Supermercado revista menino porque de 'preto a gente desconfia'

Um funcionário do Supermercado Assim Ltda., de Patos de Minas (MG), revistou R., um menino, porque achou que tinha furtado alguma coisa, mas não encontrou nada em seus bolsos. A mãe reclamou com a direção do supermercado e ouviu, entre outras coisas, que “quando é preto a gente desconfia”.

A discriminação ocorreu em abril de 2006. Agora, a 13ª Câmara Cível do TJ (Tribunal de Justiça) de Minas Gerais condenou o supermercado a pagar ao menino R$ 10 mil por danos morais.

Em primeira instância, a Justiça tinha decidido que não havia provas suficientes do suposto racismo e indeferiu o pedido de reparação apresentado pela mãe em nome do menino.

Contudo, para o desembargador Luiz Carlos Gomes da Mata, relator do caso, uma das testemunhas contou “com riqueza de detalhes” o que tinha havido, apontando o local exato da revista ao menino. Ele estranhou que os relatos das testemunhas de defesa do supermercado -- todos funcionários -- fossem muito parecidos entre si, como se estivessem sido ensaiados.

Com informação do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.

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janeiro de 2011

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