Pular para o conteúdo principal

Presidente do STJ não falará por que demitiu estagiário aos berros

Ari Pargendler, 63, presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), não vai falar com a imprensa sobre a acusação do estagiário Marco Paulo dos Santos, 24, de ter sido demitido por ele aos berros e com violência. Pargendler teria puxado com força o crachá do pescoço do estagiário para saber o seu nome.

A assessoria de imprensa do STJ informou hoje que o Pargendler só se manifestará no processo que o estagiário abriu contra ele sob a acusação de injúria. A do  STF (Superior Tribunal de Justiça) Ellen Gracie foi sorteada para ser a relatora do processo, mas ela se declarou impedida porque trabalhou junto com Pargendler no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, com sede no Rio Grande do Sul. Haverá outro sorteio.

No sábado, quando o episódio foi divulgado pela imprensa, a informação da assessoria era de que Pargendler falaria oportunamente porque estava de viagem ao Rio Grande do Sul, seu Estado de origem.

Pela versão de Santos, no dia 19, uma terça-feira, quando ele se colocou atrás de Pargendler diante de uma caixa eletrônica no posto do Banco do Brasil no prédio do STJ, em Brasília, o presidente do STJ pediu-lhe que se afastasse. O estagiário, que não sabia que se tratava do presidente daquela Corte, afirmou que já estava atrás da linha que indicava no chão o espaço de espera. Foi quando Pargendler teria ficado uma fera, se descontrolado totalmente.

“Eu sou Ari Pargendler, presidente do STJ, e você está demitido, está fora daqui”, falou ele, de acordo com o relato de Santos e de pelo menos uma testemunha.

“Você já era! Você já era! Você já era! Está demitido”, disse, arrancando o crachá do estagiário.

Fabiane Cadete, estudante de direito, a testemunha, disse que ficou impressionada com o descontrole de Pargendler.

“Fiquei horrorizada.”

Com informação da Band News.

> ‘Eu sou o presidente do STJ, e você está demitido, fora daqui!’ (outubro de 2010)

> Casos de assédio moral.


Comentários

Agiu com tamanho descontrole o senhor de vetusta figura, mostrando o autoritarismo, a truculência e o fascismo comuns à gerontocracia. Incomodou-se com a juventude, a saúde e a virtude do jovem, que demonstrou ser o verdadeiro defensor da cidadania, pois a Lei que o magistrado deveria ser o primeiro a fazer respeitar, como guardião, é que proclama que todos são iguais. Em vez, deixou-se dominar pela paixão, pela sensação de estar sendo ameaçado pelo outro, mas em que uma pessoa poderosa sente-se ameaçada por outra aparentemente inferior, pela condição subordinada...?
Anônimo disse…
Tenho uma dúvida: se o rapaz fosse branco, o meritíssimo pediria que ele se afastasse?
Anônimo disse…
Quando teve de xingar um estagiário, esse tal de Pargendler abriu a boca, xingou, agrediu, demitiu. Agora, procurado pela imprensa, ele se cala. Essas duas circunstâncias revelam que tipo de caráter ele tem.
Anônimo disse…
Eu vejo claramente nesta história o racismo. O jovem feriu a suscetibilidade neurótica do togado, simplesmente porque é negro, e no viés autoritário do carequinha de beca, negro não pode passar na frente de branco...Além de tudo, com essa cara humilde (com todo respeito!) que o rapaz tem...Puxa vida. Se fosse um daqueles caras acintosos, de brinco, cabelo arrepiado, cara de funkeiro americano, mas o rapaz parece um bom moço, um militar, um evangélico, tem aparência de cidadão respeitável, pacato, simples. Sinceramente fico indignada com uma coisa dessas. Cadê os direitos humanos? A arquidiocese, a Igreja? Cadê o governo das cotas, o PT, a Dilma? Ninguém vai dar um basta no preconceito de casta da sociedade brasileira do apartheid? Não sou preta, mas sou mãe, sou descendente de imigrantes pobres, como os africanos, os meus avós são alemaes, e todos, germânicos e negros, VIERAM PRA CÁ TRABALHAR E NÃO FAZER FAVOR....Respeitem os negros, respeitem os ancestrais, respeitem este jovem! Sua dignidade foi desrespeitada. Este homem nem merecia mais ser um profissional do direito, POIS A FONTE DE TODO DIREITO É A PESSOA. A pessoa humana que ele não reconheceu! Violou a essência, a alma, a sacralidade que é a imagem divina, a dignidade humana inviolável, do rapaz. Isso é hediondo. Merecia uma pública repreensão! Uma demissão! Não acredito mais em cidadania nenhuma, governo nenhum, se esse caso virar pizza e todo mundo se calar.
f.franco disse…
Nós temos muito que aprender a respeito de cidadania, nós tinhamos que exigir a saida desse sujeito togado tosco.
Sou negro, Me instruam por favor; ao encontrar com esse sujeito na rua preciso mudar de calçada?? Se ele estiver numa CAVERNA tomando agua, não posso passar em frente???????
Unknown disse…
Vamos votar no PT e na Dilma, defensores da classe trabalhadora...Eles escolhem bem seus ministros e sabem defender os indefesos qdo necessário. São um verdadeiro bando de caça votos. O meu eles não tiveram!!!!
Vergonha.

Penso que é hora de mudar as leis desse país. Que juízes tenham seu "poder" dentro dos tribunais e não nas ruas, no comércio, no trânsito ou em qualquer outro lugar público. É um abuso.

Post mais lidos nos últimos 7 dias

90 trechos da Bíblia que são exemplos de ódio e atrocidade

Veja 14 proibições das Testemunhas de Jeová a seus seguidores

Só metade dos americanos que dizem 'não acredito em Deus' seleciona 'ateu' em pesquisa

Baleias e pinguins faziam parte da cultura de povos do litoral Sul há 4,2 mil anos

Cigarro ainda é a principal causa de morte por câncer de pulmão no Brasil, com 80% dos casos

Vídeo mostra adolescente 'endemoninhado' no chão. É um culto em escola pública de Caxias

Tribunal do Ceará derruba lei que reduzia pena de condenados que lessem a Bíblia

Pereio defende a implosão do Cristo Redentor

Serviço de Informações da ditadura militar espionou mais de 300 mil brasileiros