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Bruxas se diziam cristãs puríssimas e hoje são chamadas de místicas

Título original: Domingão no parque em 1310

por Luiz Felipe Pondé para Folha

Uma das coisas que mais me espantam é o encanto que muita gente alimenta pelos hereges medievais, associado à quase total ignorância sobre suas heresias. Confundem-se manias "teenagers" com heresias sérias.

Faça uma "regressão para vidas passadas" em alguém e verá que ela foi uma bruxa queimada na Idade Média ou algo semelhante. E ela acha isso chique porque pensa nessa "bruxa" queimando sutiã em Paris no século 14.

Não conheço ninguém que tenha sido uma aborígene insignificante (sem querer ofender os aborígenes, é claro, trata-se de uma cultura sem a qual o mundo não sobreviveria).

Coitadas dessas "bruxas". Para começar, pelo menos no universo entre o que chamamos hoje de França, Bélgica, Holanda e Alemanha (região do rio Reno), entre os séculos 13 e 15, essas mulheres não se diziam bruxas, mas sim cristãs puríssimas.

O famoso livro "Martelo das Bruxas" (Malleus Maleficarum, para os íntimos), escrito no século 15, era um manual para "lidar" com essas cristãs "béguines" (termo sem tradução decente em português porque chamá-las de "beatas" é maldade).

Quando você ouvir alguém se referir a essas mulheres como "bruxas", tenha certeza de que ele não sabe do que está falando. Caras como os que escreveram o "Malleus" é que chamavam essas mulheres de bruxas. Elas falavam de Deus, de caridade, de amor, de conhecimento "direto de Deus" e seus desdobramentos (aqui residia o principal problema). A partir do século 17, mais ou menos, passamos a chamar essas mulheres de místicas.

Anos atrás, comecei a pesquisar alguns textos dessas místicas medievais. Interessava-me o fato de que muitas delas tinham sido consideradas hereges.

Entre 1994 e 2003, entre Paris e Marburg (Alemanha), me dediquei a duas delas mais cuidadosamente, Marguerite Porete e Mechthild von Magdeburg.

A primeira foi queimada como herege em 11 de junho de 1310, em Paris, place de la Grève (reza a lenda que não deu um pio enquanto ardia na fogueira). A segunda morreu uma morte razoavelmente tranquila em alguma data desconhecida entre 1282 e 1294, num mosteiro, apesar de ter passado por apuros com a Inquisição e de ter sido ajudada, pelo que parece, por um amigo ou primo abade poderoso da região.

O título do livro queimado com a Porete é Le Miroir des Simples Âmes Anéantis (o espelho das almas simples e nadificadas). Já o da alemã que escapou do pior é Das fliessende Licht der Gottheit (a luz fluente da deidade).

Ambos trazem a marca dos excessos dessa escola mística chamada de renana: elas e Deus são da mesma substância, de onde se deduz, entre outras coisas, que elas não precisavam seguir códigos morais exteriores como os que não sabiam o que elas sabiam.

Elas ("almas liberadas", "nadas divinos") eram sem "matéria de criatura", logo, Deus. A Igreja e (quase) todo mundo via nisso simples soberba desmedida.

A esse "erro de doutrina", o Concílio de Viena de 1313, sobre essas "béguines", chamou de "confusão de substâncias".

Se recuperarmos o que nos diz o grande historiador Huizinga em seu "Outono da Idade Média" (ed. Cosac Naify), a execução desses hereges era um "domingão no parque".

As famílias iam com seu ovo duro, suas músicas prediletas (estou fazendo uma adaptação irônica do texto de Huizinga aos dias atuais), seus cachorros, e faziam tai chi enquanto esperavam a criminosa chegar. Os homens comparavam seus cavalos ou carroças e as mulheres se vangloriavam, em silêncio, por seus belos seios e belas pernas. As feias, como sempre, ficavam bravas com o sorriso seguro das mais graciosas.

Mas o melhor mesmo era o interesse das crianças e os tomates podres que seus pais davam para elas para que brincassem de jogá-los nos hereges. Alguns pais se emocionavam com a precisão de alguns de seus pequenos príncipes.

Herege, hoje, é chique, mas lá, você estaria jogando pedra nela como numa "Geni". Você a veria como se vê hoje um pedófilo, um reacionário, um capitalista porco, enfim, um desgraçado, uma prostituta, que todo mundo diz que é "bonitinha", mas todo mundo detesta (menos os consumidores).

Busca por espiritualidade light é como busca por marca de jeans.
setembro de 2011

Artigos do Pondé.

Comentários

Anônimo disse…
Pesado!!
Compara ficção com realidade?
Crime pessoal com crime de governo(as massas)?
Anônimo disse…
Pesado!!
Compara ficção com realidade?
Crime pessoal com crime de governo(as massas)?
Anônimo disse…
Se a primeira bruxa morreu em 1310, e a segunda morreu entre 1282 e 1294, a conclusão óbvia disso é o Pondé é um abilolado.
Anônimo disse…
Bruxa, segundo a Igreja Pedóf...Católica, significa tão somente fêmea insubmissa.
Anônimo disse…
Ele citou dois nomes no parágrafo anterior, e disse que a primeira mulher cujo nome foi citado morreu em 1310, e a segunda morreu entre 1282 e 1294.

Analfabetismo funcional é uma realidade triste neste país. A pessoa lê, mas não entende, e ofende o autor em vez de perceber que ela mesmo é desprovida de inteligência ou, no mínimo, de atenção.
Anônimo disse…
Esaa história de que a regressão de vidas passadas apenas revela grandes personalidades é um MITO. Afirmar isso é o cúmulo da falta de informação. A grande maioria descobre "ter sido", suopostamente, pessoas pobres e sofridas. Sugiro que leiam os livros do Brian Weiss, pra verem o que eu estou dizendo. Eu já fiz regressão e tive uma visão nada boa. Bem, mas é algo totalmente pessoal.
Anônimo disse…
Não precisa ler vários livros do Brian Weiss! Basta ler alguns parágrafos de qualquer Ilustrada do Pondé para entender, sem a menor dificuldade, que, vêm vida, passa vida, e não passamos de um tipo insustentável e mesquinho de pó! Uns mais que os outros.
Anônimo disse…
Não precisa ler vários livros do Brian Weiss! Basta ler alguns parágrafos de qualquer Ilustrada do Pondé para entender, sem a menor dificuldade, que, vêm vida, passa vida, e não passamos de um tipo insustentável e mesquinho de pó! Uns mais que os outros.
Anônimo disse…
A questão não é se existe reencarnação ou não, apenas falei que essa história de grandes personalidades descobertas pela regressão é um verdadeiro mito, acontece em raríssimos casos.
Anônimo disse…
Regressão é autosugestão. Não houveram outras encarnações, vc não tem um espírito usado como papel higiênico que troca de corpo periodicamente. Vc já fez regressão? Parabéns, vc foi mais um incauto sugestionável que ajudou um charlatão a pagar suas contas. Está a dois passos de começar a dar 10% do seu salário para um pastor que come gente ingênua como vc no café da manhã.
Anônimo disse…
Em primeiro lugar, a questao nao é saber se de fato a reencarnaçäo existe, mas sim que as pessoas conseguem se curar através da regressão. Segundo, nunca afirmei q a minha visão foi de fato uma vida passada. Já a contei pra um psicanalista e ele interpretou-a, dizendo tratar-se apenas de uma fantasia. Terceiro, eu fiz uma auto-regressão. Baixei da internet mesmo, kkkkkkk'.
Anônimo disse…
E quarto: sou ateu.
Concí Sales disse…
A história distingue bruxaria de gnose, e o filósofo joga bem com as palavras, mas tropeça como sempre nos conceitos, obvio que sabedor do falsete e a intencionalidade é clara...Criar com anfibologias o velho e surrado texto ambíguo de sempre. Bruxas eram mulheres que liam (ou não, mas a leitura numa mulher era considerada perigosa e subversiva)e praticavam astrologia, botânica; além do que preparavam desde abortivos a fitorerápicos, algumas inclusive mediante conhecimento empírico e até analfabetas; portanto, a Igreja perseguia-as por dominarem saberes não convencionais e fora da influência masculina e eclesiástica. As místicas eram mulheres visionárias, teólogas incipientes e mais hereges que feiticeiras, impregnadas da gnose, da cabala, da autoconsciência da mente humana como substancialmente unida à mente de Deus. Não se pode confundir umas com outras, as místicas inclusive foram consideradas santas, taumaturgas, literatas e algumas reabilitadas, como Anne Caterine Emmerich, hoje veneradas; esta última inclusive com visões que inspiraram a obra cinematográfica de Mel Gibson e suas visões surrealistas de satan e a ênfase feminina-materna no mistério co-redentor de Maria Mãe de Deus. Não creio que as bruxas se julgassem santas, muitas ao saberem-se perdidas escarneciam de modo jocoso dos mistérios sagrados e blasfemavam abertamente de Deus. Quanto às místicas, talvez um pouco inflacionadas, se imaginassem realmente "visitadas" ou "desposadas" com a divindade; algo que a psicanálise e a teoria freudiana irão identificar mais tarde como ardor sexual , muito mais que sede de Deus.
Anônimo disse…
Pondé é a reencarnação de Lord Voldemort, nota-se perfeitamente a semelhança!
Unknown disse…
Amigos do blog. Gostaria de indicar um filme muito interessante a esse respeito. Aliás, é um dos primeiros, se não for o primeiro, a esse respeito. Trata-se do Häxan - A Feitiçaria Através dos Tempos (1922). Um trabalho belíssimo e primoroso. Pode ser assistido pelo youtube. Eis o link: http://www.youtube.com/watch?v=yXUt7elrCrs
paulo de tarso disse…
daqui a pouco vao dizer que as bruxas eram pastoras,para de história vai enganar outro um belo visual de cristãs,só eu nao sabia que as vestes das cristãs bruxas eram revolucionarias oi seja para de contar piada.
paulo de tarso disse…
e o diabo e seus anjos achando que tao se dando bem com isso.
Sheila Nunes disse…
Novamente, Pondé nos remete à democracia e sua falácia: 50% mais 1 e os outros 49% que engulam a “maioria” esmagadora.

Comparações, vanglórias, ovos duros, “brincar” de jogar tomates podres e seus filhos. Nossos filhos. Damos ovos duros e tomates podres aos nossos filhos e nos orgulhamos da precisão de alguns deles. Vivemos e reproduzimos um mundo, como máquina copiadora, sem qualquer consideração pelo próximo. Sem respeito pelas diferenças. Ora bolas, se a pessoa se julga “alma liberada”, sem “matéria de criatura”, “logo, Deus”, por que o desconforto, o preconceito, o julgamento, a sentença: “joga pedra na Geni”? E fazemos disso parque de diversão pra “amenizarmos” nosso desamor.

É o que fazemos e reproduzimos em nossos filhos. Chegamos às pessoas e imoralmente, queremos que creiam, pensem e hajam como nós, com se fôssemos os donos da verdade e não queremos nos dar ao amor de olhar o outro e aceitá-lo como é. Como uma leitura diferente daquilo que somos, como código genético diferente, particular e por isso mesmo, raro, único, ímpar.

Leio como sinto. Um texto que me convida à reflexão do quão intolerante e arrogante sou.

Gratíssima,
Sheila Nunes
paulo de tarso disse…
toda honra e toda glória seja dada a o senhor jesus de eternidade a eternidade quem pode mudar isso nimguém.
José da Silva disse…
O Pondé tenta reescrever a história a partir de duas mulheres, entre as centenas que foram queimadas. Não me parece muito significativo.

A partir deste texto, que também cita o livro "Martelo das Bruxas",  é mais fácil entender porque as mulheres que falavam de Deus, de caridade, de amor, de conhecimento "direto de Deus" e seus desdobramentos eram consideradas "bruxas".
Anônimo disse…
nunca li algo tão mal aplicado e mal elaborado como esse texto! superou todas as minhas expectativas de ler algo porco!
Anônimo disse…
qualquer um que pense
Lukretia Borgia disse…
Pois eu fui sim, uma bruxa. E desde pequena, já sentia atração por tudo que fosse da Igreja, porque ali eu desempenhava minhas sacrilegas funções, de perverter os filhos de Deus, principalmente os que estudavam no Colegio Militar. Nossa! Como eu corria atrás daqueles livros que chamavam Capa Preta, Capa de Aço, o Verdadeiro, o Livro do meu Amado companheiro de feitiçaria, também um Santo! Quantas hóstias eu roubei, afoita, trazendo-as escondidas no missal de vovó; e depois transferindo-as, sôfrega, as mãos trêmulas, para minha lata de biscoitos dinamarqueses do Natal! Ali tampava-as como tesouros, e engolia-as depois (após rezar as ladainhas do Coração de Jesus, e a de Todos os Santos);junto com os nomes dos efebos mais formosos, quiçá com a fervura em garapa de mel, e outras reinações de minha criativa magia!Pobre Santo Antônio, só o não pus de castigo no céu porque o não alcançara(bem que no céu já vive e para sempre está); tantas torturas infligi ao seu sofrido simulacro! Terra, fundo de cacimbas, de vasos de plantas, de cabeça pra baixo, dentro d'água! Qual sítio ou local aprazível deixei de percorrer em busca de enterrá-lo e desenterrá-lo? Até que um dia consegui o "recruta" vesgo e desaprumado, lembro como se fosse hoje, chamava-se Flávio. Esperava, é óbvio com tantas artes divinatórias e fetichistas, conseguir ao menos um sub-oficial; mamãe atravessou logo: "Quem não namora com estudante, não casa com doutor!"Vovô com sua sabedoria de velho e de comendador, foi quem me fez abandonar a bruxaria: "minha filha, esses rapazes vivem sendo transferidos, você quererá morar em todas as cidades do Brasil?"Logo esqueci o Colegio Militar, pois foi o tempo em que passei na USP e passei a paquerar os calouros da Academia!Mas ainda guardo até hoje, na recepção da pousada, a foto amarelada (roubada!) do Flávio, com a oração de amarração de Santa Catarina. Dizem que atrai clientes...Yo no creo en brujos, mas pero que los hay..."
Anônimo disse…
kkkkkkkk
Anônimo disse…
se existe vidas passadas eu não sei, porem não importa quantas vidas você viva, mas é esta de hoje que você tem que respeitar e se dedicar, quando morreres seus atos serão julgados o desta vida, por que ajudar quem já morreu se quem precisa de ajuda somos nós, infelizmente quando se morre, deixa-se de existir, seria bom se podessemos manter contato mas não se pode morrer em carne não significa que possa morrer totalmente, mas se só o espirito vivi significa q ele partiu pra outro lugar, lugar no qual não precisamos se preocupar pois estaremos nele também. só tenho uma coisa a dizer se tiveres de ajudar alguém, ajude alguém de sua vida não de outras que já passou.
Anônimo disse…
Tem mais uma coisa, eu em varias pesquisas que fiz me encaixo no quadro destas bruxas.
eu nasci em uma família boa meu pai um homem firme no qual nunca o vi se abalar, herdou de seu pai um livro antes mesmo de eu nascer, já vi meu pai expulsar coisas sinistras dos outros mas aquilo não me chamava atenção, ate que com nove anos comecei a ser tentada por este livro e então comecei a ler lembro de cada detalhe daquele velho livro no qual as paginas já se desprendiam da capa, comecei a ter sonhos terríveis e os tenho ate hoje, porem não dou importância.
Um dia eu estava dormindo e então sonhei com um ser super estranho que dizia pra mim não deixa-lo sair de casa, pois se ele saísse não deixaria minha família viver em paz nunca, bem eu falei pra esse ser que quem mandava na minha vida era somente DEUS, quando foi nos outros dia depois de eu chegar do serviço minha mãe veio e me falo que meu pai havia se desfeito do livro, que ele tinha vendido pra uma mulher, bem eu gostei dele ter saído de casa.

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