Paulo Cabral, ex-secretário jurídico de Vinhedo, cidade paulista, deu entrevista ao jornal semanal Folha de Vinhedo denunciando irregularidades, como superfaturamento e tráfico de influência, cometidas por autoridades. Mas a Justiça Estadual, com duas sentenças, impediu a publicação da entrevista, conforme noticia hoje a Folha de S.Paulo.
A primeira sentença foi da juíza Ana Lúcia Xavier Goldman, da 1ª Vara Cível de Jundiaí. O argumento dela é de que a entrevista, se publicada, macularia “a credibilidade do Poder Judiciário e do Ministério Público de Vinhedo”.
Pelo jeito, a juíza está mais preocupada em preservar a imagem de seus pares do que garantir a liberdade de expressão. Quem recorreu à Justiça contra o jornal foram os promotores Rogério Sanches Cunha e Osias Daudt e o juiz Herivelto Araújo Godoy. Os três, de acordo com o ex-secretário Cabral, estariam poupando o prefeito Kalu Donato (PR) de possíveis ações judiciais.
O advogado dos promotores e do juiz afirma que quando Cabral deu a entrevista ele estava bêbado. O ex-secretário não assume mais o que dissera na entrevista e não quis falar com a reportagem da Folha.
Mas agora a questão é outra, é liberdade de imprensa. E os holofotes estão sobre a juíza que extrapolou em sua função ao cercear a livre expressão. Ela deve uma explicação à Corregedoria do Tribunal de Justiça de São Paulo e à sociedade.
Íntegra do texto da Folha.
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