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ONU critica Brasil por ter ensino religioso em escolas públicas

por Jamil Chade
 para 'O Estado de S.Paulo

Documento diz que
 escolas desrespeitam
 o Estado laico
Centenas de escolas públicas em pelo menos 11 Estados do Brasil não seguem os preceitos do caráter laico do Estado e impõem o ensino religioso, alerta a Organização das Nações Unidas. Em relatório a ser apresentado ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, a situação do Brasil é criticada.

O documento foi preparado pela relatora da ONU para o direito à cultura, Farida Shaheed, que também alerta que intolerância religiosa e racismo "persistem" na sociedade brasileira. A relatora apela por uma posição mais forte por parte do governo para frear ataques realizados por "seguidores de religiões pentecostais" contra praticantes de religiões afro-brasileiras no País. Uma das maiores preocupações é o com o ensino religioso, assunto que pôs Vaticano e governo em descompasso diplomático.

Os Estados citados por Farida, que visitou o País no final do ano passado, são Alagoas, Amapá, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

A relatora diz ter recolhido pedidos para que o material usado em aulas de religião nas escolas públicas seja submetido a uma revisão por especialistas, como no caso de outros materiais de ensino. Além disso, "recursos de um Estado laico não devem ser usados para comprar livros religiosos para escolas", esclarece.

Para Farida, "deixar o conteúdo de cursos religiosos ser determinado pelo sistema de crença pessoal de professores ou administradores de escolas, usar o ensino religioso como proselitismo, ensino religioso compulsório e excluir religiões de origem africana do curriculum foram relatados como principais preocupações que impedem a implementação efetiva do que é previsto na Constituição".

Legislação. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação diz que o ensino religioso deve ser oferecido em todas as escolas públicas de ensino fundamental, mas a matrícula é facultativa. A definição do conteúdo é feita pelos Estado e municípios, mas a legislação afirma que o conteúdo deve assegurar o respeito à diversidade cultural religiosa e proíbe qualquer forma de proselitismo.

"Em tese, deveria haver um professor capaz de representar todas as religiões. Mas, como sabemos, é impossível", explica Roseli Fischmann, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP). "Além disso, a aula não é tratada efetivamente como facultativa. O arranjo é feito de tal forma que o aluno é obrigado a assistir."

Roseli explica que o modelo brasileiro é pouco usual nos países em que há total separação entre Estado e religião. "Até Portugal, que no regime de Salazar tornou obrigatório o ensino religioso, aboliu as aulas. Educação religiosa deve ser restrita aos colégios confessionais. Lá, o pai matricula consciente."




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Comentários

Anônimo disse…
Tem de acabar em todo país!!Querem ensinar religião coloquem os filhos para frequentar igrejas mas na escola não.Já que eles determinam que outras questões não devem ser tratadas nas escolas o estado tem de determinar que religião não é disciplina escolar do mesmo modo porque a escola é laica.
Laicistas,ateus etc a luta continua!!
Anônimo disse…
A insistência e a persistência em manter-se o ensino religioso nas escolas públicas, abre espaço para alguns questionamentos acerca das causas desta intenção, que convenhamos, NÃO É EVIDENTEMENTE, religiosa, tampouco cívica. Menos ainda social, porque dentro dos atuais parâmetros curriculares, e inclusive dos temas transversais, há conteúdos básicos, fundamentais, que uma carga horária normal nem dá conta, ainda mais se acrescendo tal excrescência. Peguntemos por tais razões, ampliemos o debate, levantemos propostas...o que está por trás deste interesse de manter a religião como simulacro de formação ética ou catequização normativa de costumes? Não alegou recentemente a Presidenta que estes conteúdos morais SÃO DA RESPONSABILIDADE DA FAMÍLIA E NÃO DO ESTADO? Talvez devamos voltar a investigar as teorias psicológicas das tendências motivacionais, tanto as do condicionamento clássico, quanto do condicionamento operante. Que "recompensa" poderia servir de estímulo ao comportamento religioso, senão o reforço da alienação política além da desmobilização social organizada e planejada, com fins de evitar que as massas passem a exigir direitos e cobrar responsabilidades do Estado? Seria o ensino religioso um "retorno" ao mágico, ou tentativa de "fornecer" já pronta, uma opção de consumo face ao diversificado mercado religioso? Não podemos nos omitir ante esse debate, pois ele revela o quanto ainda estamos atrasados em relação aos indicadores sociais e educacionais das nações civilizadas e do mundo livre. É precisamente em busca da objetividade, da efetividade das realidades que permeiam a vida civilizada, a AÇÃO SOCIAL CONSCIENTE no mundo, de forma CRÍTICA e AUTÔNOMA; que a educação laica e secular manifesta sua tendência contemporânea, em todo o mundo civilizado; sem apelos e fugas ao transcendente ao bizarro, ao mágico e supersticioso, onde os problemas são referidos a causas imaginárias e projetados na alienação a soluções hipotéticas
Anônimo disse…
. Numa educação para uma formação da subjetividade com autonomia, nem se aceita mais o nômade-isolado, o pária ou o antisocial; tampouco o massificado, o burrificado acrítico e sujeitado pela tirania do coletivo. A religião por ser uma instituição e configurar-se como INSTÂNCIA DE MORALIDADE OU ETICIDADE HETERÔNOMA (caso em que as decisões provêm de fora do indivíduo, e este é passivo nas apreciações quanto nas determinações políticas sociais),é INVIÁVEL PARA UMA EDUCAÇÃO AUTÔNOMA, REFLEXIVA, como a que foi proposta por ADORNO, como única forma de se evitar o retorno à Autocracia, como vemos no filme Die Welle (A Onda) de Dennis Gansel. Portanto NO ENSINO PÚBLICO, NA EDUCAÇÃO PÚBLICA, A RELIGIÃO NÃO PODE ATUAR DE FORMA ALGUMA, MENOS AINDA POR exposição de um CONTEÚDO alienante, acrítico, incentivador à heteronomia, à obediência de fé por crença; conteúdo que de modo VELADO, IMPLÍCITO, passa a mensagem subliminar que ela é NECESSÁRIA ABSOLUTAMENTE, como AUXILIAR pedagógica, QUANTO AO ESPECÍFICO DO TRABALHO EDUCATIVO; tanto no aprendizado do engajamento social e político, quanto na formação do sujeito consciente, preparado para o convívio público, para o exercício da cidadania, em âmbito coletivo, capaz de contribuir com o país, e o mundo. Assim como a autonomia MORAL e consciência CRÍTICA, não podem ser entendidas como um espaço interior isolado; NENHUMA IDENTIDADE SOCIAL , CIDADÃ, PODE SER CONCEBIDA OU CONSTRUÍDA FORA DA CONSCIÊNCIA PÚBLICA e livre da sectária e particular identidade religiosa; e é lá, no universal humano objetivo, na efetivação de sua ação política, que o indivíduo deve aprender a MOVER-SE e atuar COMO CIDADÃO, por conceitos já APRENDIDOS NO ENSINO VERDADEIRAMENTE PÚBLICO, VIRTUDES POLÍTICAS como igualdade e altruísmo, sem necessidade NENHUMA de apelo AO MÁGICO, AO TRANSCENDENTE, AO OCULTO, nem ÀS PARACIÊNCIAS, parapedagogias, pseudo éticas particulares, tampouco à religião.
Jobson Coutinho disse…
Bom texto. Parabéns pelo site!
Deixa-nos sempre atualizados sobre essas notícias que dificilmente vemos na "grande mídia". Esta não tem o menor interesse em mudanças no status quo.
jefferson disse…
Brasil um pais "dos crentes" de todos
Anônimo disse…
A ONU não tem absolutamente mais nada o que fazer ? Tem um monte de massacres ocorrendo no oriente médio e áfrica para eles darem palpites.
Anônimo disse…
Escola não é igreja.
Lady Sybylla disse…
Para um país em que nas notas da moeda oficial existe um "Deus seja louvado" era de se esperar esse ambiente de idade média nas escolas, que deveriam formar cidadãos e não guerreiros da igreja. A impressão que eu tenho é que estamos nos encaminhando por uma teocracia e das mais intolerantes.

Abraço!
Danilo disse…
Ungern disse...
A ONU não tem absolutamente mais nada o que fazer ? Tem um monte de massacres ocorrendo no oriente médio e áfrica para eles darem palpites.

Pois é.... tbm acho isso!
Marco Calavera disse…
Essa é apenas uma das áreas atuações da ONU. Ela mostrou definitivamente, depois da última Guerra do Iraque, que não tem poder para impedir conflitos absolutamente infundados. Mas pode ter certeza que ela está nos países do Oriente Médio e da África.
Aliás, nesses países critica-se tanto o fato de terem estados teocráticos. Porque no Brasil pode? Porque o Estado é cristão?
O Brasil não tem mais desculpa, já é uma das maiores economias do mundo e tem política e economia estáveis. Está na hora de permitir que todos os brasileiros usufruam disso!
Anônimo disse…
Acho um ABSURDO a ONU interferir em questões como essa, com tantos problemas, guerras, atentados, acontecendo em todo o mundo!!!

Ademais, se plantarmos desde a infância valores espirituais, certamente as crianças crescerão melhores do que deixando "DEUS" de lado, como se não fosse um assunto importante...

Sou espírita, mas prefiro ver uma criança sendo educada na religião católica ou evangélica (ou qualquer outra), a não ter religião nenhuma. As escolhas serão feitas ao longo da vida, eu mesma fui educada na religião católica, ou seja, tive uma base quando criança...e isso fez grande diferença na minha vida...

É o que penso que deveria acontecer com todas as crianças, se tiverem uma base, mais na frente poderão optar por outra religião, mas terão a semente dentro de si...e Deus é importante demais para ser deixado de lado.

Leve as crianças à Igreja, para não ter que visitá-las nos presídios.
Anônimo disse…
Um professor que representa todas as religiões? Só e ele for neutro para todas, pois se fosse algum teísta, seria impossível se dedicar a todas.
Cristian Z. R. disse…
Anônimo disse..
Leve as crianças à Igreja, para não ter que visitá-las nos presídio.

Opa...Quer dizer que o presídio é um lugar que não tem crente? Meu companheiro existem muito mais crentes em um presídio do que ateus. O ultimo lugar que eu levaria o meu filho é a uma igreja. Quero que ele cresça saudável.
Anônimo disse…
A mesma ONU que apoia o massacre promovido pelos Estados Unidos nos quatro cantos do mundo, Líbia e Iraque as mais recentes, por interesse meramente no petróleo ali existente, entende mesmo alguma coisa de religião? Dona ONU, vá se fuder, organização de crápulas, medíocres, pústulas da humanidade!
Anônimo disse…
Leve as crianças ao presídio e mostre a elas que essa vida não compensa, ou leve-as às igrejas e criem os futuros bandidos que correspondem à grande maioria da população carcerária.
Anônimo disse…
os mais burro sao os que acredita nesse deus maldito fantasma imaginario
Anônimo disse…
Pois muita sorte, porque se até o Lula, que disputou um pouco com a diplomacia do Vaticano freiou e deu volta atraz...
Espero que neste mundo moderno e neste pais que vai para frente, possamos separar. Respeito a espiritualidade e a fé de que uma ditatura religiosa que a santa mae igreja ainda hoje impoe ao mundo!!! Nem o vaticano , nem as organizacoes protestantes hoje emmassa no Brasil devem ditar a vida politica de uma nacao!!! Acordemos gente, se um dia um Brasil menos passivo lutou e ofereceu vidas pela Jovem democrácia que temos hoje. Se dormirmos , de frente somente de nossas novelas e televisoes. Teremos ditaturas pscologicas cada vez mais fortes e impossiveis de sufocarlas!!!! Fiquemos de olho!!!! Em um pais como o noso, Tem que se poder ser crente ou ateo, mas com respeito mutuo para uma convivencia em paz! Isto é o mais importante!!!!
Anônimo disse…
A questão do Ensino Religioso precisa de um debate muito longo com quem é o profissional que está na sala de aula hoje com toda esta diversidade brasileira que está sendo formada e informada há anos. Pois, tudo dependerá de como esse Ensino está sendo executado pelos profissionais porquê vocês precisam saber do que é estar numa sala de aula ministrando esta disciplina e trabalhar com estudantes que trazem com eles para a sala de aula todos os preconceitos e discriminações e aberrações advindos de todos os ambientes sociais, religiões onde a escola não tem espaço no curriculum para dialogar com esse estudante, então na verdade dependera do trabalho realizado. Nas minhas práticas em sala de aula já vivi e assistir questões que eu trabalhava e tinha espaço para ajudar os alunos nas aulas de Ensino Religioso. Alguns exemplos: (estudante que recebeu entidade dentro da sala de aula)(estudante que precisava cumprir seus preceitos do Candomblé que vinha de quelé para a sala de aula)(estudante que se tornou evangélico e que queria moralizar a classe onde só ele tinha salvação). Concluindo na escola tem que haver um profissional que dialogue e ajude os estudantes a respeitar o direito a diversidade, na verdade o que vem acontecendo é que alguns profissional está se envolvendo e trazendo para a sala de aula sua religião e preconceitos onde não condiz com a verdadeira prática do Ensino Religioso que é a Formação Humana. Tem haver uma disciplina para dialogar com esta formação................
Anônimo disse…
É,realmente cada cabeça é um mundo.Sim devemos deixar cada um com o livre arbitrio, se o próprio Deus o deixou, pq temos q obrigar alguém a isso ou aquilo.Porém, se ñ direcionamos nossas crianças e adolescentes a temerem a Deus, certamente teremos pessoas q ñ respeitam o próximo, como alguns dos comentarios acima.Concordo plenamente com o anonimo q disse q prefere ver as crianças sendo educadas na religião católica ou evangélica mesmo sendo espirita, de pessoas assim é q o mundo está precisando, pessoas q temam a Deus,independemente de ser espirita, católico, evangélico,etc.
Anônimo disse…
É curioso como a grande maioria dos comentários dos que pregam o ateísmo, e dos que compartilham de uma visão católica, têm, respectivamente, uma forma bem mais rica e articulada de se expressar, enquanto a outra define-se ignorante e precária.

Acho que isso reflete nada mais que a realidade...
Rafael disse…
Concordo com o Ensino Religioso nas escolas.
Lecionei para mais de 1500 alunos, no IEE - Florianópolis - SC - uma aula por semana para turmas de 40 alunos de sextas, sétimas e oitavas séries.
As pessoas e a ONU, antes de criticarem, tem que ter conhecimento dos conteúdos que estão sendo ensinados. Não compare com o que estudaram quando estavam nessas séries, mudou muito.
Na quinta série é basicamente as religiões da pré-história e todas as manifestações religiosas das grandes civilizações antigas. Na sexta é continuação com os povos indígenas e africanos, e mais coisas. Na sétima são os grandes líderes da humanidade nesses mais de 2000 anos e as escrituras sagradas desses povos (TODAS ELAS). Na oitava, é algo mais contemporâneo, cultura, fenomenologia, etc. Ligando com a Filosofia e Sociologia que verão no Ensino médio.
Sempre com os termos mais interdisciplinares e inter-religiosos possíveis e também ecumênico. Sem dar opiniões nessa ou naquela. Pensem! Para saber mais quem sou acesse: www.rdscbr.com.br
Anônimo disse…
Estranhamente vejo a maioria dos comentários aqui atacando o ensino religioso, matéria no mínimo inócua, que nada mais faz que pregar o bem comum e a crença em um Ser superior, que em nada atenta contra a moral, não transforma o indivíduos em um fanático de terno e gravata berrando em pontos de ônibus, não faz apologia às drogas, ao homossexualismo, à pedofilia, à coprofagia, à zoofilia ou ao famigerado incesto.

Por outro lado, tenho visto tantos levantarem a bandeira em defesa de KIT GAY nas escolas, livros de conteúdo duvidoso como o tal "Mamãe como eu nasci?", máquinas de preservativos, agendas do ficar e uso da maconha em universidades.

Agora alguém aqui tente me explicar por que a escola pode ser palco de tantos eventos e manifestações bizarras mas não pode se prestar a ministrar ensino de religião que nada mais prega que não seja PAZ, AMOR, FELICIDADE, BEM COMUM, FAMÍLIA, SEXO COM AMOR, HONESTIDADE, PROBIDADE, etc.

Acredito que muito tenha a ver com a intenção de alguns em retirar do coração das pessoas, algo que funcione como uma consciência...que lhes dê a capacidade de diferenciar o mal do bem, o bom do mau. Penso que estas pessoas, de certa forma, temam o dedo acusador, apontado para suas caras e dizendo "eu vi o que vc fez de errado". Temem o julgamento dos seus atos...não querem gente por aí dizendo o que realmente são. Querem poder praticar todo os tipos de bizarrias, sodomia, zoofilia, coprofagia, pedofilia e tudo mais, sem a possibilidade de que alguém ou algo os esteja culpando.

"Ninguém afirma: "Deus não existe" sem antes ter desejado que "Ele não exista".

Com efeito, o devedor insolvente gostaria que seu credor não existisse. O pecador que não quer deixar o pecado, passa a negar a existência de Deus.

Por isso, quando se dá as provas da existência de Deus para alguém, não se deve esquecer que a maior força a vencer não é a dos argumentos dos ateus, e sim o desejo deles de que Deus não exista. Não adiantará dar provas a quem não quer aceitar sua conclusão.

Finalizando: Retirem a fé dos corações das pessoas e cairá a última barreira que ainda impede alguns de entrar na sua casa, estuprar, roubar e matar todos os seus. Retire Deus do coração das pessoas e vc corre o risco de ser assassinado pelo seu próprio filho. Retire Deus de dentro da sua casa e se abrirão dezenas de outras para tudo que de mais bizarro e atroz existe nesse planeta, pois a justiça dos homens, principalmente aquela brasileira, já deu provas de não estar nem aí para vc.

Surpreende-me tanta ignorância!

PS: Sou católico não praticante...vou à Igreja duas ou três vezes por ano. Não me venha com conversa fiada de que sou alguma espécie de fanático.
Anônimo disse…
A estupidez está na Constituição Federal:

https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/ConstituicaoCompilado.htm

Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais.

§ 1º - O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental.
Interessante que se critique o ensino religioso, mas que a ONU não critique um sistema de ensino ultrapassado que não prepara o jovem para a vida. Concordo que os professores que ministram aula de Religião não têm preparo especial para tal e que deve haver uma tentência pessoal no ensino. Mas não é o caso para se eliminar uma disciplina que pode dar ao jovem um sentido para essa realidade que o leva a consumir cada vez mais e a viver angustiado crendo - erroneamente - que passar numa prova de vestibular, cursar universidade, mestrado, doutorado, pode levá-lo a ser feliz. Também no caso da Filosofia, há um grande descaso e hoje vemos professores de Geografia, História e até de matemática ministrando aulas de Filosofia das escolas de Ensino Médio. RELIGIOSIDADE é um fator imprescindível para o equilíbrio do ser humano - então que se exija a graduação em Teologia ou Filosofia para a ocupação de tais cargos na escola.

Vejo isso como mais uma tentativa de massificar a população, de desconsiderar tudo o que não é "exato", de esvaziar o homem e, desta forma, mantê-lo como um ser facilmente manipulável através do medo, que é altamente lucrativo para os poderosos.
Michelle disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
Michelle disse…
Ensino religioso deveria se limitar apenas às igrejas e escolas criadas e mantidas pelas instituições religiosas.

Qdo eu estudava (uma escola estadual) ensino religioso era obrigatório e só se ensinava uma religião: o catolicismo. Isso sempre me incomodou, pois isso não é ensino religioso e sim proselitismo. Eu cheguei a fazer uma crítica sobre isso e dei a sugestão de se ensinar todas as religiões e ideologias não-religiosas e como resultado fui suspensa da aula de religião. Pra ser sincera, essas aulas não me fizeram a menor falta.

Fui criada numa família católica, mas meus pais nunca me forçaram a seguir a religião deles e nunca me obrigaram a fazer catecismo, primeira comunhão e crisma. Desde cedo sempre fui questionadora a respeito de religiões e a existência de deuses...eu me tornar atéia era só questão de tempo. Nunca tive uma educação religiosa e - apesar disso - me tornei uma pessoa de bem. Não sou criminosa, sei diferenciar o certo do errado, tenho noção do bem e do mal, nunca pensei em matar meus pais ou qualquer outra pessoa e ajudo os outros qdo possível.

O caráter de uma pessoa não depende de uma religião ou de uma crença em deus. Basta a pessoa ter consciência e empatia. E isso eu tenho de sobra.
[Um dos maiores problemas nisso tudo é o caráter confessional do 'ensino religioso'. A declaração de que "é impossível um professor que represente todas as religiões" é infeliz. "Representar" seria um atraso. Já "apresentar" as ideias centrais das religiões é coisa por demais fácil. Ensino religioso é uma desgraça. É confessionalismo travestido de pseudociência. Há que se reverter os investimentos na formação humana do cidadão, sim, e isso inclui conhecimento do homem e do mundo - e a religião está intrínseca no bojo da história humana, e portanto deve ser compreendida enquanto elemento cultural. 'Estudo/Noções básicas sobre o fenômeno religioso' seria uma boa pedida no start da análise sobre o futuro desse ramo do conhecimento nas escolas. Eu acredito que seja por aí...]
Vincent disse…
essa história de temer a deus; mas quais deles?
existem treligiões atéias (como o budismo e o satanismo, que não acreditam em seres mágicos, deuses etc) há religiões em que existem vários deuses (como na mitologia nordica, grega, egipsia)

religião não deveria ser imposto a criança alguma, ainda mais que na fase em que a criança está com sua imaginação mais fértil, e diferencia muito pouco a realidade da ficção.

escola deve tratar fatos, ciencias, comunicação, e não alienação.

já pararam para pensar no absurdo de ter um messias judeu, cujos pais tem nomes de portugueses e feição de como se fosse espanhol.

os crentes falam que seria bom alienar os filhos com contos de fadas, como se fossem reais; mas aí se o professor falar sobre Constantino (a pessoa que inventou o cristianismo), sobre as cruzadas, a inquisição católica? a absorvição de outras religiões (como as ligadas ao deus Mithra, ou a mitologia grega) para depois impor o catolicismo a povos que não a receberam bem antes.

quanto a crimes; está cheio de pastores acusados de lavagem de dinheiro, criação de empresas fantasmas, uso do dinheiro dos fieis para compra de emissora de rádio e tv, lavagem cerebral.

quanto à espirita, acho que ela não é tão espirita assim, sempre vejo o espiritismo como sendo uma religião mais tolerante, e realistica dentro do possivel.
Anônimo disse…
Não pude me formar no ensino médio (estudei em escola estadual) porque fizeram a formatura em uma determinada igreja, a qual era diferente da minha religião. Que tipo de atitude se pode tomar diante disso?
Anônimo disse…
Sabe porque que querem tirar a diciplina religião da escola não é nada mais nada menos do que protestante proprietário de igrejas querem as pessoas leigas no assunto só assim fica mais facil convencer as suas opinião e seus interresses a igreja de Cristo só tem um objetivo é de evangelizar e as outras igrejas qual é o objetivo?
Arthurogame disse…
Concordo com mais tempo em escola, menos tempo na rua, mais ações e menos orações.

Concordo sobre liberdade religiosa. Assim como a verdade com raciocínio,

Aposto muito mais na ciencia que na religião.

Escola deveriam ser para instigar a curiosidade e não para catequizar.

Ensinar religião seira interessante se todas fossem citadas, assim as crianças começariam cedo a entender o verdeiro sentido do futuro.
Anônimo disse…
Se a crianca se cria sem deus no coracão vai virar uma pessoa má e diabólica e demoníada, sem limites e capaz de matar e estuprar várias veses, sem falar no trafico de drogas que todo dia aumenta (por acaso acompanhando a escala de aumento do ateísmo/demonismo no brasil).

a nação de deus ainda vai ter muito trabalho para erradicar de vez essa praga satanica do planeta antes que o messias volte em 17 de fevereiro de 2015 (é a data que a bíblia diz, acreditem se quizerem)

que deus abensoe e ilumine vcs
Anônimo disse…
Eu sou a favor do "ensino religioso" nas escolas e acho que deveria ser obrigatório, até. Mas, alto lá! Não estou me referindo às aulas como estão hoje por aí, com professores fanáticos. Essas são um perigo! Sou a favor da estruturação responsável de uma disciplina que esclarecesse o aluno sobre todos os tipos de religião que há no mundo, se é que isto é possível. Que levantasse um debate sobre o fundamentalismo religioso, sobre a concessão em rádios e TVs a "bispos", sobre pagamento de dízimo, sobre as Cruzadas, sobre o papel político que Jesus exercia (aliás, que faz Pôncio Pilatos no meio do credo, hein?). Que mostrasse a maravilhosa "mitologia" dos Hari-Krishnas, do Candomblé, do Cristianismo, do Zen-budismo, do Xintoísmo e sei lá quantos ismos mais. Que levasse o aluno ao contato com a musicalidade dos cultos e revelasse o quanto nossa música popular deve às religiões afro-brasileiras. Que passeasse pela história da humanidade, sob uma ótica religiosa. Sinceramente, em tempos de igrejas "universais" tão milagrosas e de tanta corretagem imobiliária póstuma, uma verdadeira aula de "Religiões" faz muita falta e até eu gostaria de poder frequentá-las. (Livia Mannini)
Anônimo disse…
ONU, porque vcs não se preocupam com a roubalheira que há no Brasil? O povo está perecendo e sem-vergonhice dos nossos governantes passa batido!Se metam no Palácio do Planalto que o povo brasileiro vai aplaudi- los!
Se o Ensino Religioso como disciplina do currículo escolar é proselitista é graças a sua não obrigatoriedade. Assim as escolas o disponibilizam e não oferecem atividades paralelas para os filhos de pais que não querem matriculá-los nessa disciplina. E entre vadiar e assistir uma aula, o melhor é assistir aula.

O artigo 33 da lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional proíbe o proselitismo. Está lá bem claro. Quem evidenciar isso na escola de seus filhos que denuncie.

Hoje existem cursos de Ciências da Religião que habilita um professor a ministrar alas de Ensino Religioso que visa esclarecer a religião enquanto fenômeno cultural humano. É disso qeu a disciplina trata e não de moral e ética ou ainda de doutrinas cristãs.

Eu sou a favor do Ensino Religioso nas escolas porque é uma oportunidade de se construir um sentimento de tolerância nas crianças ao propôr um estudo das variantes religiosas.
Thiago Leite disse…
Numa nação laica, a religião pertence à esfera particular, pois todas as variedades devem ser toleradas, até mesmo a católica, com todos os seus problemas.

Se um pai quer que seus filhos tenham educação religiosa, para isso existem as igrejas. É muita ignorância achar que a falta de religião implica numa falha da formação ética dos alunos.

Mas o mais impressionante nesse debata é o medo de grande parte dos Anônimos que comentam de se exporem..
O Estado é laico mas não arreligioso.

Precisamos entender que o Brasil é um país religioso e que a laicidade do Estado tem a ver com o não apoio à esta ou àquela religião, mas sim à todas as religiões.

É compromisso do Estado proteger a cultura de seu país, mesmo que essa cultura seja diversa, ou melhor, principalmente porque é diversa.

Ensino Religioso que ensina a respeitar a diversidade religiosa do país (inclusive o ateísmo), SIM! Favoritismo ao proselitismo de uma só religião, NÃO!
A ONU não tem o direito de dar pitaque na nossa cultura, onde eles se metem causa guerras, melhor ter ensino religioso nas escolas públicas do que ter futuros serial Killers feito nos E.U.A
religião não é o nosso problema,nunca tivemos conflitos religiosos, nosso problema é outro, é corrupção,crack, tráfico,má distribuição de renda e etc. vão procurar o que fazer ao invés de ficar se metendo na nossa cultura.
Anônimo disse…
Concordo com a priciana alexandrino. A ONU nao tem que achar nada. Os problemas em nosso país sao outros,e sao bem graves por sinal. Querer proibir o ensino religioso é tentar fugir dos problemas. Os pais que se incomodam tanto com isso podem pedir para o colégio para que seu filho nao assista a essa aula. No entanto,acho bem legal fazerem uma oração antes da aula,como o Pai Nosso,pois é um momento de união,principalmente nas escolas publicas em que existe tanta violencia.
Anônimo disse…
Como assim a ONU nao tem que dar pitaque em nada? O Brasil é país membro e aceita a entrada de relatores e inspetores como parte de sua tranparência internacional. E sobre o comentario dos serial killers... Talvez você queria lembrar de Realengo.

Religiao foi e é um grande problema neste país, entre os inumeros exemplos históricos pode-se citar a Revolta dos Malês. Pessoalmente nao vejo como o Brasil, que mal sustenta um ensino publico decente na grade básica, pode ser bem-sucedido numa aula de ensino religioso abrangente como alguns citaram, mesmo que a ideia seja interessante.

Não generalizem comportamentos sociais com base em religião, sabe-se que o IRA foi uma guerrilha fundamentalista católica e as Cruzadas trouxeram um enorme morticínio. Talvez fosse mais interessante se os estudantes pudessem formar clubes na escola como atividade extra-curricular e, nestes sim, tratar das religioes que os agradassem e possivelmente sob a tutela de algum professor interessado.
Anônimo disse…
Não sou a favor de discutir religião na escola.

Mas ... "Talvez fosse mais interessante se os estudantes pudessem formar clubes na escola como atividade extra-curricular e, nestes sim, tratar das religioes que os agradassem e possivelmente sob a tutela de algum professor interessado"...

É exatamente essa a proposta, amigo. É obrigação do estado fornecer ferramentas, mas é optativa ao aluno e de acordo com o credo.
Anônimo disse…
Esse pseudo ensino religioso já deveria ter sido abolido das escolas, digo isso não por ser ateu ou anti-religião, mas por tal pratica ser totalmente anticonstitucional (liberdade de culto) e ditatorial, se o Estado é laico.

Todavia o apontamento da ONU e válido e é uma crítica construtiva embasada em fatos...

Pois é fato conhecido que muitas religiões intolerantes das vertentes ditas evangélicas, pentecostais ou apenas protestantes, atacam injuriosamente religiões de origem africana, e vice versa, o proselitismo e o dogmatismo permeia todos os campos separatistas (politica e religião estão no topo) também ferindo o direito ao livre culto.
Anônimo disse…
Esse pseudo ensino religioso já deveria ter sido abolido das escolas, digo isso não por ser ateu ou anti-religião, mas por tal pratica ser totalmente anticonstitucional (liberdade de culto) e ditatorial, se o Estado é laico.

Todavia o apontamento da ONU e válido e é uma crítica construtiva embasada em fatos...

Pois é fato conhecido que muitas religiões intolerantes das vertentes ditas evangélicas, pentecostais ou apenas protestantes, atacam injuriosamente religiões de origem africana, e vice versa, o proselitismo e o dogmatismo permeia todos os campos separatistas (politica e religião estão no topo) também ferindo o direito ao livre culto.
Anônimo disse…
criem outra disciplina também
politica e deixem os professores mostrar para cada aluno o quanto o governo leve de seus trabalhos em impostos,
deixa os professores debater com os alunos os assuntos e fraude,corrupção,desvio de dinheiro publico.assim começar a votar certo e com consciência.
isso ninguém corre atras
ACORDA BRASIL enquanto se preocupa com entidades secretas,futebol,carnava,o governo leva messes de trabalho por ano em impostos que não são investido no deveria ser
Walter Cruz disse…
Achei interessante o que o Rafael disse em seu comentário. Na minha época, Ensino Religioso era praticamente uma aula de catolicismo, focando (de forma insistente e massiva) apenas em uma religião. Até trechos de orações católicas caiam em questões das provas.

Minhas filhas ganharam bolsas de estudo em um colégio particular de uma rede muito respeitada. Não as matriculei porque o colégio é administrado por freiras, e o catolicismo é a base do ensino por lá. Inclusive havia obrigatoriedade de frequentar missas e cultos promovidos na capela instalada dentro do colégio.

Optei em matriculá-las em outra escola. Minha esposa quase surtou pq deixei de economizar um bom dinheiro com as bolsas de estudo do colégio "igreja".

Eu permitiria que minhas filhas frequentassem aulas de ensino religioso desde que não REPRESENTEM uma religião específica, mas que APRESENTEM todas as religiões com neutralidade. Acho interessante que a criança saiba que não existe apenas uma religião verdadeira, e que tbem não existe apenas UM deus.

Talvez assim a própria criança entenda desde cedo que as religiões são manifestações meramente culturais e passe a questionar sobre qual delas é a "verdadeira". E não seria utopia imaginar que isso as tornariam menos suscetíveis a abraçar a religião (afinal, qual delas seria a correta?).

A utopia nesse caso é imaginar que todas as escolas tenham essa neutralidade, que apresentem todas as religiões de igual forma e sem parcialidade. Temos aí o exemplo de alguns políticos religiosos que aprovam leis (que passam por cima da nossa constituição federal) com a finalidade de promover suas crenças, como se elas fossem a verdade única e absoluta.

Quem tem filhos em escolas que ministram aulas de cunho religioso, procurem se informar sobre o conteúdo dessas disciplinas. Proselitismo difarçado de disciplina curricular deve ser combatido.
Walter disse:

"Eu permitiria que minhas filhas frequentassem aulas de ensino religioso desde que não REPRESENTEM uma religião específica, mas que APRESENTEM todas as religiões com neutralidade. Acho interessante que a criança saiba que não existe apenas uma religião verdadeira, e que tbem não existe apenas UM deus."

Esse não é o propósito subjacente à introdução do curso de religião em escolas. As religiões afro-brasileiras não constituem nesse âmbito matéria de interesse e, se forem abordadas, o serão superficialmente (acredito). A disciplina religião não é encarada como um conhecimento que tem algum proveito, como matemática, história e geografia. Não vejo vantagem em ensinar às crianças e jovens uma dada visão de mundo religiosa (a cristã, no caso, simplesmente porque o que se ensinará será o modelo de estudo bíblico consagrado pela igreja; não se lerá a Bíblia criticamente e se reforçará o que já se apregoa nas celebrações da igreja. Elas não precisam "saber" que existe mais de um deus, a menos que esse "saber" signifique saber que homens, em diferentes culturas, criaram seus deuses; que deuses não existiriam sem os homens, já que não há uma forma de animal outra capaz de louvar a deuses e lhes render graças e lhes erigir templos. Só os homens são capazes disso!

Ao anônimo, eu recomendo a leitura do livro "Filhos sem deus - ensinando as crianças um estilo ateu de viver". A ideia preconceituosa de associar ateu à imoralidade, à criminalidade, à irresponsabilidade social é um despautério sem tamanho! Isso cansa!!!
Anônimo disse…
Sou agnóstico ateísta e não tenho nada contra o ensino religioso nas escolas SE FOR PRA ENSINAR SOBRE TODAS AS RELIGIÕES COMO FENOMENO CULTURAL, sem qualquer proselitismo. Aprender sobre a diversidade religiosa, sobre os milhares de deuses diferentes inventados ao longo da história, suas similaridades suspeitas e idiossincrasias é uma ótima maneira de desestimular o fanatismo e a cegueira da fé.
Anônimo disse…
A ONU deveria ampliar mais as ações humanitárias, se preocupar com os pobres, p. ex. os hatianos que estão vindo receber o calor humano do Brasil, e deixar as politicas internas brasileiras com a presidenta, seus ministros e ministras, e com o povo brasileiro. Quanto ao ensino religioso, a CF e a LDB faz referencia a garantia do ER nas escolas públicas, se tem 11 estados que não cumpre, eles estao transgredindo a carta magna do Brasil. Outrossim, é da importancia do ER como area do conhecimento, que além de ministrar a diversidade religiosa e cultural do povo brasileiro e historia das matrizes religiosas, ainda tem no seu conteudo valores, etica, cidadania, projetos de construção de cultura da paz et... Vamos pensar em problemas maiores, o ER é ´necessário nas escolas. Sim ao Ensino Religioso!

Gratissimo,
Prof. Janilson
Ensino Religioso e Filosofia (UFRN)
Anônimo disse…
Ótima crítica! O Estado é laico. Sem mais.
Igor disse…
Causa, na melhor das hipóteses, estranheza o fato de alguns comentaristas aqui acharem um “absurdo” que a ONU faça críticas ao Brasil.

Esqueceram que o Brasil compõe a ONU. Caso não saibam, o Brasil aderiu voluntariamente à ONU, portanto, as críticas da Organização são totalmente válidas – e não constituem nenhum absurdo.

Aos que não observam esse papel da ONU como humanitária, cabe ressaltar que a crítica feita pela ONU baseia-se na laicidade do Estado e nas liberdades de crença e descrença, que além de serem direitos e garantias individuais, são direitos humanos!

E quanto a ONU ter coisas mais importantes para se importar, é sempre bom lembrar que constitui um atestado de incapacidade intelectual não aceitar que diversos temas podem ser debatidos e tratados simultaneamente – e uma maneira de negar a evolução. Fora que os que usam a retórica de tentar reduzir a importância de determinados temas de acordo com seus interesses privados, tornando-os tabus ou blindando-os, estão fazendo uso da desonestidade intelectual.

Quanto ao ensino religioso em si, eu sou contra e é inconstitucional. Ensinar sobre história das religiões, religiões existentes e tolerância religiosa é diferente do que ensinar religião, e não há nenhuma necessidade de uma matéria específica para isso. E a prática tem se demonstrado que tal ensino acaba por ser discriminatório e prosélito, pendendo sempre para o cristianismo. Religião é matéria para igreja e para a vida privada do cidadão, e ponto final!
Lao Moraes disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
Lao Moraes disse…
Quando eu ia à escola, era obrigado a participar das "aulas de religião" pois era católico por imposição de minha mãe. Nunca gostei de religião e muito menos acreditei em santos, anjos e deuses. Ficava lá na sala de aula sentado, ouvindo um monte de bandalheiras e imaginando o que aquilo poderia trazer de bom para minha vida, mas a resposta eu já tinha, nada, é claro.

Leia mais em http://www.paulopes.com.br/2011/05/onu-critica-brasil-por-permitir-ensino.html#ixzz1jLUfYTkX
Paulopes só permite a cópia deste texto para uso não comercial e com a atribuição do crédito e link.
Anônimo disse…
Na minha época que não é tão distante assim, as aulas de ensino religioso eram tratadas igual a biologia ou etc, era uma matéria séria, e o engraçado é que só ensinavamsobre cristianismo e blablabla, deveriam mudar o nome para ensino cristão então, hipócritas
Felipe Lupê disse…
Pois é...dando uma olhada nas opiniões da maioria,fico pasmo com que o ser humano está abrindo mão de sua humanidade.Nasci em 1971 e desde pequeno,como proveniente de uma família oriunda da Itália,fui compelido a fazer catecismo,primeira comunhão,etc...sempre tive aulas de religião em meus colégios q não eram estaduais e nem municipais,e sim particulares e nem por isso,sou praticante de alguma manifestação religiosa hoje em dia.Minha mãe já foi do candomblé e hoje,ela é espírita Kardecista.Eu me considero agnóstico mas sempre respeitando o espaço de cada um.O que vale,é nós praticarmos o amor e crer que por trás de uma complexa engenharia chamada"vida",encontra-se um ser supremo onde devemos no mínimo,ter um pouco de respeito e amar para q possamos nos tornar pessoas melhores e nos respeitar uns aos outros.Sem demagogia e hipocrisia.Fica aqui a minha opinião.
Anônimo disse…
O Brasil DEVE ser laico. Vamo parar com isso de religião nas escolas! Senão eu não me responsabilizo pelo que direi.
Anônimo disse…
Triste Brasil! O país não quer modernizar as suas intituições, não quer formar livres pensadores, não quer formar intelectuais críticos. Viva o Estado Laico! Fim do Ensino Religioso!
Anônimo disse…
Querem religião nas escolas ? Então eu exijo que seja ensinada Ciência nas igrejas !!!! Não é democracia ? Nas praças do Rio há equipamentos de ginástica..... tem que ter telescópios , com astrônomos mostrando à população as crateras da Lua, as fases de Vênus e as luas de Júpiter ! Tem que ter feiras de Ciência ao ar livre para que essa massa aprenda a pensar e questionar ! Mas para os mafiosos governantes isso não interessa !!!! Porque se o povo estudar, vai pensar, se pensar, vai raciocinar, se raciocinar, vai questionar , e se questionar eles perdem o poder !!!!!! Guilhotina neles !!!!
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse…
Simplesmente brilhante. Sou Cristão evangélico (praticante) e achei suas colocações brilhantes.
Anônimo disse…
Presídios estão lotados de religiosos, religião não define caráter.
remixcontrol disse…
RELIGIÃO NÃO define carater, se fosse assim todos os "Padres" seriam puros e não PEDÓFILOS
remixcontrol disse…
RELIGIÃO NUNCA definiu CARATÉR! Se fosse assim como você dise ACIMA, todos os Padres seriam puros, e NÃO PEDÓFILOS!
Vc realmente postou isso?
"Leve as crianças à Igreja, para não ter que visitá-las nos presídios."
Vamos la...se vc realmente ler alguma coisa, notará que 80% dos presidiarios sao catolicos/evangelicos(Revista veja publicada em 10/11)
Se vc for parar e olhar ao longo da Historia, ja se matou mais em nome de deus que todas as outras guerras( e sim, deus em minuscula). Se vc for parar e pensar em seu argumento, Hither era um catolico fervoroso, um cristao, e fez o que fez....
Pense e leia antes de falar o que nao sabe.


X-MAN disse…
Acha mesmo que todo mundo é como voce que só consegue fazer uma coisa de cada vez?
Vá se informar que voce vai ver que a ONU se preocupa com muito mais coisas, diferente de voce, que nem em se informar antes de abrir a boca se preocupa
Acho emgrasado na decada de 80 no tempo da ditadura tinha ensino religioso,eu frequentei as aulas sem problemar nenhum hoje ficam
fazendo guerra contra a Igreja fossando o governo ir de encontra
a moral crista a fetando a liberdade Religiosa,agora sogem os ateus
querendo um direito que não tem vamos acabar com essa palhaçada de estadio Laico respeite o Cristianismo o nome de Jesus Cristo tem que
entra em todo lar seja residencia ou escolas gostem quem gosta.
Anônimo disse…
Não é um "palpite" é claro que pra quem é cristão isso é ruim. Se a ONU falasse mal dos ateus aí os crentes iam gostar.
Anônimo disse…
Estado laico não é um estado contra a religião.
remixcontrol,você generalizar dizer que todos Padres são pedofilos
você errado porque um caso isolado de padre acontece uma vez não da
direito a você dizer que todos padres são pedofilos assim posso dizer que todos pastores são pedofilos eles praticam em maior numero
estrupos as TV Record e Glôbo ficam abafando aasim os pais que tem filhos são todos pedofilos.
Andrew disse…
Deixa eu ver se eu entendi, você esta dizendo que devemos ensinar mentiras para nossas crianças para que as mesmas se comportem e não cometam atrocidades? Na minha opinião o que você defende é o mesmo que dizer para as criancinhas que se elas não forem boas papai noel não irá dar presente no natal, é o mesmo que dizer que o bixo papão irá devorá-las se desobedecerem os pais. No fim, isso é apenas uma trapaça para fazerem-na se comportar, uma lavagem cerebral se preferir.

Ao invés de contar fábulas fantásticas e ameaçar nossas crianças com danação eterna caso não sejam boas, por que não simplesmente eliminar as partes mentirosas e simplesmente ensiná-las amor, compaixão, bondade, justiça, honestidade, familia e principalmente razão, pensamento crítico, lógica, ciencia, conhecimento?

Eu realmente acho que não precisamos enganá-las para ensiná-las a viver em plenitude. Acredito que podemos substituir a fé superticiosa em divindades, pela fé racional na humanidade, na civilização e na vida.
Paulo Henrique disse…
Parece que vc prestou atenção demais nas aulas de religião e de menos nas de português.

Ninguém esta fazendo o governo ir contra a igreja, o que reivindicamos é a separação entre a igreja e o estado.

Todos tem o direito a escolher a fé que querem, mas nao tem o dinheiro de usar o dinheiro publico para evangelizar os outros.
Michelle disse…
Paulo Silva Freire,

Tá certo que nem todos os padres são pedófilos e o remixcontrol está errado em generalizar. Mas vc tb está errado em achar que pedofilia na ICAR é um caso isolado e que acontece só uma vez na vida e outra na morte.

Tem relatos de abuso sexual infantil na ICAR desde a Idade Média.
Michelle disse…
Anônimo (12 de setembro de 2011 19:02)

E vc acha que não existe pessoas religiosas nos presídios? Se assim fosse, meu tio - que é evangélico - não iria no presídio da cidade onde ele mora pra fazer serviços missionários com os presos que são evangélicos.
Anônimo disse…
É muita cara de pau falar de liberdade religiosa e querer impor o cristianismo para o povo. Do mesmo jeito que você tem o direito de acreditar eu tenho o de não acreditar. E não sou obrigado a ter que aturar a religião nas escolas. Estado laico é um dos direitos humanos, se a contituição diz que somos iguais perante a lei, o governo não pode impor a religião.
Michelle,Eu sei que tem evangelicos e Católicos nos presidios mais
não direito das pessoas agredir a Igreja como eses ateus,só Católico
a Igreja que frequento não tem nada disso não vivemos pregando a palvra de Deus o que diz contra a Igreja Católica Apostólica Romannão passa de uma grande mentira.
Se a LDB, diz que é um ensino, mas o que vemos nas escolas são um despreparo do professor que ministra a aula, sendo assim, não é um ensino e sim um adoutrina, como sabemos a família e base a educação do seu filho, ou seja o pai é que tem que levar o seu filho para a sua igreja, ai cabe a ela trabalhar os seus preceitos religiosos. Portanto como vivemos no "Estado Laico", o ensino Religioso tem que ser excluido do curriculo escolar...
Anônimo disse…
O Brasil não presta para ter cadeira fixa na ONU. Não me preocupo com o ensino religioso, já que educo meus filhos e eles riem dos animais em volta.
Lúcia disse…
Sinceramente, até gostaria que deus existisse, que o sobrenatural existisse, que houvesse vida após a morte.
Só que querer algo não o torna real.
A afirmação de que o ateu "não quer que deus exista" só serve para o modelo de ateu predileto da cabeça dos teístas de visão estreita (acho que cometi um pleonasmo...).
Tenho pena do sr. Anônimo7 de janeiro de 2012 08:09, que só consegue proceder corretamente na vida por temor a uma figura imaginária.
Eu sou adulta, sou consciente e sou boa na melhor tradição do imperativo categórico de Kant.
Sou boa e justa porque devo ser e não, porque tenho medo ou porque me iludo com sentimentalismos sobre a bondade inerente de um ser inexistente.
Anônimo disse…
Ao Anônimo7 de janeiro de 2012 08:09,
Não queremos ensino religioso nas escolas para não minar o senso crítico das crianças já na tenra idade crescendo com o tipo de mentalidade beirando a demência feito a sua.

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