Na madrugada de 19 de setembro, em Umuarama, Paraná, duas pessoas em uma moto passaram pela casa do juiz federal Luiz Carlos Canalli e dispararam mais de dez tiros com uma pistola de 9 mm.
Os tiros foram um aviso e não se sabe ainda o por quê.
Mas esta não é uma história como qualquer outra, em que juiz é intimidado por réus ou por bando de um bandido condenado. Pois, veja só, ontem, 27, foi preso um homem que seria o mandante do atentado: ele é também um juiz.
O suspeito foi preso por determinação do Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Não foi divulgado o nome dele.
Logo após o atentado, um delegado federal disse que, veja só, era provável que os atiradores tinham sido contrados por traficantes ou contrabandistas.
O advogado Alberto Zacharias Toron, do conselho federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), comentou que se trata de “fato grave” um juiz ser suspeito de ter praticado um crime contra outro juiz.
De acordo com o site Consultor Jurídico, Toron elogiou a decisão do Tribunal de não divulgar o nome do suspeito.
Só que outros suspeitos não têm esse mesmo privilégio.
Mas em Umuarama, todos sabem o juiz federal que foi preso, e o seu nome já está na internet: Jail Benites de Azambuja (foto).
Em fevereiro, o carro de Azambuja foi atingido por vários tiros. Há suspeita de que quem metralhou seu carro foi ele próprio.
Esta história promete.
> Morre juiz que chocou país ao matar vigilante com tiro na nuca. (julho de 2008)
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Eduardo Varela
Advogado
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