Depois de Deus, ou talvez do lado dele, no mesmo patamar, está juíza Adriana Sette da Rocha Raposo, da Vara do Trabalho de Santa Rita, Paraíba. É a própria juíza que se coloca em instância tão elevada.
Em uma sentença desfavorável a um trabalhador rural que reivindicava direitos de um emprego que deixou em 1982, a juíza escreveu:
A liberdade de decisão e a consciência interior situam o juiz dentro do mundo, em um lugar especial que o converte em um ser absoluto e incomparavelmente superior a qualquer outro ser material.
O pior é isto: alguns dos juízes ouvidos pelo site Consultor Jurídico acham que ela tem razão.
Mas o presidente da OAB, Cezar Britto, derruba a juíza Adriana das alturas celestes. Diz ele:
A grandeza da magistratura é poder julgar homens sendo absolutamente um homem. É a idéia da Justiça se autojulgando. O juiz não é melhor nem pior do que qualquer ser humano. Pensar diferente é não compreender a função da Justiça.
Atualização em 24/11: a juíza Adriana desceu (ou caiu) das alturas, tornou-e humana e enviou à Associação dos Magistrados do Trabalho da 13ª (Amatra 13) pedido de desculpas. Ela admitiu que foi “infeliz em algumas sentenças” e emitiu “conceitos errôneos, despropositados sobre a natureza da magistratura”.
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> Casos da Justiça do Trabalho.
Comentários
Eu, estudante de direito presencio não apenas Juizes com este conceito, mas por incrível que pareça, alguns acadêmicos já possuem esta soberba. Tadinhos. Só Deus sabe o que os espera!
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