Uma foto grande do primeiro brasileiro a entrar em órbita ilustra a embalagem do travesseiro Viscoelástico, da linha Space, do fabricante Marcbrayn. Sorridente, como sempre, Marcos Pontes aparece com uma roupa azul de astronauta. Em seu braço direito, há uma bandeira brasileira. Em um quadro com bordas amarelas, há a assinatura do Pontes, com a afirmação "Uso e confio nos produtos Marcbrayn". Ao fundo, o azul da estratosfera. [reprodução parcial acima]
O tenente-coronel Pontes entrou em órbita no dia 29 de março de 2006 na nave russa Soyuz. Voltou à Terra no dia 8 de abril. Menos de 40 dias depois, aos 45 anos de idade, ele se aposentou: foi para a reserva remunerada da FAB.
Para colocar Pontes no espaço, o governo brasileiro gastou cerca de US$ 10 milhões, incluindo os gastos com o seu treinamento.
Antes da viagem, o governo foi criticado por empenhar tanto recurso em um programa espacial que não traria nenhum benefício tecnológico ao país -- só ia ajudar os russos a cobrir seus gastos. A missão do Pontes foi a de observar na estratosfera o desenvolvimento de sementes de feijão. (Até hoje, ninguém sabe o resultado da tal pesquisa.)
Quando Marcos Pontes pediu afastamento da FAB, ele foi criticado até mesmo por pessoas do governo. Técnicos ligados ao Ministério da Ciência e Tecnologia ficaram perplexos.
Na iniciativa privada, quando uma empresa investe em um funcionário, custeando, por exemplo, uma especialização no exterior, esse funcionário assume o compromisso de se manter no emprego por determinado tempo, de modo a retribuir o que aprendera.
A expectativa era que o mesmo ocorresse com Pontes. Afinal, US$ 10 milhões é muito dinheiro, principalmente para um país como o Brasil, onde faltam recursos para necessidades básicas, para saúde, educação etc.
Quando Pontes foi para a reserva, o astrônomo Ronaldo Rogério Mourão disse que deveria existir uma lei que obrigasse o astronauta a continuar na FAB por mais alguns anos. “O governo deveria ter pensado nisso, depois de tanto investimento.”
Comentou-se que, indo para a reserva, Pontes poderia cobrar por suas palestras e pelas aparições em eventos. Como oficial da ativa, só teria direito ao soldo.
Em seu site, Pontes tratou as críticas como “calúnias, difamações, ciúmes, inveja”.
Na época, ele divulgou que ia criar um instituto voltado para a educação de crianças carentes. Se já tinha intenção de se tornar garoto-propaganda, nada disse a ninguém.
O site do fabricante Marcbrayn informa, logo em sua primeira página, que a tecnologia dos travesseiros Viscoelástico Space foi “aprovada pelo primeiro astronauta brasileiro Marcos Pontes, símbolo de seriedade e tecnologia” [ver abaixo].
Mesmo afastado da FAB, Pontes poderia retribuir um pouco dos US$ 10 milhões dos quais ele foi um dos principais beneficiados. Poderia, por exemplo, doar o seu cachê de garoto-propagada às crianças carentes, com as quais ele se diz preocupado.
Pontes saiu do programa espacial, mas não do uniforme de astronauta
> Campanhas publicitárias polêmicas.
Comentários
A experiência com as sementes de feijão foi revolucionária, não sei como ele não ganhou um Nobel por ela.
Abraços
Pq vc não vai falar do Paulo Maluf? Esse sim é mercenário que roubou milhões e ta numa boa até hoje.
E não falar do astronáuta MCP que com sua missão,arrecadou mais de 25milhões para o Brasil segunda a revista Veja.
Sem falar no incentivo q ele deu indiretamente aos mais jovens,que com perseverança,esforço e muito estudo nd é impossível.
Marcos Pontes hoje é o melhor exemplo q o brasil pode ter.
Mediocre é quem escreve desse jeito!
A midia de forma geral nos apresenta como entreterimento apenas mulheres nuas e jogadores de futebol que com certeza engrandecem e muito a cultura dos nossos filhos .
Agora um cidadao brasileiro que se esforçou ,se empenhou para chegar ate onde chegou, este nao tem valor.
realmente este cidadao brasileiro nao da ibope para a midia ( programas culturais e educativos ) apenas o que ele pode fazer e ajudar a vender travesseiros.
E QUERIA VER SE ALGUEM AI NO LUGAR DELE FARIA,O QUE FALAM,FALA E FACIL SER O CARA E DIFICIL.
ELE ENTROU NA NASA ,POR COMPETENCIA,NOS TEMOS E QUE FICAR ORGULHOSOS DE TER UM BRASILEIRO LÁ
REPRESENTADO ESSA NOSSA SUB-RAÇA
Postar um comentário