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Torturadora de menina não fará exame de sanidade mental

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O STJ (Superior Tribunal de Justiça) negou hoje pedido dos advogados da empresária Sílvia Calabresi Lima para que ela seja submetida a exame de sanidade mental.

Sílvia foi condenada a 14 anos de prisão por torturar a menina Lucélia, 12, a qual adotou informalmente para educar e colocá-la na escola, o que ficou combinado com a mãe biológica. A menina, pórem, foi explorado como empregado doméstica, sem nada receber.

Os requintes de crueldade aos quais a Lucélia era submetida impressionaram até o médico legista Décio Marinho, do IML (Instituto Médico Legal) de Goiânia.

Ele examinou a menina e constatou lesões na língua feitas com alicate, marcas de ferro quente nos glúteos e região lombar, perfurações no couro cabeludo feita com o salto do sapato da empresária, ferimento na mucosa do nariz provocado por ponta de tesoura, marcas de marteladas nas solas dos pés e necrose embaixo das unhas em decorrência de dedos prensados.

Em trinta anos de profissão, o médico disse que nunca vira nada igual.

À polícia, Ministério Público e juiz, Lucélia contou que às vezes tinha de limpar com a língua a sacada do apartamento da empresária e com freqüência era obrigada a ingerir fezes e urina de cachorro.

Um vizinho denunciou a empresária à polícia, que encontrou a menina amarrada na sacada do apartamento e amordaçada com uma gaze embebida de pimenta e com oito dedos das mãos quebrados.

Ao juiz José Carlos Duarte, da 7ª Vara Criminal de Goiânia, Silvia Calabresi disse que “estava educando a menina”.

Essa é a segunda vez que os advogados da empresária têm negado pela Justiça pedido de exame de sanidade mental. Eles argumentam que Sílvia, quando criança, sofreu abuso sexual, o que a deixou com transtornos de personalidade.

Caso o exame fosse feito e verificado alguma anormalidade psíquica, a empresária teria de ser considerada inimputável: ou seja, deixaria de ser responsável pelos seus próprios atos, livrando-se assim da cadeia.

Contudo, no entendimento dos magistrados do STJ, Sílvia sabia muito bem o que estava fazendo.

Caso da menina torturada pela empresária de Goiânia.

Comentários

Anônimo disse…
Em uma semana onde o MP deixou de denunciar os envolvidos no Golpe do Carro Fácil essa nótica dá até uma pequena esperança!
Anônimo disse…
Em uma semana onde o MP deixou de denunciar os envolvidos no Golpe do Carro Fácil essa nótica dá até uma pequena esperança!

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