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Igreja do Monstro Espaguete Voador alemã quer legalização

Weida, o Irmão Espaguete, diz que às vezes tem dúvida sobre a divindade do Monstro Voador Rüdiger Weida (foto), 63, está decidido a tornar legal a Igreja do Monstro Espaguete Voador na Alemanha. Ela também é conhecida como pastafarianismo: uma junção de ‘pasta’ (massa, em italiano) com o movimento ‘rastafári’. Os crentes dessa "religião" são incentivados a comer espaguete e a beber cerveja, porque acreditam que é assim que vão obter a salvação. A Igreja é uma sátira às religiões e aos seus rituais. Ela foi criada em 2005 por Bobby Henderson em protesto contra Kansas (EUA), que pretendia substituir nas escolas públicas o ensino da biologia evolucionista pelo criacionismo. Tem adeptos entre ateus militantes de todo o mundo. Alguns deles conseguiram tirar foto para documento oficial, como carteira de motorista, com seu chapéu religioso, um escorredor de macarrão. Weida fundou em Templin, uma pequena cidade no nordeste da Alemanha, o primeiro templo da Igreja do Mon

Católicos tentam impedir evento sobre 'Dia da Mulher' na PUC-RJ

Mulheres pró aborto  incomodam guardiões  da doutrina católica O grupo “Política e DSI – RJ”, formado por católicos que defendem a doutrina da Igreja por intermédio da política, está tentando impedir que o Centro Acadêmico de Ciências Sociais da PUC-RJ realize em dependências da universidade a "Semana do Dia Internacional da Mulher". Em uma petição hospedada no Citizengo.org, o grupo fixou a meta de obter 2.000 assinaturas para tentar convencer o reitor da universidade, Padre Josafá Carlos de Siqueira, a cancelar o evento, porque o movimento “feminista possui bandeiras que são contrárias à fé católica”. Até a tarde de hoje (25), a petição conseguiu mais de 1.200 adesões. Para o redator da petição, é uma contradição PUC, uma universidade católica, fornecer palanque a um movimento que defende a legalização do aborto. “Existem inúmeros espaços que apoiam essa ideologia e podem receber tais eventos.” Pedro Duarte, presidente do Centro Acadêmico, não acredita que o rei

Escritor desmente mito de que não há ateu em leito de morte

Oliver Sacks disse  estar  grato com a  relação sexual  que teve com o mundo Os crentes fanáticos gostam de afirmar que não há ateu em leito de morte, porque, antes do último suspiro, o infeliz acaba “aceitando Jesus”. Trata-se, evidentemente, de um mito, porque a descrença se encontra na ampla esfera da razão natural, de onde só se sai em caso de demência. O ateu Oliver Sacks (foto) é mais um que desmente esse mito. Com câncer, o neurocientista e escritor inglês de 81 anos está morrendo. A doença começou em um de seus olhos e, nove anos depois, se espalhou por outros órgãos, incluindo o seu fígado. No The New York Times ele escreveu uma despedida admitindo estar com medo da morte, mas, acrescentou, o seu sentimento predominante é o de gratidão. Disse que ama e tem sido amado pelas pessoas, o que lhe dá prazer. “Eu tive uma relação sexual com o mundo”, escreveu, referindo à interação entre escritor e leitores. Entre outros livros, Sacks escreveu “Tempo de despertar

Justiça de Goiás nega a aluno adventista abono de faltas

Estudante quer que  escola  se submeta à interpretação da Bíblia O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás negou à estudante Thais Gonçalves Molina Lucas o privilégio de obter abono de faltas no curso de administração da UEG (Universidade Estadual de Goiás), em Anápolis, a 55 km de Goiânia. Thais é da Igreja Adventista — religião cujos seguidores não podem ter qualquer atividade entre o pôr do sol de sexta-feira e o de sábado. O que ela pretende é que a UEG, um estabelecimento de ensino público — portanto, do Estado laico brasileiro — compatibilize sua grade horária e calendário de provas a um dogma adventista. Ou seja, pelo que pediu na Justiça, Thais quer que a universidade não só se submeta à Bíblia, como também a uma interpretação muito particular dela, a adventista. Para Anísio Pereira Araújo, advogado de Thais, a sua cliente não está reivindicando um privilégio da universidade, mas o que quer é apenas o que está na Constituição, que garante a liberdade de crença.

Livro mostra por que Platão é o pai da perseguição aos ateus

Filósofo grego defendeu a pena  de morte aos descrentes Na Grécia antiga, até determinado momento, havia liberdade de crença e de descrença. A discussão sobre a existência ou não de deuses era assunto corriqueiro entre os filósofos e as classes populares.

Harris reage à acusação de que ateus agora têm sangue nas mãos

"Não existe nenhuma escritura ateísta que estimule a violência" Não existe ligação entre ateísmo ou secularismo com qualquer tipo de violência, disse o neurocientista e militante ateu americano Sam Harris (foto). “Não há nenhum argumento no ateísmo que possa sugerir que os ateus devem odiar ou vitimizar ou estigmatizar grupos de pessoas, diferentemente do que ocorre com frequência com a religião”, afirmou. Harris apresentou essa argumentação em um podcast para rebater a acusação publicada na imprensa segundo a qual agora os “novos ateus têm as mãos manchadas de sangue” por causa do assassinato de três muçulmanos por um militante ateu. Em 10 de fevereiro à noite, Craig Stephens Hicks, 46, matou em Chapel Hill, na Carolina do Norte, três estudantes muçulmanos em uma disputa, segundo ele, por uma vaga no estacionamento de uma cidade universitária. Parentes das vítimas e depois autores de artigos acusaram Hicks de crime de ódio, por ele ser militante do chamado “nov

Livro explica a origem da conotação pessimista que se atribui ao ateísmo

A “História do Ateísmo” (Editora Unesp, 762 págs.), de George Minois, é o único livro disponível no mercado que faz um resumo da história da descrença em divindades. O próprio autor, no sumário do livro, chama a atenção para esse vazio historiográfico. Ele escreve que os livros sobre o tema são tão escassos, que o mais completo deles, em quatro volumes, foi editado entre 1920 e 1923, o  Der Atheismus und seine Geschichte im Abendlande  [“O Ateísmo e sua história no Ocidente”], de F. Mautner.  Outra referência mais antiga é um livro publicado há mais de três séculos, em 1663 —  Scrutinium atheismi histórico-aetiologicum  [“Investigação histórico-etiológica do ateísmo”], de Spitzel. Para Minois, essa escassez de relatos e estudos sobre a história da descrença em deuses se deve à “vaga conotação negativa” que se dá à palavra “ateu” e certo temor de estudiosos de abordar o assunto. Os descrentes, afinal, observa ele, sofrem há séculos a perseguição de religiosos, o que cons