O estagiário e estudante de administração Marco Paulo dos Santos (foto), 24, registrou na polícia B.O. (Boletim de Ocorrência) acusando o presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Ari Pargendler (foto), 63, de ser demitido por ele injustamente em um acesso de fúria e de humilhação.
“Eu sou Ari Pargendler, presidente do STJ, e você está demitido, está fora daqui”, disse o magistrado, de acordo com a versão de Santos.
Ele contou que na terça-feira (19) estava tentando fazer uma transação em um caixa no posto do Banco do Brasil no prédio do STJ, em Brasília. Como a máquina deu defeito, foi orientado por uma funcionária a usar outra, a do lado, que estava sendo usada por Pargendler, a quem o rapaz não conhecia pessoalmente.
O presidente do STJ teria dito para Santos que se afastasse dele porque estava fazendo uma “transação pessoal”. O estagiário respondeu: “Mas estou atrás da linha de espera”. Foi quando, segundo Santos, Pargendler perdeu o equilíbrio emocional.
“Sai daqui. Vai fazer o que você tem que fazer em outro lugar”, disse aos berros o ministro, sempre na versão do estagiário.
Santos argumentou que aquela caixa era a única disponível no momento para depósito, mas o presidente do STJ não se acalmou.
Fabiane Cadete, estudante de direito, estava no posto bancário e viu quando Pargendler “avançou sobre o estagiário e puxou várias vezes o crachá que ele carregava no pescoço e gritou: “Você já era! Você já era! Você já era!”
Disse Fabiane: “Foi uma violência gratuita. Fiquei horrorizada. O menino ficou parado, não teve reação nenhuma”.
O estagiário falou que teve de se curvar para que Pargendler pegasse seu crachá. “Ele ficou puxando com muita força.”
Quando Santos voltou para seu departamento foi informado de que estava demitido.
Pargendler foi procurado por jornalistas para dar a sua versão, mas a assessoria de imprensa do STJ informou que por ora ele não quer se manifestar, apesar da repercussão que o caso vem tendo na imprensa e nos meios jurídicos.
Pagendler assumiu a presidente do STJ no dia três de agosto. Ele já foi ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Santos é filho de africano com brasileira. Ele nasceu na Grécia. Está no Brasil desde os dois anos, quando seus pais se separaram. No começo do ano se candidatou a estagiário no TST. Ficou entre os dez primeiros lugares. Ganhava R$ 600 por mês e auxílio transporte de R$ 8 por dia.
Presidente do STJ não falará por que demitiu estagiário aos berros.
25 de outubro de 2010
O delegado Laércio Rosseto, da 5ª Delegacia de Polícia Civil do Distrito Federal, encaminhou o caso para o STF (Supremo Tribunal Federal) porque não tem competência legal para apurar o que de fato houve. Pargendler, como magistrado, tem foro privilegiado.
Santos informou que vai mover contra Pargendler uma ação para obter uma indenização por danos morais e materiais. "Eu fui esculachado", disse. "Tinha contrato até janeiro do ano que vem e fazia planos para esse dinheiro."
"Acho que é o meu dever representar contra esse tipo de autoridade. Não vou julgar o STJ, os outros ministros. A experiência que tive é de que ele é uma pessoa injusta, ao contrário do exemplo que tem que dar. A Justiça no Brasil é muito parecida com isto: usa a autoridade em benefício próprio."
Com informação do Estadão, Globo e CBN.
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abril de 2010
Casos de assédio moral.
Comentários
Há um velho ditado que diz assim:
Quer conhecer uma pessoa? Dê a ela o poder!
Não é novidade. isso me faz lembrar até o Lula que há muito deixou-se ludibriar pelo poder. Poder seduz, corrompe e forma tiranos. :-(
E por falar em papito, como anda o caso Ayres Filha e Genro e a extorção de R$4,5 milhões em cima do Roriz? A última pergunta, quem acompanhava o Gilmar quando ele foi assaltado em Fortaleza?O Brasil tá mal de justiça e justiceiros.
Até parece que os brasileiros gostam desse tratamento.
Até quando vamos aceitar essas condutas dos funcionários publicos no Brasil?
1) É designado um ministro relator que pode determinar abertura imediata de inquérito para que sejam ouvidos os envolvidos.
2) O ministro relator encaminha o caso diretamente à Procuradoria Geral da República para que seja dado um parecer.
Ainda de acordo com a assessoria do STF, caso seja configurado crime contra a honra de Marco, o ministro Ari Pargendler receberá uma notificação. E terá a opção de se retratar ou não. Caso opte por não pedir desculpa, segundo o STF, nada acontece ao ministro, e o caso fica por isso mesmo.Como vê ele esta acima das leis humanas, mas não escapará das leis divinas, para uma pessoa como ele é reservado um castigo especial sua vida será consumida lentamente por um cancer
Ô ministro, não seja tão racista...........
Quanto a esse juiz, merece porrada!
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