Pular para o conteúdo principal

Prefeito de Salvador consegue que a Justiça decrete a censura


O mais recente espasmo autoritário partiu do prefeito João Henrique (PDT), de Salvador, e da juíza Silvia Lúcia Bonifácio Andrade Carvalho, da 1ª Vara Cível daquela capital. O prefeito solicitou e a juíza atendeu: a revista Metrópole e o rádio, site e blog ligadas à ela estão proibidos de criticar o Henrique.

O prefeito não gostou da capa da primeira edição da revista (foto), onde aparece com nariz de palhaço, como a manchete de que a cidade está se afundando em dívidas, lixo e bagunça. O dono da Metrópole é Mário Kertész, que já foi prefeito de Salvador (1979-1981), e hoje faz oposição a Henrique. Os dois entraram para a política pelas mãos do cacique ACM (Antonio Carlos Magalhães).

Em Salvador, está havendo uma ferrenha disputa por espaço político, e é lamentável que a juíza não tenha entendido isso e determinou a censura, criando um precedente perigoso. Amanhã, qualquer um poderá achar no direito de censurar uma publicação que o criticou, merecidamente ou não, isso não vem ao caso, por causa da subjetividade que envolve.

O prefeito de Salvador conseguiu calar –pelo menos por enquanto– a Metrópole, mas agora a censura é um tema nacional, está nos jornalões, obteve maior visibilidade.

Henrique deu um tiro no pé, e não há maior burrice do que isso.

Justiça censura o Jornal de Vinhedo.

Comentários

Post mais lidos nos últimos 7 dias

90 trechos da Bíblia que são exemplos de ódio e atrocidade

Veja 14 proibições das Testemunhas de Jeová a seus seguidores

Padre associa a tragédia das enchentes ao ateísmo de gaúchos. Vingança de Deus?

Tribunal do Ceará derruba lei que reduzia pena de condenados que lessem a Bíblia

Só metade dos americanos que dizem 'não acredito em Deus' seleciona 'ateu' em pesquisa

Cigarro ainda é a principal causa de morte por câncer de pulmão no Brasil, com 80% dos casos

Santuário de Aparecida inaugura mosaicos de padre suspeito de abuso sexual

Quem escreveu a Bíblia? Um historiador analisa quatro teorias

Serviço de Informações da ditadura militar espionou mais de 300 mil brasileiros