Joana D’Arc da Silva (foto), mãe da menina torturada por uma empresária de Goiânia, foi absolvida nesta segunda pelo juiz da 7ª Vara Criminal da cidade, José Carlos Duarte. O magistrado concluiu que não há provas suficientes para incriminar Joana de ter deixado Lucélia Rodrigues da Silva, 12, com Sílvia Calabresi Lima em troca de dinheiro.
A empresária já tinha sido condenada há 14 anos, 11 meses e 5 dias de prisão por maus-tratos à menina. Por co-autoria no crime, a doméstica Vanice Maria Novaes pegou 7 anos e 11 meses de reclusão.
Lucélia foi vítima de crueldade nunca antes relatada: apertos na língua com alicate, queimaduras com ferro de passar roupa, perfurações no couro cabeludo com salto de sapato alto, introdução de ponta de tesouro no nariz, marteladas nas solas dos pés.
Quando a polícia a resgatou, a menina estava amarrada na área de serviço do apartamento da Sílvia e amordaçada com um pano apimentado e com dedos das mãos quebrados.
À polícia, ao Ministério Público e à Justiça, Lucélia contou que, além da tortura física, ela era obrigada com freqüência a ingerir excrementos e urina do cachorro da empresária.
Lucélia se encontra sob a tutela do Ministério Público Federal. Seu pai não tem condições financeiras de assumi-la e a Justiça não quer entregá-la a Joana D’Arc.
O marido da empresária, Marco Antônio Calabresi Lima, foi condenado a 1 ano e meses de prisão. Por ter bons antecedentes, ele está cumprindo a pena com prestação de serviços à comunidade. O filho mais velho do casal, Thiago, foi absolvido.
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