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| Casos de pedofilia fizeram aumentar a desistência da Igreja |
De acordo com pesquisa da própria igreja, a maioria da população de Munique, capital da Baviera, deixou de ser católica pela primeira vez. A cidade tem 1,77 milhão de habitantes, e agora os católicos representam 49% do total, em um declínio que deve continuar.
A Igreja Católica vem perdendo fiéis na Alemanha já há mais de 10 anos. Estima-se que no período 80 mil fiéis abandonaram-na. Mas a fuga se acelerou em 2010 por causa dos escândalos dos padres pedófilos que chacoalharam o país.
Mas não se trata de um fenômeno exclusivamente católico, porque pessoas de outras denominações, com a evangélica, também estão se afastando da religião.
O Vaticano tem recorrido a esse dado para minimizar o sumiço dos fiéis de suas igrejas. No entendimento do papa Bento 16, o que ocorre não só na Alemanha, mas em toda a Europa é o avanço da secularização.
O papa já começa a se acostumar com a ideia de que os católicos se tornem minoria em países onde tradicionalmente a Igreja Católica tinha a hegemonia.
Para ele, contudo, trata-se de uma “minoria criativa", conforme disse em setembro de 2009, a caminho de Praga. “Normalmente, as minorias criativas determinam o futuro”, disse na ocasião.
Com informação da Vatican Insider.
dezembro de 2010
Comentários
"No entendimento do papa Bento 16, o que ocorre não só na Alemanha, mas em toda a Europa é o avanço da secularização."Bom para o planeta!!!
Porque as religiôes sempre foram mestras em ´´ocultar informações´´ dos fiéis.....
a ICAR proibia livros até a decada de 60...o famoso
INDEX PROIBITORIUM...
Os crentes alguns são proibidos de ver TV....mesmo na casa do PASTOR sempre ter aquela de 500 polegadas com 150 canais...e por ai vai...
Mas a Alemanha não é um país de maioria católica e sim se iguala ao número de luteranos.
Quem perdeu mais fieis nos últimos anos foi a própria igreja luterana.
Católicos: http://i53.tinypic.com/2ueo561.jpg
Sem religião: http://i52.tinypic.com/oh1vgk.jpg
E há enorme expectativa em relação ao Censo de 2010, cuja tendência é seguir a curva descendente da Igreja Católica e apontar um aumento substancial no número de pessoas "sem religião", posto que foi justamente entre 2000 e 2010 que o grosso dos escândalos de pedofilia nas igrejas cristãs veio a público.
Além disso tem o próprio e inequívoco fator INFORMAÇÃO, já citado por um comentarista antes de mim.
Quanto mais as pessoas têm acesso à informação, mais elas se afastam do obscurantismo. É aquela coisa: a Ciência não explica tudo, mas a religião não explica nada. A fé não dá respostas, ela só impede perguntas.
O único senão é que o IBGE frustrou os ateus por incluir a periclitante pergunta sobre religião apenas nos questionários da AMOSTRA (o completo), ou seja, a imensa maioria da população brasileira não prestou contas disso, já que respondeu ao questionário básico (onde não havia o item religião).
O resultado disso é que o levantamento dos ateus, que no Censo de 2010 foram finalmente separados dos "sem religião", vai ser por ESTIMATIVA e não por números absolutos.
Apesar da metodologia séria do IBGE, esta era uma chance de ouro para conhecermos o número concreto de ateus no Brasil, comprovando cientificamente que os ateus estão perdendo o receio da discriminação e estão saindo do armário - apesar dos séculos de perseguição e opressão cristã.
A maior parte dos ateus sempre esteve lá, sempre foi ateu. O que não havia era condições razoáveis para expressar a descrença no absurdo, já que mesmo depois de oficialmente sepultada a nefasta Inquisição Católica, em 1965, os ateus ainda sofriam preconceito moral.
[continua]
De modo que, mesmo despertando tanto ódio numa gente que se diz tão boa, hoje os ateus não estão nem um pouco preocupados com a opinião alheia. E estão assumindo sem medo e sem constrangimento o fato de que não há nenhuma evidência lógica, ou ao menos plausível, de um deus.
Essa mudança de postura de alguns ateus está encorajando outros a sairem do armário. E o principal resultado prático disso é que o mundo está tendo a chance de ver que a dominação cristã era uma imposição, não uma escolha.
Livres da chantagem moral cristã, milhares de pessoas que foram batizadas à revelia pelos pais (porque eram crianças e não tinham liberdade de escolha) hoje estão tendo a oportunidade de dizer "eu não acredito nisso, não quero seguir essa bobagem".
Algumas pessoas, um dia batizadas "cristãs", estão descobrindo - graças ao poder comunicativo sem fronteiras da internet - que elas podem refutar a ideia de um deus, sim, e que não vão para inferno algum por causa disso.
Até porque se deus existisse mesmo, por COERÊNCIA e BOM SENSO ele tinha que se preocupar era com pedófilos, estupradores e assassinos, não com descrentes.
A propósito, não é só no Brasil e na diocese do Ratzinger que o Catolicismo perde adeptos. Depois dos últimos escândalos de padres pedófilos na Irlanda, na Bélgica e na Alemanha, por exemplo, um sem-número de fiéis nestes países resolveu abandonar o barco católico para não afundar junto.
Nos Estados Unidos, a Igreja Católica está desmoronando aos poucos, sobretudo desde aquela reportagem bombástica do Boston Globe, que valeu o Prêmio Pulitzer de Jornalismo em 2003 [http://www.boston.com/globe/spotlight/abuse/].
Na Inglaterra, a BBC já produziu dois documentários definitivos para mostrar o que o Vaticano esconde no universo sem fim da pedofilia clerical. Um deles é o "Sex crimes and the Vatican" [http://vimeo.com/654677].
Ou seja: espantoso não são os fiéis que estão abandonando a Igreja Católica, mas sim os que anunciam que - apesar de tudo - pretendem morrer abraçado com ela.
http://www.youtube.com/watch?v=WMehKc-ClQA&feature=related
As Autoridades vão reagir, caluniando-o, prendendo-o e matando-o novamente.
Aqueles que vivem de ler a Bíblia serão os primeiros a apedrejá-lo. Pois acreditam que Messias bom é Messias morto.
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