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Monsenhor dos euros em latas de goiabada se livra da Justiça

Abílio Ferreira da Nova
Nova é apreciador de goiabada recheada de euros
O monsenhor Abílio Ferreira da Nova (foto), 77, concordou com a proposta do Ministério Público de doar R$ 30 mil em três parcelas trimestrais ao Asilo Instituição Cristã Amor ao Próximo, de São Gonçalo (Grande Rio), para que seja suspenso um processo criminal que tramitava contra ele. 

No dia 5 de setembro de 2010, o religioso foi pego em flagrante no Aeroporto Internacional Tom Jobim, do Rio, com 54 mil euros (R$ 120 mil) escondidos em sua mala, dentro de latas de goiabada. Dessa quantia, apenas 7 mil euros (R$ 16 mil) tinham sido declarados à Receita Federal. Ele foi denunciado à Polícia Federal por um telefonema anônimo.

Nova, que tinha sido administrador das finanças da Arquidiocese do Rio de Janeiro, disse que o dinheiro não tinha origem porque se tratava de “economias pessoais” feitas ao longo de sua vida. Alegou que ia levar os euros para os pobrezinhos de sua vila onde nasceu, em Portugal.

O sacerdote não convenceu a PF, que o acusou de crime de evasão de divisas.

Gino Augusto Liccione, procurador da República, propôs o acordo judicial tendo em conta a idade do sacerdote.

O juiz Roberto Schuman determinou que Nova não fique longe de sua casa por mais de 30 dias e que nos próximos dois anos se apresente de três em três meses a um cartório para confirmar presença no Brasil. O monsenhor pediu o dinheiro de volta, mas o juiz livrou só R$ 10 mil.

Em meados de 2009, Nova assumiu o controle da contabilidade da arquidiocese em substituição ao padre Edvino Steckel, afastado por ter gastado pelo menos R$ 14 milhões em produtos de luxo, como carro importado e poltronas de couro com enchimento de penas de ganso.

O caso do monsenhor Nova lembra o do apóstolo Estevam Hernandes e bispa Sônia, da Igreja Renascer, que em janeiro de 2007 foram pegos no aeroporto de Miami com US$ 56,5 mil (R$ 94 mil) não declarados – o dinheiro estava escondido na mala, dentro de porta-CDs e de uma Bíblia.

A Justiça americana condenou o casal a seis meses de prisão, além do pagamento de multa.

Com informação do Tribunal de Justiça do Rio.

Comentários

Paulo Lopes disse…
Tanto no caso do monsenhor Nova como no do padre Steckel, chama a atenção o silêncio ensurdecedor da Arquidiocese do Rio, como se o seu dinheiro caísse do céu, e não viesse dos mortais pagadores de dízimo.
Anônimo disse…
Pagou, liberou...
Anônimo disse…
Tem o caso do Rabino Sobel que foi pego roubando uma loja nos USA.
http://noticias.uol.com.br/ultnot/efe/2007/03/31/ult1807u35853.jhtm

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