O jornalista Kennedy Alencar publica um artigo na Folha Online com o seguinte título: “Por que Lula demorou 73 horas a falar sobre o acidente”. Nunca li desculpas tão esfarrapadas em toda a minha vida.
Vejam só: escreve Kennedy que o presidente demorou para solidarizar-se com os parentes da vítimas porque temia que fosse interpretado de se eximir de qualquer responsabilidade pelo acidente. Ora, o vacilo do Lula só reafirmou que ele se sentia, sim, responsável pelo acidente, mas não teve coragem de assumi-la, ao menos em parte.
Outro motivo citado pelo jornalista é o de que no dia seguinte do acidente Lula estava com a pálpebra inflamada e teve de ser submetido a uma cirurgia, tendo de ficar com um tapa olho.
Perguntinha: Lula não poderia ter adiado por algumas horas a pequena operação? Afinal se tratava apenas de um terçol.
Alencar também relata que Lula tem dificuldade de lidar com a morte porque sua primeira mulher, a Maria de Lourdes, morreu em 1971, e a mãe dele, a dona Lindu, em 1980.
Ora, quem tem facilidade para lidar com a morte de pessoas queridas? Ninguém. As famílias das vítimas do avião da TAM que o digam.
Até por ter experimentado a dor da perda da mulher e mãe, Lula deveria ter se solidarizado pessoalmente com os parentes das vítimas do avião da TAM logo na primeira hora possível. Ele demorou 73 horas, e assim mesmo o fez a distância, pela tv.
Se Lula tem tanta dificuldade em lidar com a morte, ele que não se candidatasse à presidência da República.
Quando em julho de 2000, houve um acidente com o Concorde, matando vários americanos, o então presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, foi um dos primeiros a apresentar condolências às famílias das vítimas. Clinton não deu desculpas de estar com terçol ou com dor de barriga ou qualquer outra coisa.
A verdade é esta: Lula acovardou-se.
Íntegra do artigo do Alencar.
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