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Clérigo saudita proíbe boneco de neve por ser anti-islâmico

Munajjid: Deus não permite a representação do homem O xeque Mohammed Saleh al-Munajjid (foto), importante clérigo da Arábia Saudita, baixou um decreto proibindo que as pessoas, incluindo crianças, façam bonecos de neve porque são anti-islâmicos. Fiéis têm afirmado no Twitter que se trata de uma determinação absurda porque Maomé nunca fez qualquer referência a isso. Alguns deles tem publicado bonecos de neve engraçados, em desafio ao líder religioso. Munajjid falou sobre a proibição ao ser consultado por um fiel, em um site religioso, se os filhos deles poderiam fazer bonecos com a neve de uma tempestade ao norte do país. O xeque foi enfático: “Não é permitido fazer estátua de neve, mesmo para as crianças se divertirem”. Munajjid argumentou que, de acordo com estudiosos do Alcorão, a criação de imagem de um ser humano é pecaminosa, na interpretação do islamismo sunita. Falou que Deus permite que os homens façam o que quiserem, como navios e edifícios, mas eles não podem

Secularização fechará 65% das igrejas da Holanda em dez anos

Igreja virou   pista de  skate A secularização vai continuar se expandindo nos países europeus, com efeito devastador principalmente na Holanda. Nos próximos dez anos, cerca de 65% das igrejas do país vão ser desativadas por falta de fiéis. A Igreja Católica terá de fechar as portas de mil templos e a protestante, 700. A estimativa é do The Wall Street Journal , publicação americana.

Charlie Hebdo diz ser jornal ateu e põe de novo Maomé na capa

Jornal fez Maomé soltar uma lágrima pelos mortos O principal editorial da edição desta quarta-feira (14) do Charlie Hebdo diz que é um jornal ateu que, nos últimos dias, “fez mais milagres do que todos os santos e profetas juntos”, referindo às manifestações na França em defesa da liberdade de imprensa. “O que mais nos dá orgulho é que vocês têm nas mãos o jornal que sempre fizemos”, afirma. A edição tem três milhões de exemplares e há versões em seis idiomas, incluindo o árabe e o turco. Ela foi feita pelos “sobreviventes” do jornal. No dia 7 de janeiro dois islâmicos invadiram a sede do Charlie e mataram quatro cartunistas, em um atentado que no total tirou a vida de 12 pessoas. Para os fanáticos religiosos, tratou-se de uma “vingança” pelas charges que o jornal publicou de Maomé. Nesta edição, Maomé reapareceu na capa do jornal. O profeta está soltando uma lágrima e o cartaz que segura diz: “Eu sou Charlie” — afirmação que, nestes dias, se tornou sinônimo de resist

BBC anula sua proibição de mostrar charges de Maomé

Enquanto BBC retoma sua independência, jornal de Nova Iorque se autocensura, empastelando foto do Charlie Hbdo O noticiário da britânica BBC sobre o atentado ao Charlie Hbdo tem mostrado charges de Maomé publicadas pelo jornal francês, o que, de início, surpreendeu funcionários da própria emissora porque a orientação era não divulgar representações do profeta. Para os muçulmanos, qualquer figura de Maomé, mesmo não tendo conteúdo satírico, é uma ofensa. A direção da BBC afirmou que a proibição já tinha sido considerada ultrapassada antes mesmo do ataque ao jornal satírico. Um porta-voz da influente emissora disse que a antiga orientação não refletia a independência editorial da BBC, que garante liberdade a seus jornalistas e produtores. A matança dos chargistas do Charlie Hbdo por fanáticos islâmicos tem levado leitores a pressionar jornais de diferentes países a não se amedrontarem quando tiverem de reproduzir representações de Maomé. Marc Cooper, um professor de j

Religião continua sendo o ópio do povo, escreve jornalista

Título original: "Ateu, graças a Deus" " A figura de deus serviu para desequilibrados assassinarem jornalistas e cartunistas" por Ricardo Melo para Folha de S.Paulo A barbárie estampada na chacina parisiense suscita inúmeras questões. O ponto de partida: sob nenhum ponto de vista é possível justificar o ataque dos fanáticos contra a Redação do Charlie Hebdo. Agiram como facínoras, quaisquer que tenham sido suas motivações. Não merecem nenhum tipo de comiseração. Invocar atenuantes é renunciar aos (poucos) avanços que a civilização humana proporcionou até agora. “A religião é o ópio do povo”, diz uma frase de velhos pensadores. Permanece verdadeira até hoje. Qual a diferença entre as Cruzadas, a Inquisição e o jihadismo atual? Nenhuma na essência. Tanto uns como outros usaram, e usam, a religião como justificativa para atrocidade desmedidas. Tanto uns como outros servem a interesses que não têm nada a ver com o progresso da civilização e a solidariedade

Egito condena estudante à prisão pelo crime de ser ateu

Jovem foi acusado à Justiça pelo seu próprio pai A Justiça da província do Delta do Nilo, no Egito, condenou o estudante Karim al-Banna, 21, a três anos de prisão por blasfêmia e por escrever no Facebook que é ateu. No tribunal o jovem foi acusado pelo seu próprio pai. A República Árabe do Egito tem cerca de 86 milhões de pessoas, sendo 90% das quais islamitas sunitas. A lei egípcia considera como crime ofensas às três grandes religiões monoteístas -- islamismo, cristianismo e judaísmo. Apesar disso, cristãos têm se queixado de discriminação. Ahmed Abdel Nabi, advogado do jovem, disse que seu cliente poderá recorrer da sentença e aguardar novo julgamento em liberdade, desde que pague de fiança 1.000 libras egípcias (cerca 333 reais). O pai de Banna disse ao juiz que o seu filho tinha adotado “ideias extremistas contra o Islã”. Um jornal local já tinha acrescentado o estudante em uma lista de “ateus notórios”, e Banna passou a ser incomodado por vizinhos. O jovem se queixo

Morte de humoristas agradou a alguns no Brasil, diz Porchat

Humorista disse que ataque em Paris deixou alguns brasileiros 'realizados' O humorista Fábio Porchat, do canal no Youtube “Porta dos Fundos”, disse ter a sensação de que alguns brasileiros ultraconservadores se “sentiram realizados” com a morte de cartunistas do jornal francês Charlie Habdo por terroristas islâmicos. “É como (esses brasileiros) se dissessem: ‘quem mandou mexer com religião, bem feito’”. A religião tem sido ultimamente um dos temas mais frequentes do “Porta dos Fundos”. Seus esquetes obtêm grande audiência. O vídeo “Os Dez Mandamentos”, por exemplo, foi acessado mais de 13 milhões de vezes. Em um artigo para o Estadão, Porchat escreveu que as pessoas que o desafiam nas redes sociais a fazer piada com Maomé querem, na verdade, que fanáticos do Islã façam o “trabalho sujo por eles”. Essas pessoas, segundo Porchat, pensam assim: “Já que eu não posso matar o Fábio, vou arranjar alguém que esteja disposto a isso”. Porchat disse que “Porta dos Fundos”

Professora da USP põe a crença islâmica acima da liberdade de expressão