A Caixa Econômica Federal ofereceu ao caseiro Francenildo Costa (foto) indenização de R$ 35 mil pelo fato do seu sigilo bancário ter sido quebrado.
Francenildo recusou. Ele quer R$ 50 mil, valor, aliás, sugerido pelo juiz Itagiba Catta Netto, em Brasília, responsável pela ação por danos morais que os advogados do caseiro movem contra a Caixa.
Em março de 2006, Francenildo testemunhou contra Antonio Palocci Filho, então o poderoso ministro da Fazenda. O caseiro disse em uma CPI que o ministro freqüentava a casa onde trabalhava, uma casa montada por ex-assessores de Palocci quando este foi prefeito de Ribeirão Preto.
A casa era usada para encontro dos amigos do Palocci os quais estariam fazendo lobby em favor de donos de bingos. Além disso, no local havia festa com presença de garotas de programa para um pequeno número de pessoa.
Palocci vinha dizendo que nunca estivera na casa, mas aí apareceu o Francelino e disse que o ministro ia lá, sim. Ele, o caseiro, tinha visto.
O ministro acusou caseiro de fazer o jogo da oposição, de quem estaria ganhando para atingi-lo com falsa denúncia.
Para provar o que o Palocci dizia, acabou vazando para a revista Época o extrato da conta do caseiro com um depósito de R$ 20 mil. Seria o dinheiro que a oposição lhe daria pagando.
Mas o caseiro provou que a quantia foi depositada pelo seu pai. E Palocci caiu do governo.
O juiz Catta Neto deu ao caseiro dez dias para decidir se aceita os R$ 35 mil oferecidos pela Caixa. Nesse nesse mesmo período a instituição também poderá chegar nos R$ 50 mil ou perto.
De 2006 para cá, houve muita coisa,
Hoje, diante da informação de que o delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz teve a senha que dava acesso a registros de ligação telefônica de todos os brasileiros, o suposto crime cometido por Palocci parece brincadeira de criança.
Mas nem por isso o Palocci deixa de merecer uma penalização. Ele deverá ir a julgando, quando, não se sabe.
> Palocci ordenou à Caixa violação do sigilo do caseiro. (abril de 2006)
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