Do Estado, por Leonencio Nossa:
> Íntegra (para assinante do jornal).
Comento: Que baixaria, hein? Lula -- como o resto da humanidade -- tem todo o direito de se manifestar sobre o que quer que seja, mas, tenha dó, ele é o presidente da República e deveria ter um mínimo de compostura. Dizer que a Judiciário deve meter o nariz apenas "nas coisas dele" é radicalizar.
O pior é que, neste destempero verbal do Lula, há um viés ditatorial: em uma democracia os três poderes se vigiam entre si, e o que impera são as leis. Talvez por que continue com a popularidade em alta, Lula está se assoberbando, colocou salto alto, e agora passou vomita arrogância mais do que o costume.
Um dos mais duros ataques já feitos ao Judiciário pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva criou clima tensão ontem no Congresso e provocou fortes reações dos parlamentares. O confronto começou na noite de quinta-feira, quando Lula afirmou, num palanque em Aracaju, que “seria bom que o Poder Judiciário metesse o nariz apenas nas coisas dele”.
A avaliação geral foi que, com a declaração, o presidente invadiu a autonomia dos outros Poderes. O comentário de Lula tinha como destinatário o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Marco Aurélio Mello, que havia criticado o Territórios da Cidadania - para ele, um programa social em ano eleitoral, o que é proibido por lei. Ao afirmar que a oposição poderia contestar na Justiça a iniciativa, o ministro, segundo o presidente, teria dado a senha para a oposição recorrer - o que foi feito no dia seguinte.
Ontem de manhã, em Brasília, Marco Aurélio reagiu ao ataque de Lula. Afirmou ter estranhado “a acidez do presidente”, cujas declarações definiu como “o direito de espernear”.
No Congresso, as afirmações de Lula também surpreenderam os parlamentares, para os quais ele não deveria atribuir a outros Poderes a prática que adotou desde o início do governo, “de interferir e usurpar as atribuições” do Congresso. “Isso que ele criticou é a última crítica que ele poderia fazer, poderia ter feito outras críticas mais legítimas”, alegou o presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN).
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Comento: Que baixaria, hein? Lula -- como o resto da humanidade -- tem todo o direito de se manifestar sobre o que quer que seja, mas, tenha dó, ele é o presidente da República e deveria ter um mínimo de compostura. Dizer que a Judiciário deve meter o nariz apenas "nas coisas dele" é radicalizar.
O pior é que, neste destempero verbal do Lula, há um viés ditatorial: em uma democracia os três poderes se vigiam entre si, e o que impera são as leis. Talvez por que continue com a popularidade em alta, Lula está se assoberbando, colocou salto alto, e agora passou vomita arrogância mais do que o costume.
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