Pular para o conteúdo principal

CFM muda reprodução artificial; caso Abdelmassih apressa decisão

O CFM (Conselho Federal de Medicina) restringiu o número de embriões por paciente no procedimento de reprodução artificial. Essa e outras mudanças estavam em discussão há pelo menos 14 anos e só foram anunciadas agora por causa da repercussão do caso do dr. Roger Abdelmassih, que é acusado do uso excessivo de embriões, além de ter sido condenado a 287 anos de prisão por molestar sexualmente dezenas de pacientes.

O que levou tanto tempo para ser discutido foi decidido nos últimos seis meses. A resolução que estava em vigor era de 1992.

A partir de agora, as 180 clínicas de fertilização in vitro do país terão de respeitar o limite de dois embriões por tratamento de mulheres com até 35 anos e de três para as da faixa de 36 a 39 anos. Pacientes com mais de 40 anos continuam podendo receber até quatro óvulos.

"Queremos prevenir casos de gravidez múltipla, que provocam chances de prematuridade e aborto com o aumento da idade”, afirmou Adelino Amaral, presidente da SBRA (Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida, um dos responsáveis pela mudança de regras.

Além disso, segundo José Hiran Gallo, do CFM, o avanço da medicina permite obter hoje maior taxa de êxito com menor número de embriões.

As demais mudanças são:

- Familiares poderão usar material genético deixado por uma pessoa que já morreu, desde que ela tenha manifestado por escrito esse desejo.

- Homossexuais (gays e lésbicas) também poderão ter filhos com a reprodução artificial, com o uso de banco de sêmen ou de óvulos e do útero de uma terceira pessoa. Mas ‘barriga de aluguel’ (gestação de criança para terceiros mediante pagamento) continua proibida.

- Ficou expressamente proibida a seleção de característica físicas do bebê.

- A retirada do útero de embriões saudáveis também não será permitida.

Pela ética médica, procedimento como o da escolha de embriões de acordo com as características do bebê já não deveria não ser realizado, mas as clínicas nunca foram fiscalizadas com o rigor exigido e nem agora há garantia de que serão. E médicos inescrupulosos como Abdelmassih aproveitaram-se da falta de uma legislação específica para a reprodução assistida.

A expectativa de Gallo é de que, diante da lacuna jurídica, os tribunais se pautem pelas determinações do CFM.

Com informação do Conselho Federal de Medicina.

novembro de 2009

Comentários

Anônimo disse…
Sugestões para otimizar a resolução do lerdo CFM:
Proibir, expressamente, a tentativa de fertilização natural forçada pelo médico psicopata.
Para assegurar o cumprimento da lei, autorizar ao marido acompanhar todos os procedimentos médicos para dificultar a ação de médicos e assistentes vigaristas.
A vigilância do marido pode ser feita por uma parede envidraçada, transparente.
Gravar os procedimentos antes e após a ação dos anestésicos para evitar que o médico carinhoso fique tentado a extrapolar as suas obrigações funcionais que é cuidar da preservação da integridade física e mental das pacientes.
E, para a alegria geral dos papais e dos bebês, se o Propofol provocar delírios e desejos sexuais nas pacientes, retirar o médico do local e levar o marido para acalmá-las, imediatamente.
Anônimo disse…
Eu cheguei aqui para mostrar esse link...

http://veja.abril.com.br/noticia/saude/nova-regra-reduz-numero-de-embrioes-usados-em-fertilizacao

mas ja estava antenado e postado a resolução, parabéns Paulo Lopes.
Anônimo disse…
finalmente!!!ufa...mas não acaba por aí. A luta continua.

Mas como demoram as coisas NÃO? que complicado.

GRANDE VITÓRIA!!!
NELMA LUZ disse…
Grande feito!!!
Anônimo disse…
Bom saber que nossa luta contribui também para estas resoluções.

Post mais lidos nos últimos 7 dias

90 trechos da Bíblia que são exemplos de ódio e atrocidade

Dias sofre ameaça de morte por pedir retirada de Deus do real

"Religião também é usada para violar os direitos humanos" O procurador Jefferson Aparecido Dias (foto), da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão do Ministério Público Federal em São Paulo, vem sofrendo ameaças de morte desde que deu entrada a uma ação na Justiça pedindo a retirada da expressão “Deus seja louvado” das cédulas real. “Eu estou sendo ameaçado por causa dessa ação, por cristãos”, disse em entrevista a Talita Zaparolli, do portal Terra. “Recebi alguns emails com ameaças, em nome de Deus.” O procurador tem se destacado como defensor da laicidade do Estado brasileiro. Em 2009 ele ajuizou uma ação pedindo a retirada de símbolos religiosos das repartições públicas federais. Dias, que é católico, recorreu à Bíblia para defender a laicidade prevista na Constituição. “Em nenhum momento Jesus deu a entender, para quem é cristão, que o dinheiro deveria trazer o nome dele ou o nome de Deus”, disse. “Acho que é uma inversão de valores.” Na entrevista, ele...

BC muda cédulas do real, mas mantém 'Deus seja Louvado'

Louvação fere o Estado laico determinado pela Constituição  O Banco Central alterou as cédulas de R$ 10 e R$ 20, “limpou” o visual e acrescentou elementos de segurança, mas manteve a expressão inconstitucional “Deus seja Louvado”.  As novas cédulas, que fazem parte da segunda família do real, começaram a entrar em circulação no dia 23. Desde 2011, o Ministério Público Federal em São Paulo está pedindo ao Banco Central a retirada da frase das cédulas, porque ela é inconstitucional. A laicidade determinada pela Constituição de 1988 impede que o Estado abone qualquer tipo de mensagem religiosa. No governo, quanto à responsabilidade pela manutenção da frase, há um empurra-empurra. O Banco Central afirma que a questão é da alçada do CMN (Conselho Monetário Nacional), e este, composto por um colegiado, não se manifesta. Em junho deste ano, o ministro Marco Aurélio, do STF (Supremo Tribunal Federal), disse que a referência a Deus no dinheiro é inconcebível em um Estado mode...

Malafaia desmente fim de acordo entre sua editora e Avon

com atualização em 22 de junho de 2012 Pastor diz que falsa notícia foi safadeza de gays Silas Malafaia (foto) desmentiu a informação divulgada pelo site "A Capa", do movimento gay, e reproduzida por este blog segundo a qual a Avon tirou do seu catálogo os livros da Editora Central Gospel. Para o pastor, trata-se de “mais uma mentira e safadeza de ativistas gays, o que é bem peculiar do caráter deles”. Na versão de "A Capa", no folheto “Moda e Casa” que a Avon divulgou no dia 13 de junho não tem nenhum livro da editora de Malafaia e que isso, segundo o site, é o desdobramento da campanha que ativistas gays moveram na internet contra a empresa de cosméticos. Malafaia informou que a Bíblia que consta no folheto é de sua editora e que é comum em algumas quinzenas a Avon não divulgar os livros da Central Gospel. A firmou que o acordo entre a editora e a Avon tem uma programação de distribuição de livros até o final do ano. O pastor criticou os sites...

Menina morta por jejum religioso deixou diário com relatos de maus-tratos

Adventistas vão intensificar divulgação do criacionismo

Consórcio vai investir em pesquisa na área criacionista A Igreja Adventista do Sétimo Dia anunciou o lançamento de um consórcio para intensificar a divulgação do criacionismo no Brasil e em outros países sul-americanos. Na quinta-feira (13), em Brasília, entidades como Sociedade Criacionista Brasileira, Núcleo de Estudos das Origens e Museu de Geociências das Faculdades Adventistas da Bahia assinaram um protocolo para dar mais destaque à pesquisa criacionista e às publicações sobre o tema. Os adventistas informaram que o consórcio vai produzir vídeos para adolescentes e jovens explicando a criação e como ocorreu o dilúvio e um plano piloto de capacitação de professores. O professor Edgard Luz, da Rede de Educação Adventistas para oitos países sul-americanos, disse que o lançamento do consórcio é um “passo muito importante”, porque “o criacionismo está ligado à primeira mensagem angélica da Bíblia”. Com informação do site da Igreja Adventista . Colégio adventista de ...

Arcebispo defende permanência de ‘Deus’ em notas do real

Dom Scherer diz que descrentes não deveriam se importar   Dom Odilo Scherer (foto), arcebispo metropolitano de São Paulo, criticou a ação que o MPF (Ministério Público Federal) enviou à Justiça Federal solicitando a determinação no sentido de que a expressão “Deus seja louvado” deixe de constar nas cédulas do real. Em nota, Scherer disse: "Questiono por que se deveria tirar a referência a Deus nas notas de real. Qual seria o problema se as notas continuassem com essa alusão a Deus?" Argumentou que, “para quem não crê em Deus, ter ou não ter essa referência não deveria fazer diferença. E, para quem crê em Deus, isso significa algo”. O promotor Jefferson Aparecido Dias, autor da ação, defendeu a supressão da expressão porque o Estado brasileiro é laico e, por isso, não pode ter envolvimento com nenhuma religião, mesmo as cristãs, que são professadas pela maioria da população. Scherer, em sua nota, não fez menção ao Estado laico, que está previsto na Constituição. E...

Cinco deuses filhos de virgens morreram e ressuscitam. E nenhum deles é Jesus

Por que Deus puniu Adão e Eva antes de eles saberem do mal?

por Austin Cline , do About.com Adão e Eva não sabiam sobre o errado,  mas foram punidas Gênesis, o primeiro livro da Bíblia, diz que Deus castigou Adão e Eva porque comeram do fruto da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal. Essa é mais uma contradição bíblica. Deus determinou que Adão não experimentasse o fruto, o que não faz sentido porque a criatura, até então, não tinha o discernimento para fazer qualquer juízo de valor. Pois é óbvio que, antes comerem o fruto,  Adão e Eva não podiam compreender que obedecer a Deus era o “bem” e desobedecer, o “mal”. Para eles, a desobediência não tinha nenhum significado em si, nem de certo nem de errado. Está em Gênesis 3: 17-19: “E a Adão disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher, e comeste da árvore de que te ordenei, dizendo: Não comerás dela, maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida. Espinhos, e cardos também, te produzirá; e comerás a erva do campo. No suor do t...