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Homem obtém pensão de ‘viúvo’ de soldado PM

O comandante-geral da PM do Rio, Gilson Pitta Lopes, tinha assinado boletim interno afirmando que a corporação não reconhece a união estável entre homossexual de soldado.

Mas o governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) determinou que a Polícia Militar pague a pensão ao parceiro de Franklin Pereira Duarte, que levou um tiro na cabeça no dia 21 de setembro de 1997, de marginais do Morro dos Prazeres, em Santa Teresa.

O Rio tem uma lei, a 5.034, que reconhece união homossexual para efeito de concessão de pensão a funcionário público.

Quem propôs essa lei, juntamente com Carlos Minc, hoje ministro do Meio Ambiente, foi justamente Cabral, quando era parlamentar.

A decisão do governador, portanto, era previsível. O comandante da PM sai desmoralizado desse episódio porque ele deve ter mesmo a convicção preconceituosa de que PM homossexual denigre a corporação.

Em seu boletim, Lopes cita o Código Civil segundo o qual só pode haver “união estável entre homem e mulher”.

Para Lopes, o código está acima da lei estadual, embora esta já tenha beneficiado aproximadamente 200 homossexuais do serviço público estadual.

Por que com o parceiro do soldado teria de ser diferente?

Além disso, o STF (Supremo Tribunal Federal) tinha determinado em junho que a Rioprevidência pagasse a pensão ao companheiro do PM, lembra o jornal Extra.

O ‘viúvo’ de Franklin Pereira Duarte, que pede que seu nome não seja divulgado, teme retaliação da PM.
Para conseguir a pensão mensal de R$ 531,41, ele teve que se envolver em uma batalha judicial contra a PM.

Em 2000, ajuntou a papelada requerida e recorreu à Justiça. Perdeu em primeira instância, mas obteve ganho de causa nas demais cortes. Ainda assim Lopes não se deixou convencer, mas o comandante teve de se curvar diante da determinação do governador Cabral.

O “viúvo”, que hoje tem 50 anos, diz ter sofrido muito com a morte do PM Duarte: “Foi a pior notícia da minha vida. Você sabe que o homem pelo qual você é apaixonado morreu e não poder nem manifestar o sentimento, foi terrível”.

“Imagine esse preconceito 11 anos atrás”

> Caso dos sargentos gays do Exército.

> Notícias sobre gays e lésbicas.

Comentários

Anônimo disse…
Parabéns pela iniciativa. O amor é tudo nessa vida.

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