O comando da 6ª Região Militar do Exército, na Bahia, queria se render à folia do Carnaval. A Folha informa que o comando, para liberar o funcionamento de um camarote em uma área da União, publicou edital de licitação exigindo da empresa vencedora a construção de um reservado especial, com cobertura, para 50 convidados.
Ah, sim, a empresa teria de abastecer esses convidados com salgados, cervejas, coquetéis, refrigerantes e também, por ninguém é de ferro, de água mineral.
O Ministério Público achou que assim já era demais, que se juntou a imoralidade com o ilegal, e pediu explicação ao Exército. Porque, afinal, a empresa vencedora vai pagar a União pelo uso da área e do preço ia descontar as mordomias solicitadas pelo comando.
Pois bem, o chefe de suprimentos da 6ª Região Militar, o tenente-coronel Fernando César Hernandes, disse que o camarote especial era para o “recebimento de autoridades civis e militares convidadas pelo Exército”. Mas sobre a exigência da cerveja e outras bebidinhas ele nada falou.
Hernandes informou que o comando desistiu de ter convidados para o Carnaval e conseqüentemente não vai mais precisar daquele, como direi, posto avançado de observação militar.
Não é de hoje que autoridades, civis e militares, gostam de mordomias, mas incluí-las em um edital de licitação foi muito descaramento.
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