Da Agência Brasil:
“Apesar da estabilidade nas taxa de mortalidade materna no país, o número de mortes de mulheres em decorrência de causas relacionadas à maternidade ainda é alto no Brasil.
As informações constam do estudo Saúde Brasil 2007 divulgado hoje (6) pelo Ministério da Saúde. De acordo com o documento, problemas de saúde direta ou indiretamente ligados à maternidade ocupam o 8º lugar entre as causas de morte entre as mulheres em idade fértil.
Entre as causas diretas estão a pré-eclâmpsia, a eclâmpsia, o trabalho de parto prematuro e a hemorragia, enquanto são consideradas causa indiretas as doenças que afetam a mulher e se complicam com a gestação, como por exemplo, a hipertensão.
“À medida em que você melhora a situação de saúde do país, deseja-se que aumentem as [causas] indiretas e diminuam as diretas. No Brasil, o nosso perfil ainda é de que a maioria, 64%, são causas diretas”, explica o diretor do Departamento de Análises de Situação de Saúde do Ministério da Saúde, Otaliba Libânio.
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Mãe Morta, de Munch (1863-1944) >
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Ele ressalta que somados os abortos, mais de 70% das mortes maternas são por causas diretas, o que indica “um potencial grande de redução”.
Em 2005, foram registradas 53,3 óbitos maternos para cada 100 mil bebês nascidos vivos. No entanto, Libânio, destaca que é necessário aplicar um fator de correção de 1,4 para compensar a sub-notificação, já que morte materna não costuma ser informada no atestado de óbito.
Com isso, taxa sobre para 74,6 mortes a casa 100 mil nascidos vivos, um número bem superior à média nos países com índice baixo, girando em torno de 20 óbitos.
Libânio acredita que é necessário “melhorar a assistência pré-natal e a assistência ao parto”, para identificar a gravidez de risco e o acompanhá-la. “Falta informação, faltam serviços que captem essas gestantes na sua região e às vezes falta qualidade da assistência”, conclui o diretor.” (Ana Luiza Zenker)
Fecundidade continua em queda e população fica mais velha. (outubro de 2008)
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