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Ateísmo é um patamar superior ou somente o primeiro degrau?

por Octavio Milliet a propósito de
Dawkins escreverá sobre sua evolução intelectual para o ateísmo

O ateísmo é
de fato um
degrau acima
?
Embora eu entenda os motivos que levaram Dawkins a concluir isso [ateísmo é evolução intelectual], e até concorde de certa forma, temo que ele possa acabar cometendo um equívoco.

Os estudos causam um desenvolvimento intelectual, disso não há dúvida. Mas é de fato o ateísmo o degrau de cima? Ou será o ateísmo simplesmente o primeiro degrau da escada? É isso que eu acho, a religião nem começou a subir uma escada, a escada do conhecimento, pois ela desce cada vez mais numa rampa descontrolada.

Para entender o universo é necessário o pensamento ateu — o de que o universo é como ele é, suas leis são perenes, e não existe um criador, pois apenas com a visão reta da realidade é possível progredir de fato em sua ciência (noção) real.

Claro que muitos religiosos foram responsáveis por diversos descobrimentos das áreas da ciência, porém mesmo eles, quando perguntados acerca dessas descobertas num âmbito maior, dariam as respostas erradas.

O pensamento ateu, ou melhor, o pensamento racional, que não fantasia ou imagina, ele raciocina, é extremamente necessário para que possamos começar a progredir nossa espécie, nossa sociedade, nossa cultura, mas é necessária a re-estruturação também dos valores humanos, que foram desenvolvidos por vias duvidosas, mas ainda assim funcionais, pelos religiosos. Afinal, somos humanos, os religiosos são humanos, e, como tais, desenvolveram valores humanos, dos quais não podemos esquecer ou ignorar.

É necessária a estruturação da compaixão humana, é necessária a queda de uma força niilista e terrível que domina a mente de muitos ateus, ao pensarem "Ah, então não existe um todo, existe apenas o 'eu', neste caso, agirei por mim e nada mais.".

É complicado, mas é possível perceber o que nos une. O que nos une é a potência do grupo, que o indivíduo nunca terá. É a marca de cada um dentro de um todo, que ficará na história da humanidade.

Se Dawkins desconsiderar esses fatores, seu livro será nada mais que um fundamentalismo barato, com bases fortes científicas, mas, ainda assim, um fundamentalismo barato ateísta. 





'Meu grande sonho é a completa destruição de todas as religiões'
agosto de 2009


Comentários

Incógnitus disse…
Superior a quê? Ao chão?
Anônimo disse…
Tem muito ateu cabeça dura tb... outro dia quase fui "linchado virtualmente" (existe isso?) num grupo ateu do facebook pq eu disse q, por pior e mais louco q seja, todos tem o direito de acreditar no q quiserem! tenso...
gabriel bueno disse…
Sou ateu e não me vejo superior a nada. Concordo com o texto, mas acho que Dawkins não faria nada nestes termos de totalitarismo ateu. Os ateus estão inseridos na sociedade juntos com uma maioria amplamente religiosa na qual 70% hostil a pensamentos religiosamente libertários.Ser ateu é mais dificil do q parece, ja sofri muito preconceito por ser um, é bom que tenha alguém que escreva por nós!
Anônimo disse…
"Mas é de fato o ateísmo o degrau de cima? Ou será o ateísmo simplesmente o primeiro degrau da escada? É isso que eu acho, a religião nem começou a subir uma escada..."

Se a religião nem começou a subir uma escada, logo, a segunda questão nem sequer entra em confronto com a primeira. Portanto, o "questionamento" já nasceu morto.
Anônimo disse…
Não é necessária a queda de uma força niilista. O Niilismo nada mais é do que aceitar que a vida não tem propósito algum e de que o universo não está nem ai pra nossa existência. Pode parecer um tanto duro mas é a pura realidade. Aceitar isso é uma vitória, vencendo as ilusões de que 'tudo tem seu propósito' ou coisas do gênero. Mas isso não nos impede de nos unir para um bem maior. Você pode seguir uma filosofia existencial niilista e continuar vivendo em comunidade, sempre agindo em pró de todos.
Anotações disse…
Na minha opinião, nem uma coisa e nem outra. Ateismo é uma crença, como o teismo. O homem não sobrevive sem crenças - sempre na minha opinião. Não acho que ninguém "evolui" e nem "involui" para o ateismo ou o teismo. As pessoas tem opinião, dentro de sistemas de crenças. Só isso.
Anônimo disse…
São poucos que pensam como você Octavio Milliet, o que é lamentável, visto que já acreditei que o ateísmo fosse à busca pelo conhecimento tão negado pela religião. Mas a cada dia que passa o ateismo vem se tornando uma espécie de religião sem deus, cujo único intuito é o de atacar de forma irracional os de fora dela.
Anônimo disse…
Preconceitos todos sofreremos por ter um crença diferente a do outro, mas responde-lo da mesma forma, mesmo buscando o conhecimento e compreenção do porquê disso, é ir contra o principio do ateísmo.
Eu considero o ateismo um ponto de partida, ou um "ponto de virada". É preciso alguma reflexão para chegarmos à conclusão de que não conseguimos mais acreditar em divindades, mas na maioria das vezes depois que chegamos a isso também acabamos refletindo sobre o que isso muda na maneira como nos relacionamos com o mundo. Querendo ou não, alguma coisa forçosamente muda, mesmo que seja em uma escala mínima. Se dá para comparar a uma escada, eu não sei.
Anônimo disse…
É verdade, eu não consigo entender como um evolucionista nega a presença do teísmo no processo evolucionário do homem, visto que até o ateísmo é conscequência da presença do mesmo. Afinal como negar algo que você nem se quer tem a noção de existência.
Nanopuntouy disse…
Concordo plenamente, o niilismo somente "prega" que nao existe um motivo objetivo para a vida.

Isso nao quer dizer que cada um adote seus motivos subjetivos (do jeito que eu vejo).

Por outro lado o altruísmo e outras características da vida gregaria humana poderiam ser adaptações evolutivas o que significa que, mesmo sendo niilista, as pessoas (sempre pensando em uma distribuição normal) teriam propensão a atuar em pro da comunidade, sempre e quando sua existência individual nao esteja ameaçada.
Nanopuntouy disse…
* Isso nao quer dizer que cada um nao possa adotar seus motivos subjetivos (do jeito que eu vejo).
Anônimo disse…
Acho que o Dawkins quis dizer, involução intelectual!
Unknown disse…
Anônimo

como negar algo que você nem se quer tem a noção de existência.

Aí está o equívoco. Se esse algo ao qual você se refere é Deus, então, é um algo bem conhecido. É um algo que tem nome, que fala, que ouve, que anda, que se senta, que tem desejos, que tem objetivos, que planeja, que escolhe, que se zanga, que mata, que cura etc. Tudo isso, é claro, conforme as diversas crenças religiosas.

Meu ateísmo é em relação a esse algo que eu acabei de descrever. Em relação ao algo que é incognoscível, indetectável, indescritível, incompreensível, por razões óbvias, eu nem perco o meu tempo.
Anônimo disse…
Ajudando....Em reportagem feita pela Band afirmaram que a assassina do dono da yoki e o seu marido eram religiosos Cristãos. E segundo a reportagem ele era adúltero e ela....
Anotações disse…
Você só pode ter essa conclusão se conhece a verdade. Em face da verdade há involução ou evolução. Mas, o que é a verdade? O equívoco da ciência é procurar ter o monopólio da verdade... ao menos de alguns cientistas, tipo Dawkins. Esses são candidatos a déspotas. Tenho medo deles, como de qualquer fundamentalista. São os donos da verdade e não se importam em impor isso ao outro. Nesse ponto, a diferença entre esses e Bin Laden é apenas do conteúdo. A postura ateista é inconsequente. Gosto mais da postura agnóstica... E não me venham dizer agnosticismo ser o mesmo que ateismo. Quem diz isso não sabe o que é agnosticismo...
Anotações disse…
Veja bem como é complicado, Paulo. Você diz: "É complicado, mas é possível perceber o que nos une. O que nos une é a potência do grupo, que o indivíduo nunca terá. É a marca de cada um dentro de um todo, que ficará na história da humanidade." Vamos lá: o que nos une? A "potência do grupo". O que é isso "potência"? A potência do grupo é diferente da potência das pessoas que compõem esse grupo? Tudo bem, a teoria dos sistemas aponta esse paradoxo. Mas é algo até... metafísico. Como explicar que o todo não seja igual a soma das partes? E mais: "história da humanidade", o que é isso? Existe "humanidade"? Tudo bem, enquanto ficção positivista podemos até falar em "humanidade". Mas esse "conceito" tem alguma explicação que não seja... metafísica?
Avelino Bego disse…
Não é patamar algum. Ateu é apenas alguém que não acredita num deus, só isso. Não faz ninguém melhor ou pior por isso. Tem ateu que crê em sobrenatural. E todos os religiosos são ateus aos deuses dos outros. Sou ateu e cético ago sobrenatural. Sofremos com os efeitos da aleatoridade deste Universo, mesmo os que acreditam em lendas e mitos.
Incógnitus disse…
O primeiro degrau é superior ao chão.
sara moreira disse…
Cara, o titulo da postagem é deveras idiota.Um erro categórico gravíssimo.Dawkins,refere-se nitidamente a progressão social/intelectual que o levou ao ateísmo.Ele não faz menção ,nem associação,de ateísmo como parte um processo evolutivo intelectual e ainda sim,nem toda evolução pressupõe a uma superioridade.
­ disse…
Desculpe, mas ateísmo não tem princípios...
"Ateismo é uma crença, como o teismo."

- Não é não. É a falta de crença em deuses.

"O homem não sobrevive sem crenças"

- Mentira cabeluda.

O resto é resto.
Anônimo disse…
Eu me referir a teísmo, não como referencia exclusiva ao “Deus cristão” e a influencia dele em seus seguidores, mas na crença da existência de forças além da compreensão humana: o divino, o espiritualismo, e outras mais que acabam levando a criação das tão mal faladas religiões, sem ao menos ter comprovação cientifica disso. O estudo da influencia dessa crença nas pessoas deveria ser levando em consideração através da didática evolucionista, afinal de contas de onde vem à necessidade do ser humano acreditar ou não nesses valores, não poderia ser um fator biológico? E é isso que parece que ele, Richard Dawkins, não está levando em consideração.
Unknown disse…
Eu sou ateu e agnóstico.

Agnosticismo, só e somente agnosticismo, me desculpe, é só uma zona de conforto, um comodismo.
Anônimo disse…
Opa, Antônio, algo metafísico, hahaha, não foi por querer, mas você acertou em cheio, esse texto, que é meu, foi escrito como um comentário, e eu sigo a filosofia de Espinosa ao escrevê-lo, a metafísica desencantada, ou seja, a análise filosófica do mundo, no lado das exatas.

Veja, para Espinosa, existem dois atributos que conhecemos, dos infinitos atributos da Natureza (e não me venham falar de panteísmo, falácia ignorante e falsa acerca deste filósofo racionalista absoluto). Estes atributos são a Extensão, o que temos por matéria, por existência, por espaço, e o atributo Intelecto, o que temos por conhecimento, por leis, por ciência (enquanto noção, claro).

Enquanto noção espacial, temos diversos indivíduos, unidos porém num conjunto intelectual (da-lhe metafísica meu caro! ^^), a potência está justamente aí, no quanto podem criar e produzir os seres humanos, co-criadores do intelecto da Natureza, este que é, enquanto natural, eterno, e enquanto humano, mutante.

Eu não disse "É complicado, mas não é impossível perceber..." por nenhum motivo, como agora você deve ter entendido. rs

Fosse isso tudo escrito para ser um post, eu teria me explicado melhor, rs

Abraços e obrigado pela crítica,
Octavio Milliet.
Anônimo disse…
Kell, antes de ser idiota, leia a notícia relacionada =)
J. Tadeu disse…
"Deus" é um problema semântico. Assim, é preciso definir corretamente tal termo, através da pergunta correta. Há duas formas de fazê-la: O QUE é "Deus"? e QUEM é "Deus"?

A primeira abrange todas as concepções de "Deus": teísta ("Deus" como pessoa - ou pessoas, no caso do trinitarismo ou politeísmo henoteísta - criadora, mantenedora e interventora do Universo), panteísta ("Deus" como a própria natureza e o Universo) e deísta ("Deus" como causa primeira, mas não interventora). Estas são as principais. A segunda restringe o termo ao teísmo, e talvez ao deísmo.

A concepção panteísta é um mero jogo linguístico: chamar a natureza ou o Universo de "Deus" é enfeitá-los com um termo pomposo, e impregnado pelo antropomorfismo teísta. Seria como chamar uma residência de "panteão".

A concepção deísta, que rejeita qualquer revelação divina, é uma espécie de "deus-das-lacunas" ou argumentum ad ignorantiam no que concerne à causa do Universo, pois se até agora não sabemos, pelo método científico, o que exatamente causou o Big Bang (se houve realmente uma "causa" para o Universo), atribuir tal causa, se a houve, a uma divindade é uma presunção tão grande quanto o conceito causador. Além disso, se tal divindade fosse realmente comprovada, continuaríamos a especular a respeito de sua causa, num regresso ad infinitum.

Por fim, a concepção teísta, a originadora do conceito de "Deus", é a mais difundida, estando representada pelas principais religiões existentes, cristianismo e islamismo, tendo sido advindas do monoteísmo abraâmico. Além do fato de haverem várias contradições inerentes a esse conceito (trinitarismo é a mais evidente, além do problema do mal), há evidentes contradições e afirmações errôneas dentro de cada um dos livros advogados como a "palavra de Deus". Um estudo acurado de seus escritos mostra uma falibilidade inerentemente humana, que contradiz as noções de onisciência e perfeição atribuídas a esse conceito de "Deus".

O termo "ateísmo" se refere, estritamente, a não crença ou à negação de todos esses conceitos de "Deus". Tal termo talvez faça sentido numa sociedade onde a expressiva maioria professa a crença nesse conceito. Mas numa sociedade "pós-teísta", o termo "ateísmo" não faz mais sentido, pois o conceito de "Deus" torna-se obsoleto, e, assim, negar ou afirmar a não crença em tal conceito torna-se irrelevante. O próximo degrau a ser alçado é a obsolência do conceito de "Deus" e a obsolência do conceito de "ateísmo". Lutemos para isso.
betoquintas disse…
"somente nós sabemos a verdade. somente nós conhecemos a verdade. somente nós temos a capacidade e a habilidade para perceber e revelar a verdade".
eu cansei de ouvir de evangelicos esse mesmo discurso arrogante e prepotente. pelo visto, os ateus estão descambando cada vez mais para o fundamentalismo.
Anônimo disse…
Luan, os cientistas ateus ou não, ainda não provaram o que você disse, visto que todos nós vivenciamos a presença de crenças e mitos em nossas vidas e provavelmente formos influenciados pela presença delas.
Anônimo disse…
Lucas, então pra que serve o ateismo: trollar os religiosos? e só.
Anônimo disse…
Já acreditei que o ateísmo fosse à busca pelo conhecimento tão negado pela religião. Mas a cada dia que passa o ateismo vem se tornando uma espécie de religião sem deus, cujo único intuito é o de atacar de forma irracional os de fora dela.
Anônimo disse…
Não vejo tanta necessidade do fim do ateísmo pelo fim da palavra Deus, mas talvez, do fim do ateísmo pelo desencantamento absoluto da palavra Deus, é essa a proposta de Espinosa, quer dizer, é isso que eu proponho, baseado em Espinosa. Bom post =)

Octavio Milliet.
Anônimo disse…
Ao buscar o conhecimento, e encontrá-lo, você está paralelo ou fundamentado pelo simples fato de que Deus não existe, ao menos na visão ateísta da coisa. Você não precisa se considerar ateísta para ser ateu, ou seja, pensar sem deuses.
J. Tadeu disse…
Confusão de termos: veja no Google, Wkipedia ou num dicionário a definição de "ateu" e a definição de "antiteísta". Depois veja a definição de "cientista" e a definição de "filósofo".
Unknown disse…
Anônimo6 de junho de 2012 20:41

Veja bem. Acreditar faz parte da natureza humana. Acreditamos nas figuras de autoridade que nos cercam. Acreditamos nos nossos pais, nos nossos irmãos mais velhos, nos nossos avós, nos nossos tios, nos nossos professores, nos nossos líderes espirituais e, é claro, nos nossos Deuses.

Contudo, como eu já falei em outra postagem, esse ato de acreditar, ou seja, esse ato de fé pode ser racional ou irracional. A fé religiosa, como eu já expus, a meu ver, é irracional, enquanto que, a fé nos nosso entes queridos, tem tudo para ser racional.

Ademais, as características "divinas" que eu enumerei na minha postagem anterior serve para qualquer Deus ou Deusa conhecidos.

Finalizando, eu repito o que eu já disse: "Em relação ao algo que é incognoscível, indetectável, indescritível, incompreensível, por razões óbvias, eu nem perco o meu tempo." E acrescento: espero que as pessoas parem de perder tempo com isso.
J. Tadeu disse…
Octavio, às vezes as palavras nos pregam peças. Qualquer "-ismo" é denominado uma ideologia. Mas o que é "ideologia"? Falei em "pós-teísmo", mas talvez o termo mais exato seria "apateísmo", onde "Deus" vai se tornando cada vez mais irrelevante no mundo moderno, um bolso onde enfiar a mão cada vez menor, mesmo para os que se denominam "religiosos". Só vejo a Ciência (o corpo de disciplinas categorizados por nós como "ciências naturais") como a única maneira, pelo menos na atualidade, de responder às clássicas perguntas "De onde viemos?", "O que somos?", "Para onde vamos?". Por exemplo, a psicologia evolutiva já possui bons estudos a respeito de questões como empatia, altruísmo ("-ismo", outra "ideologia"?) etc.
J. Tadeu disse…
Como as palavras nos enganam e nos traem! Um mundo seria um lugar melhor de se viver se houvesse menos teístas (cristãos e islâmicos), menos ateístas, menos agnósticos e menos gnósticos, e mais cientistas, mais filósofos e mais artistas.

A posição mais honesta e exata é se auto-rotular: eu sou o que sou. Sou o que sei e o que não sei (mais do que sei). Sou o que creio e o que não creio. Sou o que sinto, e o que não sinto. Sou o que aprendo, e o que ignoro. O que sou? EU SOU O QUE SOU. Homo sapiens do reino Animalia.
Anônimo disse…
O problema é que, ao virar ateu, a pessoa pensa que não precisa saber, aprender nem descobrir mais nada, e começa a somente ridicularizar que não tem sua linha de pensamento, e acha que é isso aí, que não precisa fazer mais nada, o que é um erro. Talvez por essas pessoas é que dizem que o ateísmo é uma crença, o que é certo e errado, pois no ateísmo há crenças, mas não religiosas, não é a mesma coisa. Ass: Winston Smith
Anônimo disse…
vao realmente poder povoar o inferno, pois só existe um caminho, uma só verdade, é o nome que esta sobre todo o nome,
Luiz Lima disse…
Caro senhor Otávio,

Concordo se quer dizer que existem patamares na busca do conhecimento; todos certamente individuais. Muitas pessoas estão satisfeitas com suas conquistas e fontes de obtenção do conhecimento, sejam elas a ciência ou a religião.

Penso que todo o problema a cerca dos caminhos (ou patamares) que o conhecimento pode atingir está ligado ao conflito diante das repostas disponíveis. Há respostas que podem simplesmente satisfazer corações e mentes, mas que entram irremediavelmente em conflito com a lógica e a razão.

Este conflito pode ser o determinante na busca de mais conhecimento ou não. Neste ponto, concordo, que até a ciência, com suas respostas temporárias, indeterministas, probabilísticas; ou até mesmo, falta de respostas, pode promover o caminho inverso e mais confortável ao espirito; ou seja, o retorno a religião.

Como bem disse Newton Freire-Maia em Verdades da Ciência e outras Verdades:
“Os métodos da ciência nada tem a ver com Deus, com a alma, com a religião, não os incluem. Todavia, filosoficamente, não se pode jamais dizer que a ciência é ateia, materialista ou antirreligiosa, apesar das explicações teístas, espiritualistas, religiosas não caberem na ciência.”

A compreensão de como a ciência funciona, o naturalismo filosófico e a verdade científica, pode exigir aspectos de um conhecimento prévio. A falta ou uma insuficiência deles que pode criar uma imagem deturpada da ciência muito distante de suas reais possibilidades; o que para iniciantes pode ser frustrante. Daí a necessidade da divulgação científica.

O problema que Sagan levantou em Variedades da experiência científica: “Precisamos afiar nossa capacidade de explicação, de dialogo, do que costumava ser chamado de lógica e retórica (...); afiar nosso potencial para compaixão, que assim, como as capacidades intelectuais, precisa de prática para ser aperfeiçoado.

Discordo quanto a possibilidade de fundamentalismo como conclusão final de uma obra ainda não conhecida. O pragmatismo da ciência pode ter este tom, mas conhecendo bem o histórico do trabalho de Dawkins e seus enfrentamentos – a defesa da ciência dos ataques fundamentalistas - penso o contrário.

Discordo respeitosamente, da generalização de um individualismo ateu. A busca de resposta em fontes naturais, não exclui ou não impede uma preocupação com questões coletivas e humanistas.

O conhecimento pode progredir diante da buscas de repostas às questões metafísicas que já foram domínio exclusivo da religião. A ciência busca em bases naturalistas e não pode ser diferente. A religião, ao contrário, já explicou o universo, o que resta então?
J. Tadeu disse…
Por isso eu digo: obtenha seu PhD, e depois vire ateu :-)
E têm mesmo. Você está corretíssimo.

Ninguém tem o direito é de IMPOR suas crenças/ideias aos outros (querer proibir aborto, por exemplo). Mas aí é mais questão das religiões do que de crenças em si.
Concordo com o texto, que ficou fenomenal.

Apenas discordo da parte em que fala do niilismo. Afinal, ser ou não niilista é direito de cada um. ;)

E sejamos sinceros: se cada ser humano cuidasse APENAS e tão somente de sua própria vida, ao invés de tentar cuidar da vida dos outros... O mundo já estaria MUITO melhor. ;)

Abraços!
Muito bons seus comentários, J. Tadeu. Parabéns!

E concordo contigo: temos que lutar pelo fim de ambos, por uma sociedade racional e livre. :)

Abraços!
Anônimo disse…
Como assim, J. Tadeu? Ass: Winston Smith
Luiz Lima disse…
Muito bom J. Tadeu. É sempre possível transcender fenomenologicamente o significado. Abs.
Anônimo disse…
O kell leva jeito de ser leitor de Naruto...
Luiz Lima disse…
Asa, concordo. É uma experiência única. Acordar um dia e se ver livre de demônios e da necessidade de idolatrar em troca de perdão de pecados e a promessa de paraísos. Mas não se chega a esta conclusão sem muita reflexão, ao contrário do que se imagina.
Anônimo disse…
O primeiro degrau rumo ao porão, ou ao subsolo, é pra baixo, inferior ao chão.

Talvez seja o caso do ateísmo.
Anônimo disse…
Discordo WilPapp, você generalizou. Sou agnóstico, porém não fico em zona de conforto, descarto a existência de vários deuses, inclusive a do deus de Abraão, porém eu não descarto, com absoluta certeza, a existência de um motor primário, seria mais ou menos assim; eu não sei se deus existe, assim como ninguém sabe, ademais tal deus será irrelevante em minha vida.

Sou agnóstico e simpatizo com as idéias de LaVey, portanto sou um Satanista, você chamaria isso de zona de conforto ou comodismo? Por favor, não generalize os agnósticos.
Anônimo disse…
Ateísmo é a crença de que deus(es) não existe(m).
Anônimo disse…
Gostei do texto, porém discordo totalmente dessa parte:

"...é necessária a queda de uma força niilista..."

Todos tem o direito de terem sua cosmovisão, inclusive os niilistas. Porém não entendi direito, você tem algo contra os niilistas?
Crente Ateu disse…
"É uma experiência única. Acordar um dia e se ver livre de demônios e da necessidade de idolatrar..."

Que sentimento religioso maravilhoso! Liberto! Salvo!

Só a ateísmo salva!
Anônimo disse…
No geral, os ateístas (com PhD ou sem) têm se dedicado a ser e fazer isso que Winston Smith descreveu.
J. Tadeu disse…
Winston Smith
"Como assim, J. Tadeu?"

A palavra "ateu" sempre foi um "tabu semântico". Acho que o problema é como as pessoas se rotulam: "sou cristão", "sou islâmico", "sou agnóstico", "sou ateu". Certo, e daí? Ao mesmo tempo em que nos auto-rotulamos, rotulamos os outros: "ateu é fundamentalista", "teísta é alienado", "agnóstico é covarde" e por aí vai. Eu pessoalmente já me autodefini em diferentes épocas como "cristão", "agnóstico", "ateu", "budista não-praticante", "ignóstico antiteísta", etc. Hoje nem sei mais o que sou! Se alguém me perguntar "Você CRÊ em Deus?" primeiro adoto, se não souber o "rótulo" de quem pergunta, uma postura ignóstica: "Qual Deus?" Se for um teísta (ou seja, alguém que se declara teísta) respondo que não creio, adotando assim uma postura ateísta. Mas se essa mesma pessoa vier com as ladainhas de sempre, adoto ou um postura antiteísta ("sua crença é uma piada!") ou apateísta ("pouco importa o que você acredita, e pouco importa a você o que acredito", não necessariamente nesses termos!), dependendo das circunstâncias. Se a mesma pessoa tivesse me perguntado "você acredita na EXISTÊNCIA de Deus?" eu adotaria uma postura filosófica: "defina 'existir'". Por fim se outra pessoa me perguntasse "Você acha que é possível existir fisicamente algum ser ou coisa que tenha criado e/ou mantém o Universo, sendo esse ser ou coisa algo que ainda não descobrimos?" minha postura seria, é claro, agnóstica: "não sei, é possível..."

E no final do dia, preferiria não ter rótulo nenhum...

Sobre aprender coisas novas, fazemos isso a todo instante! A questão é filtrar o que é relevante e/ou útil. É claro que vontade de aprender não requer, a princípio, uma crença metafísica. Pode até ser para algumas, ou muitas, pessoas. Mas é um processo: quanto mais aprendemos, mais ignorante nos sentimos. Não é paradoxal?

Enfim , falei falei e só sei que (quase) nada sei :-)
Anônimo disse…
Goku! Só ele retornou dos mortos! Viva os Adventistas das Sete Esferas do Dragão!!!
Luiz Lima disse…
Ao contrário, a liberdade de pensamento e anterior. Se queres "salvo" de conflito lógico, pode ser. Se so ateísmo salva? Não apenas, mas a filosofia trata melhor desses assuntos. Uma crença substituída por outra? Não no sentido de fé em minhas convicçoes atuais. Boa provocação Crente Ateu!
Unknown disse…
Baphomet

Ok. Desculpe-me.

Eu também sou agnóstico. Eu não sei se algum Deus existe. Mas, levando-se em conta aqueles que dizem que existem a minha posição é a de não acreditar neles.

Mas, é sabido, e você sabe, que tem muito agnóstico que tem medo de ser encarado como uma "abominação". Aí eles dizem: "talvez Deus exista, talvez não, quem sou eu pra saber disso". Ok. Mas a questão não é em relação ao saber e, sim ao acreditar.

Quando perguntados se acreditam ou não em algum Deus a resposta é "não sei". Isso é fuga, pois a pergunta não envolve saber. Há um medo em responder "acredito" ou "não acredito".

É disso que eu estou falando.
Anônimo disse…
E se tiver algo contra, qual o problema? Vai processar ele por niilismofobia?
Unknown disse…
J. Tadeu

Rótulos sempre vão existir. Homo sapiens já é um rótulo e nem é ponto pacífico.

És um homo sapiens vindo de Deus, da evolução ou da manipulação genética alienígena?

Percebe? Sempre haverá grupos e sub-grupos conforme aquilo que sabemos e acreditamos. É a vida.
Anônimo disse…
No campo físico, à medida que se sobe, o que fica embaixo é visto com dimensões reduzidas. Trazendo isto para o campo filosófico, se o Ateísmo estivesse num patamar superior à Religião, os Ateus dariam pouca importância a esta última. Mas, o que se vê é que os Ateus se sentem altamente incomodados pela Religião e pelos Religiosos; se ocupam inteiramente a criticá-los; se sentem ameaçados e reivindicam a redução da influência religiosa nos espaços (na mídia e nos locais públicos). Ora, se o Ateísmo disputa espaço com a Religião, então não está num patamar acima e sim no mesmo nível dela.
Anônimo disse…
...J. Tadeu, penso que há um equivoco nesta passagem:

"há evidentes contradições e afirmações erroneas dentro de cada um dos livros advogados como a "palavra de Deus". Um estudo acurado de seus escritos mostra uma fabilidade inerentemente humanana",

1. Conhece algum argumento cientifico irrefutavel que contraria o Al'Quran? Se sim, apresente as respectivas referências.

2. Apresente as evidentes contradições e afirmações erroneas do Al'Quran.

Serafim
Anônimo disse…
Obrigado pela explicação, J. Tadeu, agora deu pra entender seu ponto de vista de um modo bem claro e interessante. Ass: Winston Smith
Biscoito da Sorte disse…
Quem não tem princípio não tem começo.
A.Porto disse…
"O pensamento ateu, ou melhor, o pensamento racional, que não fantasia ou imagina, ele raciocina, é extremamente necessário para que possamos começar a progredir nossa espécie, nossa sociedade, nossa cultura, mas é necessária a re-estruturação também dos valores humanos,..."

Muito obrigado, mas a visão filosófica acima deixou um grande rastro de destruição no passado recente.
Anônimo disse…
Errado. O pensamento racional por si só não deixou nenhum rastro de destruição. O pensamento fantasioso religioso sim.
Anônimo disse…
Só se ele começar uma campanha de difamação e discriminação de niilistas.
Anônimo disse…
O que luta contra a religião não é o ateísmo. É o secularismo e o pensamento racional.
Anônimo disse…
Sem problemas, entendi seu ponto WillPapp, porém, como eu disse, há agnósticos e agnósticos, há sim agnósticos nos quais eu concordo com o que você fala, são um bando de covardes que ficam em cima do muro, e outros, como eu, que tem um ponto de vista diferente.
Anônimo disse…
Olog-Hai retardado, eu não sou do tipo, como um bando de babacas fazem bastante, que processa pelo simples fato de me ofenderem, dou o troco na mesma moeda. Se o autor do texto é contra os niilistas, eu iria partir para argumentação indicando que, obviamente, ele está errado.
Bruno de Moura disse…
Você provavelmente mereceu o linchamento. O direito, cada um tem, isso é obvio, o que é discutível é até se estas pessoas não poderiam ter uma visão de mundo compatível com a realidade. Quando uma pessoa diz que alguém tem "o direito de acreditar no que quiser", ela está na verdade defendendo o direito das pessoas serem tolas se excluindo do papel de educa-las.
"...a religião nem começou a subir uma escada, a escada do conhecimento, pois ela desce cada vez mais numa rampa descontrolada"... .
_Qual a diferença entre escada e rampa se as duas conduzem o indivíduo para cima(se pensarmos em uma ordem crescente)? Se pensarmos algo nos moldes dos movimentos físicos, teremos também um resultado obtido à custa de esforço, nada de diferente...
_Mas a rampa, é uma superfície lisa, alguém diria..., nem sempre! Suponha que a tal rampa, tenha vários obstáculos e estes, de diversas ordens/ se descem, é porque um dia, chegaram ao topo; suponha ainda, que a escada seja rolante, qual a força empenhada?
_O primeiro degrau, não é o alicerce da escada; a rampa, por si só, não tem degraus; o alicerce para os pés, está no espaço percorrido para chegar a qualquer destes eventos!
_Aquele que despenca do alto, com obstáculos, tende a se ferir em maior proporção(esta regra é válida para os dois casos).
_Quem desce a rampa de forma descontrolada? Se o texto estiver se referindo à religião, comete dois equívocos; se estiver se refeirndo à rampa, um:
1° não especifica, logo... generaliza;
2º a estrutura frasal, não contempla a forma adotada para fazer menção ao sujeito, na referida frase:
3° A rampa é uma estrutura fixa, assim como a escada apresentada no texto de entrada e, ainda que fosse móvel, seguiria padrões de comando.
_As pessoas estão sujeitas a regras e leis porém, não são manipuladas de forma a perderem sua própria identidade; se tal fato se dá, é em função da abertura, a qual o indivíduo se submete.
Unknown disse…
Eu não vejo maiores problema em acreditar em deus e em vida pós morte. O problema para mim é alguém vir para cima de mim querendo bancar o interprete de deus. Aí sim começa o problema, porque começam a falar alto não só a fé como também os interesses próprios, todas paixões e vícios humanos, como no caso da bíblia e outras escrituras sagradas.
Na própria bíblia diz que os pensamentos do homem não chegaram perto dos pensamentos de deus. Daí vem alguém querer me dizer o que eu devo ou não fazer por é vontade de deus! Tah bom então, me engana que eu gosto!¬¬
J. Tadeu disse…
Serafim, é possível encontrar tais contradições através da análise hermenêutica do Alcorão em si, análise hermenêutica comparada com outros livros ditos sagrados, e mesmo através de afirmações sobre fatos históricos. Só um exemplo (copiarei-os diretamente dos versículos das suras):

"7.54 . Vosso Senhor é Deus, Que criou os céus e a terra em seis dias, assumindo, em seguida, o Trono. Ele ensombrece o dia com a noite, que o sucede incessantemente. O sol, a lua e as estrelas estão submetidos ao Seu comando. Acaso, não Lhe pertencem a criação e o poder? Bendito seja Deus, Senhor do Universo."

"10.3 . Vosso Senhor é Deus, Que criou os céus e a terra em seis dias, logo assumiu o Trono para reger todas as coisas. Junto a Ele ninguém poderá interceder, sem Sua permissão. Tal é Deus, vosso Senhor! Adorai-O, pois! Não meditais?"

"11.7 . Ele foi Quem criou o céus e a terra em seis dias - quando, antes, abaixo de seu Trono só havia água - para provar quem de vós melhor se comporta. Mas, se tu lhes dizes: Sereis ressuscitados depois da morte!, os incrédulos dizem: Isto não é senão pura feitiçaria!"

"15.26 . Criamos o homem de argila, de barro modelável."

"15.28 . Recorda-te de quando o teu Senhor disse aos anjos: Criarei um ser humano de argila, de barro modelável."

Se tomarmos os "seis dias" e a criação humana feita de argila (descritos repetidas vezes) como literais, teremos um conflito com os conhecimentos geológicos, físico-cosmológicos e biológicos que temos hoje. Tomadas metaforicamente, teremos que tomar da mesma forma todos os outros versículos, inclusive os que prescrevem uma moralidade e os que descrevem detalhadamente o Paraíso e o Inferno.

Sobre a moralidade contida no livro, abstenho-me de citar e confrontar os diversos versículos com a moralidade vigente, pois o comentário ficaria muito grande.

Quem quiser fazê-lo, aqui o Alcorão online para consulta:
http://myciw.org/modules.php?name=Alcorao
Este comentário foi removido pelo autor.
Eu sou ateu também, mas há certos discursos defendidos hj por uma gama de ateus dos quais eu encaro tão imbecis quanto aos dos religiosos. Um deles é este:

"Para entender o universo é necessário o pensamento ateu — o de que o universo é como ele é, suas leis são perenes, e não existe um criador, pois apenas com a visão reta da realidade é possível progredir de fato em sua ciência (noção) real."

Nota-se aqui a ignorância do autor sobre Isaac Newton, que era cristão e cujas leis até hoje são válidas. Newton é considerado por muitos historiadores e cientistas o maior cientista que já existiu. Pois sem a contribuição de Newton, não haveria tantos mistérios desvendados pela ciência.
yami karasu disse…
A opinião de um ateu: se é uma escada, o ateísmo é um degrau q, se a pessoa quiser, ela utiliza. Se não quiser, pule (forma diferente de falar se tem conhecimento, vc pode ser ateu, deísta e outros).
Em outras palavras, dizer q o ateísmo é superior é uma ironia, pq religiosos pensam a msma coisa mas sobre as suas particulares religiões.
Vânia Gomes disse…
Já está mais que na hora de deixarmos questões religiosas de lado e nos engajarmos nas questões sociais. O que adianta dizermos que somos cristãos e andar com bíblia na mão, se nem ao menos sabemos se o nosso vizinho tem o que comer em casa? Que cristão são esses que prega o ódio entre religiões? Eu digo sempre e vou continuar dizendo," religião" é a forma mais covarde que o homem criou para escravizar, manipular e enganar pessoas principalmente os mais humildes e leigos, visto que houve uma época em que a bíblia era proibida para o "povão" e as missas eram ministradas em latim. Outra coisa, eu ja comprei briga com um amigo(católico) sobre a questão do dízimo.Estávamos discutindo esse assunto e eu disse que o meu dízimo eu doo para 2 instituições que cuidam de pessoas com câncer, doam materiais de higiene pessoal, remédios e cestas básicas. Nossa, o trem não prestou. Mas me sinto feliz por ter condições de fazer isso, é pouco na verdade mas com certeza ajuda. Talvez muitos não sabem , mas, 60% do dízimo( me corrijam seu tiver errada) de toda igreja católica vai diretamente pro Vaticano. Isso eu aprendi numa época em que eu que ministrava catequese na paroquia de minha cidade, ou seja, é um dinheiro quase que inútil, visto que sobra pouco pras paroquias e as miséria só cresce em todo mundo. É triste isso, alguém deixar a religião ser maior que tudo e esquecer ou não perceber as mazelas do mundo.
Mais uma vez parabenizo os organizadores do blog por levantar questões sérias e permitir que possamos discutir isso.
Abraço !
Vânia
J. Tadeu disse…
Talvez a expressão "ateu, graças a Deus" tenha certo sentido. Para quem não entendeu o teor: leia minha postagem em 6 de junho de 2012 21:10
Anônimo disse…
Falácia do escocês agnóstico detected.
Anônimo disse…
>>"Falácia do escocês agnóstico detected."

-Isso foi digrido a quem? Porque se foi à minha pessoa, você não sabe o significado de tal falácia. Eu não disse que certos agnósticos são falsos em sua ideologia ou que não são verdadeiros agnósticos, percebe? Apenas falei que há certos agnósticos que, de fato, ficam em zona de comodismo e que os agnósticos são heterogêneos filosoficamente falando. Entendeu ou quer que eu desenhe?
Anotações disse…
Luan, nem vou perder tempo respondendo. Mas pense bem nas asneiras que você disse. Acredito em sua capacidade de raciocinar.
Anotações disse…
Bela resposta, Octavio Milliet. Valeu a provocação (rs). Abs
Anotações disse…
É uma posição J. Tadeu. Bem articulada. Mas sempre observando: é "uma" posição. Há outras... e mais outras... e mais outras... "ad infinitum". A minha posição é simples: tudo é crença. Não sobrevivemos sem crenças. O homem não sobrevive sem crenças. Faz parte da "natureza humana"... Tudo bem, o conceito de "natureza humana" é questionável. Ótimo. Quando certo positivismo explusou esse conceito do território do saber... o que colocou no lugar. Nada!? Pois é: eis o conceito de "natureza humana" retornando pelas frestas. Eis o retorno da metafísica...
Anotações disse…
É também uma crença acreditar que o ateismo é uma não-crença. Isso é uma provoração. Mas é assim que penso.
Anônimo disse…
Anônimo7 de junho de 2012 00:32, estou sentado numa cadeira. Eu creio que a cadeira existe ou ela existe?
Anônimo disse…
Não sou ateu, nem religioso. Considero ridículos esse tipo de pensamento, tanto por parte dos ateus quanto dos religiosos. Qualquer forma diferente de pensar é apenas uma forma diferente de pensar. Pra mim este tipo de pensamento é algo muito tacanho.
Valdo.
Anônimo disse…
Yami karasu, superior ao subsolo é igual ao chão.
J. Tadeu disse…
Antônio, pra não ter que escrever um tratado sobre isso, recomendo, sob o risco de impertinência, que assista esses vídeos:

crenças, epistemologia, realidade, evidências
http://www.youtube.com/watch?v=ZiADLmeiNoc

objeções
http://www.youtube.com/watch?v=VDzelrtMeh4

(se a legenda não for ativada, acionar "CC" abaixo do vídeo)
betoquintas disse…
Há cem anos, G.K. Chesterton definiu o impasse em que os críticos da religião se encontravam: "Os homens que começam a lutar contra a igreja em nome da liberdade e da humanidade acabam por mandar a liberdade e a humanidade às urtigas, se só lutarem contra a igreja... Os secularistas não destruíram coisas divinas; mas destruíram coisas temporais, se é que isso lhes serve de consolo".

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/pelo-bem-da-europa-salvem-nos-dos-nossos-salvadores=f730387#ixzz1xENDp1j0
J. Tadeu disse…
O argumento também pode ser expresso assim (tomo liberdade criativa): "As igrejas que começam a lutar contra o homem em nome da liberdade e da salvação acabam por mandar a liberdade e a salvação às urtigas, se só lutarem contra o homem... As igrejas não destruíram coisas seculares (antes, secularizam-se); mas destruíram coisas temporais (em benefício próprio), se é que isso lhes serve de consolo."

Ou então (tome mais liberdade criativa!): "Os homens que começam a lutar contra o racismo em nome da liberdade e da humanidade acabam por mandar a liberdade e a humanidade às urtigas, se só lutarem contra o racismo... Os antirracistas não destruíram o racismo; mas destruíram coisas temporais, se é que isso lhes serve de consolo."

Impressão minha ou senti uma argumentação sutilmente tendenciosa sobre o comunismo e o fascismo como consequências diretas do ateísmo?

E há distinção entre lutar contra igrejas (no sentido de eliminá-las), e lutar contra os preconceitos e males causados e acobertados pelas igrejas; se estas desaparecerem por isso, é porque se sustentavam sobre preconceitos e males.

E citação contra citação: "Você diz que acredita na necessidade da religião. Seja sincero! Você acredita mesmo é na necessidade da polícia." (atribuída a um certo filósofo alemão)
Anônimo disse…
""Para entender o universo é necessário o pensamento ateu — o de que o universo é como ele é, suas leis são perenes, e não existe um criador, pois apenas com a visão reta da realidade é possível progredir de fato em sua ciência (noção) real."

Nota-se aqui a ignorância do autor sobre Isaac Newton, que era cristão e cujas leis até hoje são válidas. Newton é considerado por muitos historiadores e cientistas o maior cientista que já existiu. Pois sem a contribuição de Newton, não haveria tantos mistérios desvendados pela ciência.
"

Nota-se aqui a ignorância do autor do comentário sobre o significado proposto, de que o pensamento é ateu, mas não necessáriamente quem pensa. Newton desenvolveu uma lei da física, por acaso a lei da física é crente? Não, é um pensamento incrível, e é um pensamento sem Deus algum.

Ass. Autor do Post.
Anônimo disse…
Olha, eu não tenho nada contra o Niilismo em si, em partes, ele se assemelha ao realismo, o mesmo que eu tenho como fundamento de visão de mundo.

Mas quando de niilismo, passa para um negativismo, uma posição dura e fria acerca da realidade, aquelas pessoas fanáticas que chamam as outras de "macacos" apenas por considerá-las ignorantes, ou o pensamento de Direita extrema Meritocrática, onde é cada um por si e foda-se o resto, baseado num conceito de individualismo no mundo, posso dizer que eu não tenho algo contra, mas me sinto extremamente desconfortável ao lado de alguém assim.

Ass. Autor do post. (comentário que virou post)
Anônimo disse…
A. Porto, obrigado pela crítica. Mas veja bem,
Em primeiro lugar, ao escrever isso, me refiro à re-estruturação dos valores humanos na sociedade por si, e não na religião.
Digo, o ateísmo vai seguindo em frente com a ciência, mas o que define as escolhas da sociedade enquanto ateia? A ciência é uma estrutura de pensamento, mas no momento em que alguém for decidir um fim para um avanço científico, será ele utilizado para prover energia ao mundo, ou para explodir o mundo, a ciência pode responder estas questões?

Não. Mas valores humanos de compaixão podem, ou reflexões filosóficas acerca de nosso papel enquanto humanidade, podem.
Digo então re-estruturação, pois valores humanos agregados à moral religiosa, NÃO PODEM, pois ela se dá o direito de ter uma liberdade divina (inexistente) de legislar.

Ass. Autor do Post (comentário que virou Post)
Octavio Milliet.
Anônimo disse…
A resposta para o teu comentário prudente é simples, meu caro Salamandra, o mundo está em direção á uma quantidade de crises que vem se repetindo e agravando faz um tempo, e para superá-las, precisamos mudar uma quantidade enorme de valores.

O Ateísmo pode ser tanto essa tentativa, ou acabar seguindo o mesmo caminho, isso depende de se ele irá se considerar superior ao ponto de não precisar aprender nada, desconsiderar os avanços que fizeram a religião construir esta rampa dura e difícil de se manter no topo, e então, cair junto com a religião, ao invés de subir o primeiro andar...

Ou trará a tona o ideal secularista de abrir a mente ao contexto maior, o racionalismo, mas ligado à necessária construção dos valores de uma análise do que somos enquanto seres humanos, e como precisamos nos guiar para atingir um futuro sustentável.

Ass. Autor do Post (comentário que virou post)
Octavio Milliet.
"...meu caro Salamandra"...

_Desculpe, uma pequena correção: por favor, sou mulher.
J. Tadeu disse…
Octavio, sobre o trecho (cito-te): "a ciência pode responder estas questões? Não. Mas valores humanos de compaixão podem, ou reflexões filosóficas acerca de nosso papel enquanto humanidade, podem."

A ciência hoje não pode responder questões éticas, mas com os avanços em campos como a psicologia evolutiva e as ciências cognitivas em geral é possível que no futuro as ciências naturais possam, se não definir uma moral objetiva, ao menos ajudarem em tais questões. Do que o método cientifico trata? Grosso modo, de experimentação e mensuração de fenômenos, e assim formular hipóteses, teorias e leis científicas. Poderemos descobrir, por ex., se uma pessoa sofre de sociopatia e em que grau (há vários estudos mostrando ser um transtorno com predisposição genética) e assim prescrever um tratamento eficaz na cura ou redução, e ao mesmo tempo, com estudos estatísticos entre a população, verificar a taxa de redução de crimes e a correlação entre o tratamento prescrito, e assim aperfeiçoarmos o método.

Outro ex., hoje já se discute os direitos de outras espécies animais; podemos mensurar o grau de sofrimento e dor de animais sob determinadas condições, e dizer se é justificável causar sofrimento e dor desnecessariamente.
Anônimo disse…
Melhor desenhar, pq continua cheirando a whisky escocês.
Anônimo disse…
Nunca vi o Newton, mas os historiadores falam que ele existiu, o mesmo se aplica a Deus, com a diferença que dizem que Deus existe.
Anônimo disse…
>>"Melhor desenhar, pq continua cheirando a whisky escocês."

-Que pena! Imaginei que não entenderia! Pobre Olog-Hai, que tal voltar para sua caverna?
J. Tadeu disse…
No final das contas, fico com o dito "rótulos são como biquínis: chamam a atenção mas não cobrem tudo..." (autor desconhecido :-)
Igor disse…
O que luta contra a religião não é o ateísmo. É o secularismo e o pensamento racional.

Até onde eu sei, o secularismo não luta contra as religiões, mas sim atua no sentido de reduzir a influência social das mesmas – relegando-as a esfera privada do indivíduo. Não há hostilidade em relação às religiões, pois isso pode até mesmo protegê-las (principalmente as religiões minoritárias).
Anônimo disse…
Não há problema em ver a ciência como a forma de respondermos estas questões, J. Tadeu, mas há problema em acreditar que a ciência pode direcionar as respostas.
A energia atômica foi criada pela ciência, mas sem um julgamento ético, ela foi utilizada no vazio de valores humanos entre a ciência e a filosofia, o cientista diz "Eu criei, agora usem.", e os filósofos são ignorados, apenas utilizados nas partes que convém ao poder.

A bomba explode, o mundo chora, e quem governa chama isso de glória.

Vejo a ciência como uma PARTE fundamental do desenvolvimento da humanidade. Mas não como um todo, nem como um guia principal. Na minha opinião, este papel deve ser composto por muitas coisas, não uma só.

Abraços e obrigado pelas boas críticas,
Octavio Milliet
Anônimo disse…
Descobertas científicas bem rígidas já foram mal utilizadas. Vamos supor (o que os machistas adoram) sobre a hipótese das menores capacidades cerebrais das mulheres.

É uma 'descoberta científica', aí vai lá e toda uma sociedade se forma em torno da suposta "inferioridade" da mulher.

Sobra para as perguntas sobre as perguntas, a filosofia analítica social, desenvolver parâmetros que mostrem que não podemos nos ater apenas às descobertas científicas, pois embora Ética defina o modo de ser, não é o mesmo que o funcionamento do ser, definido pela ciência, mas a soma do que é o homem, e da sua capacidade de agir em prol da humanidade, pois somos seres racionais, dotados da capacidade de racionalizar sobre nossas ações.

Não podemos aceitar "ah, assim somos, assim é a conclusão científica do nosso comportamento",
a) Pois o comportamento humano não é puramente definido pelas características biológicas do ser, mas a soma destas com o meio externo, natural e social.
b) Pois devemos levar em conta, tanto a forma como a matemática das coisas existe e se organiza, quanto a forma como ela pode ser aplicada. Como pode ela ser aplicada? Isso não é definido pelo fato do humano ter interesses apenas, mas pela aceitação social dos interesses de quem está com o papel da aplicação dos fatos.

Enquanto por exemplo, sabemos das dores dos outros animais, e podemos dizer "não faça com os outros o que não quer feito contigo", sabemos das características da natureza, do predador e preza, muitos utilizam isso de desculpa. "Ah, mas é assim, sempre foi assim, a ciência prova que é assim."

Onde está a conclusão científica que leve o homem a não aceitar a dor nos animais, dependendo dos casos inúteis onde ela ocorre? Não está nas conclusões científicas, mas nas reflexões de como elas devem ser aplicadas pela sociedade.

Espero ter conseguido ser claro, rs
Muito obrigado pela sua participação meu caro, é difícil encontrar um debate deste nível na internet.
Abraços,
Octavio Milliet.
Anônimo disse…
Perdão, minha cara Salamandra! Rsrs

Os nomes na internet se tornam confusos, mais ainda com as fotos muito pequenas de perfil.
Mil desculpas =/

Octavio Milliet
J. Tadeu disse…
Octavio, concordo que a ciência, tal como é feita hoje, não pode responder absolutamente todas as perguntas. Também é de se levar em conta que depois da II Guerra a ciência ficou meio como a vilã da história na opinião geral. O problema, no meu entender, é que a filosofia (me refiro à disciplina acadêmica) de certa forma se "distanciou" das descobertas científicas, ficando "engessada" à sua própria história ou a problemas de linguagem (se eu estiver errado nesse ponto, me corrija). Mas aí talvez o problema seja da formação de filósofos, não da filosofia em si.

Acho que uma visão mais holística (não sei por que, não gosto desse termo, me cheira a misticismo :-) é a chave. As ciências naturais talvez até possam responder as três clássicas questões: "De onde viemos?", "O que somos?", "Para onde vamos?", mas penso ser fundamental ao mesmo tempo uma Ética Prática, o que fazer depois de tais perguntas estiverem satisfatoriamente respondidas, ou antes disso quando cada fato ou descoberta vier à tona. Aguardo réplica.
Este comentário foi removido pelo autor.
Os ateus são tão diminuídos pelos teístas que qualquer coisa que tenha o objetivo de levantar a auto-estima do ateu é imediatamente rechaçada por... ahã... ATEUS!!! Será que pode??? O ateísmo é a condição natural, a tábua raza. Quando o primeiro esperto achou o primeiro trouxa surgiu a religião e seus mecanismos de dominação só foram sendo aprimorados ou longo do tempo, permitindo a lavagem cerebral das crianças antes delas poderem se defender deste abuso. O termo ateísmo nem existiria se não houvesse o mal provocado pelas religiões institucionalizadas e seus bárbaros livros sangrentos. Como não existe aunicornismo ou agnomismo. Duvidar de duendes, de visitas extraterrestres (com ou sem sonda anal), duvidar de unicórnios ou hobbits. Nada disso tem uma palavra só pra si. Mas quando alguém diz o óbvio de que Jeova e Papai Noel são entidades inventadas e que anjos são tão irreais quanto manticoras ou quimeras ele é chamado de FUNDAMENTALISTA!!! Os ateus estão um degrau abaixo dos teístas sim, mas é na autoestima e amor próprio!
Anônimo disse…
A ciência não é absolutamente racional, pois até mesmo na matemática - a rainha de todas as ciências, como dizia K. F. Gauss - é preciso primeiramente crer para posteriormente de fato saber se aquilo que se busca/analisa, e julga ser até então verdadeiro, sem dúvidas o é.

O homem é racional e, não obstante, incapaz de verdadeiramente compreender a natureza em absoluto, e a ciência é e sempre será limitada ao seu intelecto.

Se há alguém que vive tão somente de idéias próprias e que não necessita crer em nada para dar sentido à própria existência, este alguém só pode ser um deus.
Unknown disse…
"Para entender o universo é necessário o pensamento ateu — o de que o universo é como ele é, suas leis são perenes, e não existe um criador, pois apenas com a visão reta da realidade é possível progredir de fato em sua ciência (noção) real."
Você (autor) acabou passando a ideia de 'ateu ortodoxo'.

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