Pesquisa do Datafolha feita nos dias 1 e 2 de agosto mostra que a popularidade do Lula (foto) continua alta: 48% dos entrevistados acham que o governo do petista é ótimo ou bom. Trata-se do mesmo índice registrado em março.
Ou seja, o maior acidente aéreo do Brasil, com a morte de 199 pessoas, e o caos no tráfego de avião em nada abalaram o prestígio do Lula, que confirma assim ser um presidente teflon –nada de ruim gruda nele.
Fernando Canzian, da Folha, sugere uma explicação para esse efeito teflon: a maioria dos brasileiros, 59,5%, é pobre, tem renda mensal de até três salários mínimos (R$ 1.050,00), e parte dessa população (11,1 milhões) ganha bolsa família. Esse contingente confia em Lula porque acredita que se trata de um presidente que está cuidando do pobres. Apenas 7,5% dos brasileiros têm renda mensal maior do que R$ 3.500,00. Esses são os "ricos".
Portanto, Lula deve sua popularidade à pobreza dos brasileiros, embutida aí a enorme e histórica desigualdade social do país. Muitas pessoas adoram o Lula em agradecimento pelo bolsa família e temem que o próximo presidente acabe com essa ajuda.
O valor básico da bolsa família é de R$ 50,00, concedido às famílias que ganham por mês até R$ 60,00. Há um acréscimo de R$ 15,00 para cada criança ou adolescente de até 15 anos, no limite de até três filhos por família.
Esses valores, por si só, dão idéia da dimensão da pobreza dos brasileiros. Pobreza que, obviamente, o bolsa emprego, um programa assistencialista, não resolverá. Os pobres precisam de saúde, de educação, de saneamento, de emprego, e quanto a isso Lula tem feito muito pouco.
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