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A contradição de último comunista brasileiro

Oscar Niemeyer é talvez o último comunista brasileiro, daqueles românticos, que acreditavam em sua própria pregação. Nada contra. Tenho simpatia por quem acredita em utopia, ainda que haja algo de insano nisso, da parte do crente e minha.

Niemeyer tem dito que, para ele, o importante não é a arquitetura, mas o bem estar das pessoas, principalmente dos brasileiros sofridos. Mas se é assim porque ele projetou – entre tantas outras obras da mesma dimensão – uma sede (foto) para o Tribunal Regional Federal da 1ª Região que vai custar ao bolso dos brasileiros a fortuna de R$ 498,5 milhões?

Eu sei, se o Niemeyer (foto) não fizesse o projeto, outro arquiteto faria. Mas, como comunista, não pesa em sua consciência que parte dessa fortuna poderia ser destinada, por exemplo, à construção de escolas em regiões do Amazonas onde crianças têm aula debaixo de árvores por falta de instalações?

Alguém pode argumentar que, se essa fosse a lógica do arquiteto, ele não teria projetado muita coisa, inclusive Brasília. É verdade. Mas isso não significaria que teríamos um país pior –melhor, talvez.

TRF terá sede de quase meio bilhão de reais. (Estadão)

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