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Padre excomungado nega ter dado hóstia consagrada a cão



Padre australiano mostra texto de sua excomunhão

O papa Francisco excomungou o padre Greg Reynolds (foto), da Arquidiocese de Melbourne (Austrália), por ter cometido heresia (canon 751) e sacrílego (1367). Em agosto de 2012, conforme relato do The Age, o padre deu comunhão a um cão pastor alemão.

Reynolds disse que o Vaticano tomou uma decisão equivocada, com base na notícia incorreta do jornal.

Afirmou que, como veio a saber depois, quem deu metade de uma hóstia ao animal foi um visitante que estava participando da missa. “Eu não daria uma hóstia consagrada para um cão ou qualquer outro animal, nunca o faria."

O padre afirmou que escreveu ao The Age uma carta com a correção da notícia, mas o jornal a ignorou. A Arquidiocese de Melbourne confirmou a versão do padre. Esclareceu que não participou do processo de excomunhão.

Keith achou que era benção
especial para os animais
Donald Keith (foto), o visitante mencionado pelo padre, afirmou na época que tudo ocorreu com naturalidade. Quando se dirigiu ao altar, ele e o cão, que o tinha acompanhado, receberam a hóstia do padre. "Achei que fosse uma benção especial aos animais.”

O verdadeiro motivo da excomunhão teria sido a pregação de Reynolds pelo ordenação de mulheres e pelo reconhecimento de casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Ele já abençoou um casamento em massa de casais homossexuais.

Em agosto de 2011, Reynolds renunciou ao seu cargo de padre de duas paróquias rurais e fundou uma ong de católicos favoráveis ao casamento gay e à ordenação de mulheres, conforme “Deus quer”, segundo ele.

A excomunhão foi assinada pelo papa no dia 31 de maio, data do aniversário de 60 anos do padre. “O papa Francisco deveria ter ouvido a Arquidiocese de Melbourne antes de tomar uma decisão tão drástica”, disse.

A punição é a mais rigorosa da Igreja Católica. Os excomungados não podem participar de qualquer celebração ou de outras cerimônias de culto e têm de ficar longe de qualquer atividade da Igreja.

O padre disse que poderá recorrer, mas o texto (em latim) da excomunhão afirma que a decisão é irrevogável.

Com informação do National Catolic Reporter.



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