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Saudação de Spock é rito judaico e significa 'Todo Poderoso'



Nimoy se inspirou
 em ritual de
culto judeu 
O ator judeu Leonard Nimoy se inspirou no rito judaico para criar o gesto de saudação do seu personagem Sr. Spock (foto), na série “Jornada nas Estrela” (Star Trek), que se tornou cult. Nimoy morreu no dia 27 de fevereiro de 2015, aos 83 anos em decorrência de doença pulmonar.

Quando teve de criar o gesto, Nimoy lembrou-se que, quando criança, sempre lhe chamava a atenção durante o serviço religioso o momento em que os rabinos abriam as mãos e separava os dedos (ver ilustração ao abaixo).

Origem do gesto está na
"Benção dos Cohanim"
A origem desse gesto está na "Bênção dos  Cohanim" (plural de Cohen), ou "Birkat Kohanim", em hebraico.  Formam  os Cohanim  uma casta de sacerdotes judeus (é uma linhagem familiar),  que seriam descendentes de Aarão, o irmão mais velho de Moisés  —  hoje identificados pelo haplotipo chamado Cohen Modal Haplotype (CMH). 

Acompanhado de três versos, o gesto é feito com ambas as mãos. E reproduz a sefiroth (letra hebraica) Shih, que significa "Todo Poderoso".

Gestual reproduz "Todo
 Poderoso" em hebraico
Nas sinagogas, os rabinos de linhagem cohen fazem o gesto, mas quem pronuncia os versos é o chazan (cantor litúrgico), e só então os cohanim os  repetem:  “Que D'us te abençoe e te guarde! / Que a face de D'us brilhe sobre ti e que Ele faça que encontre graça (a Seus olhos)! / Que D'us erga Sua face para ti e te dê a paz!”

É curioso que Nimoy tenha recorrido à religião para compor o personagem de orelhas pontiagudas que é a antítese de um religioso.

O mestiço de vulcano com humano Spock, oficial de ciência da nave, se diferencia dos demais integrantes da Enterprise por ser extremamente racional. Suas orientações ao capitão Kirk são com base em informações lógicas, sem qualquer tipo de contaminação da emoção ou de alguma fé. Spock é apresentado como uma espécie de símbolo da superioridade da razão absoluta.

Gesto é usado por uma casta de sacerdotes judeus
Em uma entrevista à Veja em outubro de 2003, Nimoy disse ter estranhado que os judeus ortodoxos nunca tenham reclamado do uso por Spock do gesto dos rabinos.

Ainda mais porque ele, Nimoy, foi criticado por religiosos ortodoxos por ter feito um livro de fotografias, o Shekhina, com modelos femininas vestidas com objetivo rituais tradicionalmente masculinos, como o xale de orações.

“O meu livro eleva as mulheres ao mais alto patamar do judaísmo, e isso perturba alguns homens”, disse Nimoy na entrevista.

Ele contou que chegou a ser “desconvidado” pela Federação Judaica em Seattle (EUA) para um jantar e uma palestra na qual falaria sobre o livro.

Outra curiosidade é que, nos anos 60, os fundamentalistas religiosos americanos fizeram uma campanha para que o seriado “Jornada nas Estrelas” não fosse levado ao ar porque Spock era a representação do Satanás.

“Jornada nas Estrelas” abordou diretamente o tema “deus” no roteiro Who Mourns for Adonais, exibido em 1967.

No episódio 33, a nave é aprisionada por um ser poderoso que se identifica como Apolo, o deus grego-romano.

Apolo comunica ao capitão Kirk que pode libertar a nave e proporcionar uma vida de prazer aos seus integrantes, desde que eles o adorem.

Kirk rejeita a proposta porque conclui que Apolo quer, na verdade, transformá-los em escravos de luxo. E o capitão dá um jeito de se livrar do suposto poderoso Apolo.

Derrotado, Apolo não consegue entender porque a sua proposta generosa foi recusada.

Kirk responde com a lógica de Spock: “Crescemos, e a humanidade não mais precisa de deuses”.

Em outro episódio, uma referência à divindade cristã, o próprio Spock diz: “Se isto é seu deus, ele não é muito impressionante. Ele tem problema psicológicos e é tão inseguro que existe que seus fiéis o louvem sete dias por semana. Ele criou homens imperfeitos e depois os culpa pelos seus próprios erros. Para um ser supremo, ele realmente deixa muito a desejar”.

Com informação de Veja, deste site e outras fontes e fotos de divulgação.



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