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Diretora da ONU elogia mulheres que denunciaram Abdelmassih

por Michelle Alves de Lima, da Rádio ONU em Nova York

O Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher para Brasil e Cone Sul, Unifem, se pronunciou sobre a série de crimes sexuais atribuídos ao médico brasileiro Roger Abdelmassih.

Em uma nota divulgada na última segunda-feira, a agência da ONU prestou solidariedade às dezenas de mulheres que tornaram públicos seus sofrimentos em busca de justiça.

Júnia Puglia A vice-diretora do Unifem Brasil e Cone Sul, Júnia Puglia (foto), falou à Rádio ONU, de Brasília, sobre a importância da iniciativa das vítimas para que os direitos humanos das mulheres sejam exercidos:

"Sem haver denúncia, não pode haver processo e não pode haver condenação. Quando um crime fica encoberto por qualquer razão, ele fica impune. As mulheres têm todo o direito de denunciar os crimes que são cometidos contra elas", diz Júnia.

Júnia acredita ainda que o conhecimento desses tipos de caso e a aplicação da justiça podem fazer com que outras vítimas sejam protegidas.

Segundo a vice-diretora do Unifem Brasil e Cone Sul, a vergonha, o sentimento de culpa e a falta de testemunhas são algumas das razões para que casos de abusos sexuais não sejam denunciados pelas mulheres.

"As mulheres ficam numa situação muito delicada, porque, geralmente, também estão lidando com homens numa situação de vantagem, seja na área do poder público ou social, seja na área da família, da sociedade, ou da comunidade."

Segundo agências de notícias brasileiras, o médico Roger Abdelmassih é acusado de estuprar 56 mulheres, que em sua maioria eram ex-pacientes.

O especialista em reprodução humana teve seu registro profissional suspenso pelo Conselho Regional de Medicina e está preso preventivamente desde a última segunda-feira, dia 17.

Com informação do site da Rádio ONU.

Vítima diz que valeu a pena ter denunciado abuso de médico.
agosto de 2010

> Caso Roger Abdelmassih.

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