Depois de orquestrar a abertura de mais de 60 ações de fiéis de diferentes regiões do país contra a Folha de S.Paulo e a repórter Elvira Lobato por causa da reportagem Igreja Universal chega aos 30 anos com império empresarial, a seita do Edir Macedo está estimulando seus seguidores a cancelarem assinatura do provedor de internet UOL, do mesmo grupo do jornal.
O jornal da seita, a Folha Universal, informa que nos últimos dias começou “espontaneamente” um movimento de fiéis contra a UOL, em protesto à reportagem do jornal. O a folha do bispo diz que “não são poucos os evangélicos que têm telefonado para o UOL e interrompido o serviço”.
A Folha Universal cita o caso de Arlindo Juliel de Santana Lima, 35, empresário e militar reformado da Marinha, que se desligou do provedor por estar indignado com a reportagem da Folha de S.Paulo.
O semanário da seita afirma que o movimento contra o UOL “atinge evangélicos de todas as idades” e cita o nome de dois jovens. Lívia Antunes Garcia Tomin, 22, por exemplo, diz: “A Universal foi o lugar que nos ajudou a mudar de vida para melhor. É uma crítica injusta contra um trabalho que só cresce”.
O boicote (ou tentativa) ao UOL mostra que a Igreja Universal está disposta a manter a sua retaliação contra a Folha de S.Paulo. E ela ataca no ponto mais sensível de qualquer empresa: o faturamento.
Mas o ataque não deve ter maiores conseqüências, porque féis da Universal não têm o perfil de assinantes da Folha e eles devem ser uma minoria entre os filiados da UOL, o maior provedor de conexão e de conteúdo da internet brasileira. Ao final de 2007, só de assinantes de banda larga, a UOL tinha 973 mil assinantes. E o seu lucro líquido cresceu 18% em relação a 2006, com R$ 109,4 milhões.
Curiosidade: no UOL Busca, que usa o algoritmo do Google, ao pesquisar pela palavras-chaves “Edir Macedo”, o primeiro link da lista é um vídeo hospedado no Yotube com o título de “Edir Macedo Ensinado a Roubar na Igreja Universal” (reprodução acima).
> Íntegra do texto da Folha Universal.
> Mais Igreja Universal.
Comentários
Postar um comentário