Pular para o conteúdo principal

Inocente que ficou presa por 79 dias pede indenização de R$ 50 mil

A Defensoria Pública pediu à Justiça que determine que o governo do Estado de São Paulo pague indenização de R$ 50 mil a uma empregada doméstica que ficou presa por 79 dias, embora fosse inocente.

Em maio de 2005, a empregada telefonou à polícia avisando que um homem estava sendo assaltado. Os assaltantes não foram presos, mas a empregada, sim.

A vítima, um dentista do qual foi roubado R$ 200, reconheceu a empregada como cúmplice dos bandidos. Depois, quando foi interrogado pela Justiça,  disse que se enganara, mas mesmo assim a empregada doméstica continuou presa.

A coitada, ao telefonar para polícia, só quis ajudar, mas acabou sendo vítima da Justiça. Embora não tivesse antecedentes criminais, ela foi mantida na cadeia por não ter moradia fixa, de acordo com relato do site Última Instância.

Em comparação, o dentista foi menos prejudicado pelos bandidos.

O defensor público Luis Rascovski também quer que o dentista seja condenado, primeiro por ter acusado injustamente a empregada e, depois, por nada ter feito para tirá-la da cadeia. Um sujeito abominável tanto quanto os assaltantes.

Rascovski argumenta que há amparo na Constituição para que o Estado seja responsabilizado e arque com os custos da indenização.

image

Casos como esse, em que a Justiça é injusta ou implacável para com os pobres, ocorrem com freqüência e não merecem destaque na imprensa.

No país em que uma parcela significativa dos parlamentares têm pendência na Justiça, mas são raros aqueles que cumprem pena na cadeia, furtar insignificância é mais grave do que passar as mãos e milhões.

Em 2006, uma mulher, a V.M., foi para a cadeia por tentar roubar em 2003 um desodorante de R$ 9,70. Ela foi condenada a um ano e quatro meses de detenção, além do pagamento de multa.

V.M. só não passou esse tempo todo na prisão porque o STF (Supremo Tribunal Federal) lhe concedeu um habeas corpus.

Os juízes que condenaram a V.M. por uma tentativa de furto de um desodorante poderiam ter ocupado o seu tempo com causas  nobres. Ladrões de alto coturno é que não faltam.

Casos de juízes implacáveis com pobres por mixaria.

Comentários

Post mais lidos nos últimos 7 dias

90 trechos da Bíblia que são exemplos de ódio e atrocidade

Historiador católico critica Dawkins por usar o 'cristianismo cultural' para deter o Islã

Veja 14 proibições das Testemunhas de Jeová a seus seguidores

'Sou a Teresa, fui pastora da Metodista e agora sou ateia'

Ex-freira Elizabeth, 73, conta como virou militante ateísta

'Quando saí [do  convento], era como eu  tivesse renascido' Elizabeth Murad (foto), de Fort Pierce (EUA), lembra bem do dia em que saiu do convento há 41 anos. Sua sensação foi de alívio. Ela tocou as folhas de cada árvore pela qual passou. Ouviu os pássaros enquanto seus olhos azuis percorriam o céu, as flores e grama. Naquele dia, tudo lhe parecia mais belo. “Quando saí, era como se eu estivesse renascido”, contou. "Eu estava usando de novo os meus sentidos, querendo tocar em tudo e sentir o cheiro de tudo. Senti o vento soprando em meu cabelo pela primeira vez depois de um longo tempo." Ela ficou 13 anos em um convento franciscano de Nova Jersey. Hoje, aos 73 anos, Elizabeth é militante ateísta. É filiada a uma fundação que denuncia as violações da separação entre o Estado e Igreja. Ela tem lutado contra a intenção de organizações religiosas de serem beneficiadas com dinheiro público. Também participa do grupo Treasure Coast , de humanistas seculares.

Só metade dos americanos que dizem 'não acredito em Deus' seleciona 'ateu' em pesquisa

Jesus não é mencionado por nenhum escritor de sua época, diz historiador

Pastor Lucinho organiza milícia para atacar festa de umbanda

Música gravada pelo papa Francisco tem acordes de rock progressivo. Ouça