Pular para o conteúdo principal

Supremo mantém ação contra padre acusado de intolerância

da Agência STF e outras fontes

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, indeferiu pedido formulado em Ação Cautelar (AC 4158) ajuizada pela defesa do padre Jonas Abib, que responde a ação penal por suposta ofensa a grupo religioso em livro de sua autoria. A defesa pretendia sobrestar o processo, sustentando que “a manifestação de opinião em nome da fé católica não legitima a deflagração de ação penal”.

O STJ (Superior Tribunal de Justiça) já tinha liminar que suspendia a tramitação do processo na 12ª Vara Criminal de Salvador, e o padre recorreu o STF.

Livro diz que religiões
de afrodescendentes
são do malignos
O sacerdote foi denunciado pelo Ministério Público do Estado da Bahia em 2008 com fundamento em trechos do livro “Sim, Sim, Não, Não – Reflexões de Cura e Libertação”, publicado em 2007. 

Segundo a denúncia, o autor “faz afirmações discriminatórias à religião espírita e às religiões de matriz africana, como a umbanda e o candomblé”.

Os advogados pediam, na ação cautelar, que se atribuísse efeito suspensivo a recurso contra decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que, ao rejeitar habeas corpus lá impetrado, negou o trancamento da ação penal. Segundo o acórdão do STJ, a denúncia preenchia os requisitos do artigo 41 do Código de Processo Penal, descrevendo fatos que, em tese, configuram o crime previsto no artigo 20 da Lei 7.716/1989 (Lei Caó) – “praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”.

Na AC 4158, a defesa do padre sustenta que ele é autor da obra na condição de sacerdote da Igreja Católica, e que a denúncia “pinçou seis frases esparsas de um livro de 127 páginas, que se encontra na sua 85ª edição nacional para, fora de seu contexto, tentar fundamentar a prática de discriminação religiosa”. Ainda segundo os advogados, “a conduta imputada é acobertada pela liberdade de expressão e de religião”.

Ao negar o pedido cautelar, o ministro Fachin assinalou que a extinção da ação penal mediante habeas corpus, como tenta a defesa no STJ, é medida reservada aos casos de evidente constrangimento ilegal. “Num juízo de cognição sumária, não depreendo ilegalidade flagrante na decisão daquela corte a justificar a excepcional concessão do efeito suspensivo”, afirmou.

Segundo o relator, os direitos individuais da liberdade religiosa e de expressão não são absolutos e incondicionais, e não é possível, por meio de habeas corpus, averiguar a conformidade constitucional do conteúdo publicado, a intenção do autor ou se o pensamento explicitado ultrapassa ou não o exercício regular das liberdades constitucionais. “Essa tarefa deve ser implementada pelo juiz natural, com base no conjunto probatório e no cenário em que os acontecimentos teriam se desenrolado”, explicou.

O ministro observou que o teor da obra deve ser compreendido à luz da inteireza da publicação, não sendo possível, por meio de ação cautelar, enfrentar a questão com profundidade. “Ausente evidente ilegalidade, a dúvida é resolvida em favor do prosseguimento da ação penal, arena em que o acusado poderá exercitar o contraditório de modo amplo e debater a regularidade do exercício da liberdade religiosa no contexto do caso concreto.”

Trecho do livro

Os próprios pais e mães de santo e todos os que trabalham em centros e terreiros são as primeiras vítimas: são instrumentalizados por Satanás.

Um filho de Deus não pode ser instrumentalizado assim. A doutrina espírita é maligna, vem do Maligno. Ela nega as principais verdades da fé, a partir da negação da Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo, e acaba com o que temos de mais lindo: a ressurreição dos mortos. A nossa ressurreição no último dia é a coisa mais preciosa que Jesus nos conquistou.

O conceito de reencarnação que o espiritismo professa anula os fundamentos da vida cristã. Se o nosso aperfeiçoamento se da por continuas reencarnações, é sinal de que Jesus morreu em vão. No final das contas não valeria nada o Seu sangue derramado por nós na cruz. A “perfeição” que o espiritismo apresenta viria por de sucessivas reencarnações.. De reencarnação em reencarnação, a pessoa iria se aperfeiçoando, descontando seus pecados, retirando seus erros, acabando com as suas imperfeições. Mas isso, além de ser uma ilusão, contradiz todo o ensinamento do Evangelho.

Sei que no espiritismo se fala de Jesus. Mas o Jesus deles é apenas um “espírito iluminado” e não o Filho de Deus. Não o nosso Salvador.

O espiritismo não é uma coisa qualquer, como alguns pensam. Em vez de viver no Espírito Santo, em vez de depender dele e ser conduzida por Ele, a pessoa acaba sendo conduzida por espíritos malignos. O nosso povo vai buscar orientação sobre o que fazer e o que não fazer com “espíritos”. E que espíritos são esses? Se não é o Espírito Santo de Deus, se não são os anjos de Deus, só podem ser espíritos malignos que, disfarçadamente, se apresentam como anjos de luz.” 


Padre Adib volta a responder por crime de racismo






Comentários

Post mais lidos nos últimos 7 dias

90 trechos da Bíblia que são exemplos de ódio e atrocidade

Fundamentalismo de Feliciano é ‘opinião pessoal’, diz jornalista

Sheherazade não disse quais seriam as 'opiniões não pessoais' do deputado Rachel Sheherazade (foto), apresentadora do telejornal SBT Brasil, destacou na quarta-feira (20) que as afirmações de Marco Feliciano tidas como homofóbicas e racistas são apenas “opiniões pessoais”, o que pareceu ser, da parte da jornalista,  uma tentativa de atenuar o fundamentalismo cristão do pastor e deputado. Ficou subentendido, no comentário, que Feliciano tem também “opiniões não pessoais”, e seriam essas, e não aquelas, que valem quando o deputado preside a Comissão de Direitos Humanos e Minorias, da Câmara. Se assim for, Sheherazade deveria ter citado algumas das opiniões “não pessoais” do pastor-deputado, porque ninguém as conhece e seria interessante saber o que esse “outro” Feliciano pensa, por exemplo, do casamento gay. Em referência às críticas que Feliciano vem recebendo, ela disse que “não se pode confundir o pastor com o parlamentar”. A jornalista deveria mandar esse recado...

Ateu usa coador de macarrão como chapéu 'religioso' em foto oficial

Mais contradições bíblicas: vire a outra face aos seus inimigos e olho por olho e dente por dente

Apoio de âncora a Feliciano constrange jornalistas do SBT

Opiniões da jornalista são rejeitadas pelos seus colegas O apoio velado que a âncora Rachel Sheherazade (foto) manifestou ao pastor-deputado Marco Feliciano (PSC-SP)  deixou jornalistas e funcionários do "SBT Brasil" constrangidos. O clima na redação do telejornal é de “indignação”, segundo a Folha de S.Paulo. Na semana passada, Sheherazade minimizou a importância das afirmações tidas como homofóbicas e racistas de Feliciano, embora ele seja o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, dizendo tratar-se apenas de “opinião pessoal”. A Folha informou que os funcionários do telejornal estariam elaborando um abaixo assinado intitulado “Rachel não nos representa” para ser encaminhado à direção da emissora. Marcelo Parada, diretor de jornalismo do SBT, afirmou não saber nada sobre o abaixo assinado e acrescentou que os âncoras têm liberdade para manifestar sua opinião. Apesar da rejeição de seus colegas, Sheherazade se sente segura no cargo porque ela cont...

Cinco deuses filhos de virgens morreram e ressuscitam. E nenhum deles é Jesus

Vanuzia conta na tv o estupro que sofreu de Abdelmassih

O drama de Vanuzia Esta entrevista de Vanuzia Leite Lopes , 50, foi dada a Ana Maria Braga, da TV Globo, no dia 19 de julho deste ano, quando já se esperava para agosto o anúncio da sentença do julgamento de Roger Abdelmassih. Hoje, quase três meses depois, a sentença ainda não saiu, e as mulheres que acusam o ex-médico (ele foi cassado pelo CRM) de abuso sexual não sabem o por quê. Quero o dr. Roger na cadeia pelo resto da vida’, afirma Vanuzia setembro de 2009 Caso Abdelmassih.      

Veja 14 proibições das Testemunhas de Jeová a seus seguidores

Presas ameaçam matar empresária acusada de torturar menina

As presas da Casa de Prisão Provisória, em Aparecida de Goiânia, estão ameaçando de morte “o tempo todo” a empresária Sílvia Calabresi Lima (foto), acusada de torturar a menina L.R.S., de 12 anos. “As presas não toleram esse crime”, disse o advogado dela, Darlan Alves Ferreira. As ameaças incluem envenenamento da água e comida de Sílvia. Apesar disso, até anteontem a empresária queria sair do isolamento e ser transferida para ala onde há cerca de 120 mulheres. A reação dos internautas também de sido de fúria. Nos blogs, sites de notícias e Youtube, há quem peça pena de morte para a empresária. Muitos dizem que, se pudessem, torturariam a Sílvia da mesma forma que ela o fez com a menina. Também circulam na internet o endereço do casal, os números de telefone e o e-mail do filho mais velho, o Thiago, que é uma das seis pessoas que a polícia vai indiciar - no caso dele, por omissão de socorro. Embora a polícia tenha se procedido de maneira exemplar nesse caso, tem muita gente querendo fa...

Brasileiro convertido ao islã diz ser preciso mais apedrejamento

Título  original: Aprendiz de aiatolá "É uma regra dura, mas mundo precisa disso" O paulistano Rodrigo Jalloul, 25, se converteu aos 18 e mudou-se três anos depois para o santuário iraniano de Qom, onde são formados os principais líderes do xiismo. De passagem por São Paulo, dá aulas na mesquita do Brás. Quer se tornar clérigo para ajudar a difundir o islã xiita no Brasil. Orgulha-se de já ter ajudado a converter quatro pessoas em 2010. Elas também estudarão no Irã. No depoimento abaixo,  Jalloul aborda, entre outras, a questão polêmica do apedrejamento como punição islâmica a criminosos. Admite que, para os brasileiros, é "algo cruel". Mas, segundo ele, é o que garante a "segurança total" no Irã. E prega: "É uma regra dura, sim, mas o mundo precisa disso". " Sim, o Irã está divulgando o xiismo no Brasil, e daí?"   depoimento a Samy Adghirni , da Folha Nasci numa família de comerciantes. Meu avô paterno era libanês muçulma...