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Ateísmo mundial se expande e enfrenta maior discriminação


Organização traça
 mapa da perseguição
 aos descrentes

O número de pessoas que deixam de acreditar na existência de divindades tem aumentado em vários países, em um fenômeno que ocorre paralelamente ao distanciamento cada vez maior de crentes de suas igrejas e da consolidação de valores laicos.

Não está claro ainda se a expansão do ateísmo se deve a “desconversões” recentes ou se aos descrentes que tomaram a coragem de sair do armário. Ou se ambos os casos.

O fato é que o ateísmo se tornou mais visível em países de forte tradição religiosa, como os Estados Unidos, ou onde impera o terror formal ou informal da teocracia, como a Arábia Saudita.

O sociólogo norte-americano Phil Zuckerman disse em uma entrevista que hoje há mais ateus não só em números absolutos, ou seja, em decorrência do crescimento da população, mas também em taxas percentuais da humanidade.

Ele falou que a expansão da população de descrentes se deve, entre outros fatores, à melhoria de qualidade vida de países como o Canadá, Grã-Bretanha, Alemanha, Holanda, França, República Tcheca e Uruguai.


A tese defendida há anos por Zuckerman é que a população de países onde ocorre progresso econômico, como reflexos na melhoria da educação, torna-se menos dependente do discurso religioso.

Apesar disso e da secularização que se firma em várias regiões (o Brasil até agora está entre as exceções), o preconceito contra os ateus tem se mantido firme ou, conforme o país, até recrudescendo-se.

O mais recente relatório da organização não governamental IHEU (Internacional Humanist and Ethical Unior), com sede no Reino Unido, concluiu que a perseguição aos descrentes e aos não religiosos em geral se acentuou de forma sistêmica, legal ou extraoficial, restringindo a liberdade de crença e de pensamento.

Alguns exemplos.

Em janeiro de 2014, a Arábia Saudita promulgou uma lei equiparando o “ateísmo” ao “terrorismo”. O primeiro artigo da lei que o “pensamento ateu” está proibido de questionar os fundamentos da religião islâmica, “sob qualquer forma”.

Em maio do mesmo ano, Nuamat Sati, do Ministério da Juventude do Egito, disse que o secularismo e o humanismo são “desviantes”, como o liberalismo.

Nos Estados Unidos, os parlamentares ainda não manifestaram intenção de derrubar o veto à designação de ateu para cargos públicos em sete Estados.

Em alguns países, a situação de ateus é muito pior. De acordo com o relatório da IHEU, em 13 países o ateu pode ser enquadrado como apóstata (pessoa que renega a religião oficial), o que é considerado um crime cuja pena pode ser a morte.

A blasfêmia é tida como crime em 55 países. Em 39 desses, o castigo pode ser a prisão e em seis, a pena de morte.

Em relação ao Brasil, o relatório informa que se trata de um país cujo Estado é laico, respeitando, portanto, o direito de crença e o de descrença. Informa, também, que o ensino religioso é opcional e que o Estado concede isenção tributária às religiões.

Não há menção à intervenção do conservadorismo religioso no parlamento do país, em atitude mais evangelizadora do que de aplicação da Constituição.

Pelo relatório da IHEU, em apenas três países os ateus desfrutam de igualdade de tratamento em relação aos religiosos, sem qualquer tipo de discriminação, velada ou não.

Esses países são Taiwan, Holanda e Bélgica, abrangendo 51 milhões de pessoas ou apenas 0,75% da população mundial.

Com informação do relatório da IHEU e outras fontes e foto de divulgação. 



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