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Argentina pede que bispo que nega holocausto saia do país

Da BBC Brasil

O governo argentino pediu nesta quinta-feira (19) que o bispo inglês Richard Williamson, que no ano passado deu uma entrevista colocando em dúvida a existência do Holocausto, se retire do país.

Num comunicado oficial, o governo diz que o bispo, integrante de uma ala conservadora da Igreja Católica, deve "abandonar o país num prazo máximo de dez dias, sem possibilidade de adiamento, e se não o fizer será decretada sua expulsão".

Williamson é bispo da Fraternidade Sacerdotal Pio 10 - fundada em 1969 pelo bispo francês dissidente Marcel Lefebvre -, e até este mês dirigia um seminário e realizava missas na localidade de La Reja, na província de Buenos Aires, onde trabalhava desde 2003.

Para justificar a decisão, o governo argentino argumenta que o bispo mentiu sobre o verdadeiro motivo de sua permanência no país ao ter declarado, quando entrou na Argentina, ser um empregado administrativo de uma Associação Civil e não um sacerdote e diretor de seminário.

"Cabe destacar que o bispo Williamson ganhou notoriedade pública por suas declarações antisemitas", diz um comunicado oficial sobre a questão.

"Por essas considerações, somadas à energética condenação do governo argentino a manifestações como estas, que agridem profundamente a sociedade argentina, ao povo judeu e toda a humanidade (...), o governo nacional decide fazer uso dos poderes de que dispõe por lei e exigir que o bispo lefebvrista abandone o país ou se submeta à expulsão."

Em novembro de 2008, ele provocou a ira de líderes judeus no mundo todo quando disse na televisão sueca: "Acredito que não havia câmaras de gás (durante a Segunda Guerra Mundial)".

Williamson também disse acreditar que até "300 mil judeus morreram em campos de concentração nazistas, mas nenhum em câmaras de gás".

> Caso do bispo ultraconservador Richard Williamson.

Comentários

Anônimo disse…
O que me preocupa mesmo não é este bispo negacionista e sim o silêncio da mídia em relação à cumplicidade do Vaticano com o nazismo...
o Vaticano chegou a apoiar totalmente o regime nazi-católico da Croácia (Ustasha) dirigido pelo devoto Ante Pavelic. O regime Ustasha era tão perverso que horrorizou até mesmo a Wehrmacht e SS.

Vejam as fotos que evidenciam a cumplicidade clerical com o nazismo.
http://anticlerical.multiply.com/photos
Unknown disse…
eu adorei a hitoria,e por que não faz um filme

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