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Quem crê em divindades gosta de ser enganado, diz Shermer


'Desenvolver censo
crítico exige educação,
reflexão e tempo'

Professar uma crença, acreditar em divindades, dar crédito a charlatões como médiuns, adivinhos e cartomantes é para quem prefere ser enganado, disse o psicólogo e escritor americano Michael Shermer, 57. “Crer é muito mais fácil.”

Shermer é diretor da Sociedade Cética e da revista Skeptic. Ele está lançando no Brasil o seu livro “Por que as pessoas acreditam em coisas estranhas” (JSN, 384 págs, R$ 65). Ele disse que o título do livro seria mais correto se tivesse a palavra "farsa" ou "enganação".


Crer sem questionar faz parte da natureza humana, disse ele em entrevista a Peter Moon, da Época. “Basta o médium dizer que tem poderes, que as pessoas acreditam.”

“Não evoluímos para duvidar ou questionar”, afirmou. “Desenvolver um senso crítico e uma visão própria de mundo exige educação, reflexão e tempo.”

Ele disse que a diferença entre os adivinhos do sobrenatural e os mágicos profissionais é que estes confessam que fazem truques.

“Isso tem razões históricas. No tempo da Inquisição, os mágicos foram sensatos em dizer que não eram bruxos. Eles confessaram que faziam truques para não acabar na fogueira. A confissão retirou dos mágicos profissionais a aura sobrenatural, a qual, embora tentem até hoje, nunca conseguiram resgatar.”

O escritor não concorda com o senso comum segundo o qual as mulheres acreditam mais em esquisitices do que o homem.

“Homens e mulheres têm a mesma tendência para acreditar nessas coisas”, afirmou.


“O que muda é o tipo de esquisitice: mulheres acreditam mais em mediunidade, espiritismo, cartomantes, bruxaria, amuletos, terapias alternativas, curandeiros e simpatias. Os homens preferem acreditar em paranormalidade, pseudociência, criacionismo e objetos voadores não identificados”.

Ele não se importa com as crendices dos religiosos. “[Se eles] querem acreditar num deus bondoso, num paraíso com 100 mil virgens ou seja lá o que for, não dou a mínima.”

O que o preocupa, disse, são os seguidores de religiões que querem restringir as liberdades individuais, os que jogam bomba contra arranha-céus e em clínicas de aborto, os que querem mutilar mulheres e os que desejam proibir o ensino da Teoria da Evolução.

Ao responder uma pergunta sobre a forte religiosidade dos brasileiros, Shermer afirmou que, à medida que aumenta a escolaridade e a educação científica da população, cai o porcentual de religiosos. “É um caminho sem volta”, disse.

“Basta os governos investirem em educação de qualidade.”




Maçonaria não me quer, nem eu a aceito

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