponto: como a maioria das igrejas evangélicas não ajuda os pobres, esse negócio de telefonia móvel é mais uma malandragem de pastores.