Pular para o conteúdo principal

Evangélicos defendem ensino religioso e criticam laicismo

A Omebe (Ordem dos Ministros Evangélicos do Brasil) criticou o parecer do CME (Conselho Municipal de Educação) do Rio contra a implantação do ensino religioso nas escolas públicas.

No entendimento do Conselho, o esse tipo de ensino  deve ficar fora do currículo escolar porque não se trata de uma “área de conhecimento específico”.

O pastor Francisco Nery, coordenador do departamento de ensino religioso da Omebe, afirmou que decisões como a do conselho “privam o aluno da oportunidade de escolha e estabelece uma ditadura do laicismo”.

O CME é constituído por doze conselheiros – seis do governo municipal e seis da sociedade civil. A aprovação do parecer foi por unanimidade.

Para o Conselho, a Secretaria de Educação do Rio, antes de tomar uma decisão, deve aguardar o julgamento pelo STF (Supremo Tribunal Federal) de uma ação de inconstitucionalidade proposta pelo Ministério Público em relação o ensino religioso. O CEME é um órgão consultivo, mas normalmente seus pareceres são seguidos pela secretaria, ainda mais no caso deste, que foi unânime.

A reação da Igreja Católica ao parecer foi discreta (pelo menos até hoje), embora ela seja a maior beneficiária do ensino religioso no Brasil. A Arquidiocese do Rio afirmou que essa modalidade de ensino é um direito constitucional dos alunos que desejarem exercê-lo.

Dom Antônio Augusto Dias Duarte, bispo auxiliar da arquidiocese, disse que as escolas municipais do Rio precisam adotar o ensino religioso porque a religião, além de ser uma riqueza da cultura brasileira, proporciona ao indivíduo “uma dimensão social e pessoal”.

Com informação do jornal Estado de S.Paulo.

Conselho é contra o ensino religioso nas escolas públicas do Rio.
março de 2011

Religião no Estado laico. 

Comentários

Anônimo disse…
Suspeito que o objetivo da OMEBE seja catequizar a criançada antes que elas adquiram algum senso crítico e estabelecer outra fonte de renda através das aulas ministradas por pastores, apóstolos e bispos, além, de introduzir, para adultos, a orientação de caráter político-partidário de acordo com as coligações evangélicas em épocas de eleições.
Anônimo disse…
Lugar de religião é na igreja e não em instituições do governo.
Anônimo disse…
O pior é que eles sabem exatamente o que é. O que eles pretendem fazer depois dos padres começarem a pregar o catolicismo e dizerem que pastor é o capeta? Uma Reforma Reloaded?
Anônimo disse…
Ensino religioso não deveria ser de responsabilidade de instituições públicas.
Anônimo disse…
Ditadura pior que ensino religioso obrigatório seria forçar a molecada a ouvir o Justin Bieber durante 40 minutos.
Anônimo disse…
Chegou a hora de questionar essa coisa de religião pois ensino religioso nas escolas é proselitismo disfarçado.
Anônimo disse…
A bíblia tem uma fabulística muito superficial.É um livro de linguagem erudita mas de historietas muito fantasiosas e sem sentido.Com textos bem contraditórios.
Anônimo disse…
O futuro Reitor da Universidade Evangélica Brasileira envia a sua mensagem para celebrar a adoção do ensino religioso nas escolas:

http://www.youtube.com/watch?v=vUGAkwadDSs
Marconi disse…
Que a religião teve (e tem) papel fundamental na formação da sociedade - de todas as sociedades - é inegável. Daí a necessidade da inclusão de seus parâmetros na grade curricular. Porém uma coisa é o ENSINO DAS (SOBRE) AS RELIIÕES, outra é catequese, na qual se reveste muitas vezes o atual "ensino religioso", e que é condenável. Entendo necessário o ensino das religiões no sentido de repasse de seus aspectos objetivos, como a distribuição geográfica, as doutrinas, os dogmas, os ritos, a história, os fundadores, as diferenças, as semelhanças. Isso sim é necessário e saudável.
Anônimo disse…
Não adianta, ensino religioso em instituições públicas jamais será neutro e partidário do ecumenismo.Sempre será tendencioso e pouco significativo em comparação a outras matérias.
Anônimo disse…
Ditadura do laicismo?
Hahahahahah!
Dei muita risada!
Afirmam isso porque sabem que seus "fiéis" não entendem absolutamente nada do que venha a ser laicismo.
E falam com pose de intelectuais.
No mínimo risível!

Aliás, comentários de líderes de igrejas sobre esse tipo de assunto sempre serão uma comédia!
Anônimo disse…
Concordo com o Marconi, aí de cima: ensinar "sobre" as religiões, como matéria de disciplina histórico-cultural da humanidade. Mas isso também poderia ser feito de várias outras maneiras, sem que precisasse haver uma disciplina específica para tal. Quem luta hoje forçando a barra do ensino religioso na escola pública é realmente o evangélico, da mesma forma como antigamente era o católico. Não tem essa de quererem que só os evangélicos "queimem" nessa fogueira. Ocorre que, na verdade, a maioria, sim, de seu público é o mesmo público que frequenta a escola pública. Mas, como a disciplina é facultativa, o que tenho visto nas escolas é que a grande maioria dos próprios jovens evangélicos responde negativamente ao questionário do início do ano, quando são perguntados sobre assistirem ou não às aulas de ensino religioso. Continuo achando que a questão é deixar o ensino religioso para as igrejas e para as escolas de confissão religiosa. Quem matricula o filho numa escola de freiras, de padres, hebraica, batista, metodista, ou qualquer outra, é porque quer que o filho tenha essa ou aquela orientação religiosa.
Anônimo disse…
Lógico,eles criticam ao que chamam ditadura do laicismo porque sabem que em países como o nosso a religião é utilizada como arma política e eleitoral.
Anônimo disse…
Eu sou evangêlico mas discordo viementemente disso. Os cristãos que apoiam isso não sabém o que dizem, já pensaram se todos reenvidicasem o direito de ensinar a sua religião? OS JUDEUS, OS MULÇUMANOS, OS BUDISTAS, OS MORMÃOS, OS TETEMUNHAS DE JEOVHA, OS MACUBEIROS, OS CARDECISTAS, OS CATÓLICOS, e ATÉ OS ATEUS, PORQUE NÃO? Que bagunça! Espero que o governo não ceda nunca e que Deus nos livre disso.
Anônimo disse…
É preciso liberar a meleca na merenda...Muita meleca frita para os pastores ....
Anônimo disse…
Concordo com o anonimo evangelico. Sou ateu mas o fato de apoiar um estado laico, n é porque n sou religioso ou nao acredito em deus, mas sim porque divide as pessoas mais ainda do que ja sao e promovem uma religiao acima da outra. Sou contra a religiao por diversos motivos ,mas todos tem o direito de terem a sua e n cabe o governo a focar uma religiao para todas as pessoas.
Concordo com o último e o antepenúltimo comentários dos anônimos. A escola pública tem que ser laica sim e isto não é nenhuma ditadura, pelo contrário, é a democracia de considerar que todas as opções religiosas são admissíveis, até o ateísmo, e que isto deva ser objeto de escolha pessoal. A não ser que as aulas de religião abordem todas elas. Assim até que poderia ser interessante, sem preferência por nenhuma.
Anônimo disse…
acredito que se o ER ainda é proselitista porque nossos governantes ainda o querem assim para nao contrariar a religiao que dominava e estava lado a lado com o Estado/Nação (Catolicismo).

Hoje estamos em um novo tempo, onde todos tem voz e vez.

Hoje há profissionais habilitados para lecionar o ER.
A grande tarefa que o professor habilitado para trabalhar o ER é desconstruir o ensino religioso proselitista, confessional que perdurou ao longo do tempo e ainda perdura, e mostrar também a grande importância que esta disciplina tem, tendo como objeto de estudo o campo religioso na sua diversidade religiosa.

Religiao nao é só o Cristianismo catolicismo e Evangélico, mas toda crença onde existe a relação do homem com o transcendente (Deus) e diante disso o ER religioso é dever de todo aluno assistir independente de credo, inclusive o ateu.
Gustavo disse…
Ensino Mitológico seria um nome perfeito pra disciplina
(Y)
Anônimo disse…
Tanta coisa importante para ser estudada, tanto conteúdo necessário para se adquirir conhecimento básico, câncer, AIDS, fome, tantos problemas sérios que podem afetar todo e qualquer humano que existe e esses idiotas tentando forçar os alunos já pouco privilegiados a perder seu pouco tempo e lucidez com fábulas ou aulinhas de mitologia. No mínimo constrangedor.
Mello disse…
Para isto existe a disciplina HISTORIA. Nao precisa mais nada, Talvez um pouco de Geografia, mas nunca RELIGIAO como um disciplina.
Mello disse…
Nao eh bem assim. Aqui em P Alegre quase todas as escolas privadas estao nas maos dos religiosos. Sou ateu e meu filhos estudaram em escolas confessionais por falta de opcao.
Mello disse…
PERFEITO!
CURIOSO QDO FALAM EM POR ENSINO RELIGIOSOS CATOLICO NAS ESCOLAS OS EVANGELICOS DIZEM Q ESTADO EH LAICO. QDO EH A VEZ DELES ESLES DIZEM ISSO:


“privam o aluno da oportunidade de escolha e estabelece uma ditadura do laicismo”.

ESSE CARAS SAO MUITO CARA DE PAU MESMO -- 2 PESSO 2 MEDIDAS
Joy disse…
Vc suspeita? Eu tenho certeza!

Agora, eles só estão pensando no pirão deles, nem estão considerando a hipótese de que, mesmo com o crescimento do número de adeptos no país, outra religião seja escolhida em boa parte das escolas.

Post mais lidos nos últimos 7 dias

90 trechos da Bíblia que são exemplos de ódio e atrocidade

Mulher morre na Irlanda porque médicos se negam a fazer aborto

da BBC Brasil Agonizando, Savita aceitou perder o bebê, disse o marido  Uma mulher morreu em um hospital [católico] da Irlanda após ter seu pedido de aborto recusado pelos médicos. A gravidez de Savita Halappanavar (foto), de 31 anos, tinha passado dos quatro meses e ela pediu várias vezes aos funcionários do Hospital da Universidade de Galway para que o aborto fosse realizado, pois sentia dores fortes nas costas e já apresentava sintomas de um aborto espontâneo, quando a mãe perde a criança de forma natural. Mas, de acordo com declarações do marido de Savita, Praveen Halappanavar, os funcionários do hospital disseram que não poderiam fazer o procedimento justificando "enquanto houvesse batimento cardíaco do feto" o aborto não era possível. O aborto é ilegal na Irlanda a não ser em casos de risco real para a vida da mãe. O procedimento é tradicionalmente um assunto muito delicado no país cuja maioria da população é católica. O que o inquérito aberto pelo gover...

BC muda cédulas do real, mas mantém 'Deus seja Louvado'

Louvação fere o Estado laico determinado pela Constituição  O Banco Central alterou as cédulas de R$ 10 e R$ 20, “limpou” o visual e acrescentou elementos de segurança, mas manteve a expressão inconstitucional “Deus seja Louvado”.  As novas cédulas, que fazem parte da segunda família do real, começaram a entrar em circulação no dia 23. Desde 2011, o Ministério Público Federal em São Paulo está pedindo ao Banco Central a retirada da frase das cédulas, porque ela é inconstitucional. A laicidade determinada pela Constituição de 1988 impede que o Estado abone qualquer tipo de mensagem religiosa. No governo, quanto à responsabilidade pela manutenção da frase, há um empurra-empurra. O Banco Central afirma que a questão é da alçada do CMN (Conselho Monetário Nacional), e este, composto por um colegiado, não se manifesta. Em junho deste ano, o ministro Marco Aurélio, do STF (Supremo Tribunal Federal), disse que a referência a Deus no dinheiro é inconcebível em um Estado mode...

Cinco deuses filhos de virgens morreram e ressuscitam. E nenhum deles é Jesus

Fundamentalismo de Feliciano é ‘opinião pessoal’, diz jornalista

Sheherazade não disse quais seriam as 'opiniões não pessoais' do deputado Rachel Sheherazade (foto), apresentadora do telejornal SBT Brasil, destacou na quarta-feira (20) que as afirmações de Marco Feliciano tidas como homofóbicas e racistas são apenas “opiniões pessoais”, o que pareceu ser, da parte da jornalista,  uma tentativa de atenuar o fundamentalismo cristão do pastor e deputado. Ficou subentendido, no comentário, que Feliciano tem também “opiniões não pessoais”, e seriam essas, e não aquelas, que valem quando o deputado preside a Comissão de Direitos Humanos e Minorias, da Câmara. Se assim for, Sheherazade deveria ter citado algumas das opiniões “não pessoais” do pastor-deputado, porque ninguém as conhece e seria interessante saber o que esse “outro” Feliciano pensa, por exemplo, do casamento gay. Em referência às críticas que Feliciano vem recebendo, ela disse que “não se pode confundir o pastor com o parlamentar”. A jornalista deveria mandar esse recado...

Livros citados neste site

Mais contradições bíblicas: vire a outra face aos seus inimigos e olho por olho e dente por dente

Crânio de 20 milhões de anos registra começo da evolução do cérebro

Adventistas vão intensificar divulgação do criacionismo

Consórcio vai investir em pesquisa na área criacionista A Igreja Adventista do Sétimo Dia anunciou o lançamento de um consórcio para intensificar a divulgação do criacionismo no Brasil e em outros países sul-americanos. Na quinta-feira (13), em Brasília, entidades como Sociedade Criacionista Brasileira, Núcleo de Estudos das Origens e Museu de Geociências das Faculdades Adventistas da Bahia assinaram um protocolo para dar mais destaque à pesquisa criacionista e às publicações sobre o tema. Os adventistas informaram que o consórcio vai produzir vídeos para adolescentes e jovens explicando a criação e como ocorreu o dilúvio e um plano piloto de capacitação de professores. O professor Edgard Luz, da Rede de Educação Adventistas para oitos países sul-americanos, disse que o lançamento do consórcio é um “passo muito importante”, porque “o criacionismo está ligado à primeira mensagem angélica da Bíblia”. Com informação do site da Igreja Adventista . Colégio adventista de ...

Arcebispo defende permanência de ‘Deus’ em notas do real

Dom Scherer diz que descrentes não deveriam se importar   Dom Odilo Scherer (foto), arcebispo metropolitano de São Paulo, criticou a ação que o MPF (Ministério Público Federal) enviou à Justiça Federal solicitando a determinação no sentido de que a expressão “Deus seja louvado” deixe de constar nas cédulas do real. Em nota, Scherer disse: "Questiono por que se deveria tirar a referência a Deus nas notas de real. Qual seria o problema se as notas continuassem com essa alusão a Deus?" Argumentou que, “para quem não crê em Deus, ter ou não ter essa referência não deveria fazer diferença. E, para quem crê em Deus, isso significa algo”. O promotor Jefferson Aparecido Dias, autor da ação, defendeu a supressão da expressão porque o Estado brasileiro é laico e, por isso, não pode ter envolvimento com nenhuma religião, mesmo as cristãs, que são professadas pela maioria da população. Scherer, em sua nota, não fez menção ao Estado laico, que está previsto na Constituição. E...