Do caderno Aliás do Estadão de hoje:
por Demétrio Magnoli
O ex-ministro Antonio Palocci, seu ex-assessor de imprensa, Marcelo Netto, e o ex-presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Jorge Mattoso, foram denunciados pelo procurador-geral da República como autores do crime de quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa [foto], que testemunhou sobre a presença do ministro na casa do Lago Sul onde operavam lobistas de Ribeirão Preto. A elucidação do episódio e a punição dos criminosos são parâmetros cruciais para se avaliar a saúde da democracia brasileira.
Todo o caso exala um odor fétido. Palocci tinha interesse em desacreditar a testemunha e foi alertado, pela jornalista Helena Chagas, mais tarde nomeada diretora de jornalismo da TV Brasil, sobre rumores de uma incomum movimentação na conta bancária de Francenildo. Nos meios governistas, circulou a tese de que o caseiro testemunhava mediante pagamento da oposição. Mattoso encarregou-se de devassar sua conta e imprimir um extrato, que entregou pessoalmente ao ministro. No dia seguinte, a movimentação bancária apareceu no site da revista Época. De acordo com a denúncia, a informação fez esse percurso por intermédio de Marcelo Netto, cujo filho trabalha na revista.
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