Pular para o conteúdo principal

Pai de estudante judeu acusa escola de impor o pai-nosso

Direção da escola admitiu que
 funcionários faziam a oração
Um pai judeu de um estudante do 9º ano no Ciep Cecílio Barbosa da Paixão, na cidade de Engenheiro Paulo de Frontin (RJ), acusou a escola de criar constrangimento ao seu filho com a imposição diária da oração cristã pai-nosso.

A direção da escola negou que o menino tenha sido obrigado a rezar, mas admitiu que um grupo de funcionários e alunos ora com frequência no local.

Essa prática não deveria ser tolerada pela escola porque a Constituição veta o envolvimento direta ou indiretamente de instituição pública com crença religiosa.

Engenheiro Paulo de Frontin tem cerca de 13 mil habitantes e fica a 85 km do Rio. Seu prefeito é João Carlos do Rego Pereira (PDT).

O pai do estudante escreveu no Facebook que seu filho ficou abalado emocionalmente ao se negar a participar da oração.

“Quando [meu filho] saia da fila [de oração], todos os alunos ficavam olhando para ele com ar de crítica, e a funcionária (inspetora) pedia para ele voltar, alegando que o pai-nosso é uma oração universal”, escreveu o pai.

Ele denunciou o caso à Polícia e ao Conselho Tutelar. Mas para conseguir sensibilizar a direção da escola teve de pedir o apoio da Federação Israelita do Rio de Janeiro.

Jayme Salim Salomão, presidente da federação, encaminhou à escola e à Secretaria Estadual de Educação um pedido de explicações sobre a imposição do pai-nosso.

Salomão destacou, no documento, que a Constituição garante a liberdade religiosa e que o Brasil é signatário de tratados e convenções que asseguram o respeito à vida e à dignidade humana.

Ele pediu à escola que assegurasse ao estudante o direito de não participar a oração, lembrando que ato de preconceito ou discriminação é crime inafiançável, sujeito à pena de reclusão.

Nota da Secretaria de Educação afirmou que orienta as escolas a respeitarem a laicidade do Estado, mas não deixou claro se, nesse caso, haveria advertência para a direção da escola.

Funcionários da escola registram queixa contra o pai do estudante com a alegação de que foram ofendidos por ele.

O pai entendeu não haver mais condições para que seu filho continue naquele estabelecimento e o mudou de escola.

Com informação do “Globo”. 





Reação de aluno ateu a bullying acaba com pai-nosso na escola
abril de 2012


Comentários

Post mais lidos nos últimos 7 dias

90 trechos da Bíblia que são exemplos de ódio e atrocidade

Morre o americano Daniel C. Dennett, filósofo e referência contemporânea do ateísmo

Veja 14 proibições das Testemunhas de Jeová a seus seguidores

Entre os 10 autores mais influentes de posts da extrema-direita, 8 são evangélicos

Ignorância, fé religiosa e "ciência" cristã se voltam contra o conhecimento

Vídeo mostra adolescente 'endemoninhado' no chão. É um culto em escola pública de Caxias

Malafaia divulga mensagem homofóbica em outdoors do Rio

Oriente Médio não precisa de mais Deus. Precisa de mais ateus

Cartunista Laerte anuncia que agora não é homem nem mulher

Música gravada pelo papa Francisco tem acordes de rock progressivo. Ouça