O juiz Homero Batista Mateus da Silva, da 88ª Vara da Justiça do Trabalho de São Paulo, condenou a rede de fast food McDonald’s a reembolsar os seus funcionários em aproximadamente R$ 200 milhões.
Esse é o total que as lojas da rede de São Paulo deixaram de pagar aos seus funcionários. Cada funcionário tem o direito de receber R$ 14.700, em média.
Em 1996, a rede deixou de negociar o salário dos funcionários com Sinthoresp, tradicional sindicato de garçons, cozinheiros e empregados do setor hoteleiros, passando a se entender como Sindifast, que acabara de ser criado para representar os empregados de fast food.
A partir de então o piso dos funcionários da rede ficou abaixo do mercado, acumulando perdas.
O Sindifast foi criado por Ataíde Francisco de Morais (foto), 58, que ficou rico por intermédio da criação de sindicatos “alternativos”, sempre maleáveis nas negociações com os patrões. Ele é ligado à Força Sindical.
Hoje, de acordo com a revista Época, o patrimônio de Morais é composto, entre outros bens, por:
- A Pousada Solarium Beira Mar em Aquiraz (Ceará). Fica de frente para o mar e tem 18 suítes. Está em uma área de 1.852 metros quadrados e vale cerca de R$ 1,5 milhão.
- Uma mansão em um terreno de 465 metros quadrados no condomínio fechado Adalgisa, no Parque dos Príncipes, em Osasco. Seu valor está avaliado em R$ 1 milhão.
- Uma chácara em Juquitiba no interior de São Paulo.
- Uma casa em construção em Peruíbe, litoral de São Paulo, em terreno de 750 metros quadrados.
- Uma empresa de material de construção no Ceará.
Quem preside atualmente o Sindifast é o filho de Morais. Ou seja, é com ele que o McDonald’s acerta o reajuste salarial de seus funcionários.
Por ter apelado ao TRT (Tribunal Regional do Trabalho) contra a condenação, a rede fica desobrigada de ressarcir os funcionários enquanto não estiverem esgotados os recursos jurídicos. A sentença final poderá demorar anos para ser anunciada. Especialistas consultados pela revista acreditam o TRT vai confirmar a condenação.
O juiz Silva classificou o entendimento da McDonald’s com o sindicato do Morais como “insustentável”. Ressaltou que a lei não permite que o empregador escolha a entidade sindical para negociar o salário de seus funcionários.
“A McDonald’s agiu de forma temerária.”
A pousada do sindicalista tem 18 suítes |
> Justiça condena McDonald’s por servir a funcionário McLanche.
setembro de 2009
> Casos de Justiça do Trabalho.
Comentários
jessica_dfnet@hotmail.com
Essa mania de escrever "vírgula-mil" deriva de textos da língua inglesa, que falam de, por exemplo, "debts of $1,3 mil". Só que o "mil" aqui é abreviatura de "million". Algum brasileiro viu , achou bonito e resolveu imitar, alheio ao seu vedadeiro significado.
Então, reitero meu pedido: se for falar de milhares, por favor use os números e não as letras. É "2.500", não "2,5 mil".
Obrigado pela atenção, e boa sorte!
Um outro motivo de o formato "vírgula-mil" ter se fixado nos jornais é que, com o número encurtado, fica mais fácil de colocá-lo no título da notícia.
Sei por experiência própria. Trabalhei mais de 10 anos na editoria de economia de um jornal.
Uma outra questão que vale apena destacar é o almoço servido aos funcionarios da rede Mc Dolnads chamados dentro da empresa de "Break" que é composto por lanches ,batatas fritas, sucos e refrigerantes entre outros sem opção de poder ter uma comida saudavel.
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