O grupo impõe fechamento de terreiros e persegue religiões de matriz africana. Aliança com GDE e PCC fortalece expansão no Nordeste e sistema prisional tem alta adesão.
O Terceiro Comando Puro (TCP) muda o desenho do crime organizado no Brasil. A facção usa símbolos e discursos do pentecostalismo como marca. O grupo cresce e toma territórios de forma agressiva.
O TCP era forte apenas no Rio de Janeiro. Agora ocupa o posto de terceira maior força criminosa do país. A organização fica atrás apenas do Comando Vermelho (CV) e do Primeiro Comando da Capital (PCC).
A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) aponta esses dados em relatório recente. O documento mostra o crescimento acelerado da quadrilha em diversas regiões. O alerta da inteligência federal indica perigo.
O TCP ganhou fama nacional no Rio a partir de 2020. O bando dominou cinco comunidades da zona norte carioca na época. Eles batizaram a área de Complexo de Israel.
O TCP ganhou fama nacional no Rio a partir de 2020. O bando dominou cinco comunidades da zona norte carioca na época. Eles batizaram a área de Complexo de Israel.
Criminosos colocaram uma estrela de Davi gigante no alto de uma caixa d’água para marcar o local.
Símbolos religiosos e liderança do tráfico
A polícia derrubou a estrela em março deste ano. A operação removeu um imóvel de luxo usado pelo chefe local do tráfico. O líder se chama Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como “Peixão”.
A polícia derrubou a estrela em março deste ano. A operação removeu um imóvel de luxo usado pelo chefe local do tráfico. O líder se chama Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como “Peixão”.
Ele comanda a invasão de territórios e impõe a religião aos subordinados.
“Peixão” nunca foi preso pelas forças de segurança. A trajetória religiosa dele gera dúvidas entre as autoridades que investigam o caso. Ele mistura gestão do crime com práticas de culto.
“Peixão” nunca foi preso pelas forças de segurança. A trajetória religiosa dele gera dúvidas entre as autoridades que investigam o caso. Ele mistura gestão do crime com práticas de culto.
O traficante usa a fé para justificar o controle sobre os moradores das favelas dominadas.
A facção rompeu as fronteiras do estado do Rio de Janeiro. A Abin detectou a presença do grupo em nove estados diferentes. Eles estão no Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás e Bahia. O bando também chegou ao Ceará, Amapá, Acre, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul.
A facção rompeu as fronteiras do estado do Rio de Janeiro. A Abin detectou a presença do grupo em nove estados diferentes. Eles estão no Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás e Bahia. O bando também chegou ao Ceará, Amapá, Acre, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul.
Avanço no Ceará e intolerância religiosa
O órgão de inteligência classifica o TCP como “grupo emergente no contexto nacional”. O Ceará vive uma situação específica de avanço criminoso.
O órgão de inteligência classifica o TCP como “grupo emergente no contexto nacional”. O Ceará vive uma situação específica de avanço criminoso.
Símbolos como a estrela de Davi aparecem nas ruas das cidades. Frases como “Jesus é dono do lugar” marcam muros na região metropolitana de Fortaleza.
A BBC de Londres confirmou a presença desses sinais no local recentemente. O uso da religião serve para intimidar rivais e moradores locais. A facção impõe regras baseadas em uma visão particular do cristianismo. Isso gera conflitos diretos com pessoas de outras crenças.
Denúncias surgiram em outubro sobre ataques violentos a outras fés. Criminosos ordenaram o fechamento de terreiros de umbanda em Maracanaú.
A BBC de Londres confirmou a presença desses sinais no local recentemente. O uso da religião serve para intimidar rivais e moradores locais. A facção impõe regras baseadas em uma visão particular do cristianismo. Isso gera conflitos diretos com pessoas de outras crenças.
Denúncias surgiram em outubro sobre ataques violentos a outras fés. Criminosos ordenaram o fechamento de terreiros de umbanda em Maracanaú.
Eles usam a força bruta para impedir cultos de matriz africana. A Polícia Civil do Ceará investiga esses casos graves de intolerância.
Investigações policiais e alianças locais
As autoridades monitoram a situação de perto desde setembro. A polícia prendeu 37 integrantes da facção nesse período curto. O trabalho de inteligência busca frear o avanço do grupo armado. Os agentes tentam identificar os líderes locais que ordenam os ataques religiosos.
O crescimento no Ceará tem um motivo estratégico claro. O TCP fez uma aliança com a GDE (Guardiões do Estado).
As autoridades monitoram a situação de perto desde setembro. A polícia prendeu 37 integrantes da facção nesse período curto. O trabalho de inteligência busca frear o avanço do grupo armado. Os agentes tentam identificar os líderes locais que ordenam os ataques religiosos.
O crescimento no Ceará tem um motivo estratégico claro. O TCP fez uma aliança com a GDE (Guardiões do Estado).
A GDE é responsável por episódios de violência extrema em Fortaleza no passado. O grupo local sofreu perdas recentes e buscou apoio externo para sobreviver.
A GDE enfraqueceu após a prisão de seus principais líderes. Parte dos membros migrou para o TCP para manter o poder. Esses criminosos ajudaram a firmar a nova facção em áreas desconhecidas. A união permitiu a entrada rápida do grupo carioca no território cearense.
A GDE enfraqueceu após a prisão de seus principais líderes. Parte dos membros migrou para o TCP para manter o poder. Esses criminosos ajudaram a firmar a nova facção em áreas desconhecidas. A união permitiu a entrada rápida do grupo carioca no território cearense.
Conexões com o PCC e táticas de milícia
Pesquisadores explicam o fortalecimento do grupo por três eixos fundamentais. O primeiro eixo é o menor confronto direto com as forças de segurança.
Pesquisadores explicam o fortalecimento do grupo por três eixos fundamentais. O primeiro eixo é o menor confronto direto com as forças de segurança.
O segundo eixo é a parceria estratégica com o PCC. Essa união garante acesso a redes internacionais de tráfico de drogas e armas.
O terceiro eixo é a relação próxima com grupos de milicianos. O TCP copia práticas de extorsão comuns às milícias do Rio. Eles cobram taxas de segurança e controlam serviços básicos da comunidade. A facção aplica esse modelo econômico nos estados onde tenta se firmar.
O grupo surgiu no ano de 2002. A origem foi uma ruptura interna violenta no Comando Vermelho. O TCP mantém uma guerra ativa contra a facção rival desde então.
O terceiro eixo é a relação próxima com grupos de milicianos. O TCP copia práticas de extorsão comuns às milícias do Rio. Eles cobram taxas de segurança e controlam serviços básicos da comunidade. A facção aplica esse modelo econômico nos estados onde tenta se firmar.
O grupo surgiu no ano de 2002. A origem foi uma ruptura interna violenta no Comando Vermelho. O TCP mantém uma guerra ativa contra a facção rival desde então.
O conflito é intenso no Rio de Janeiro. A disputa agora se espalha para outros estados brasileiros.
Violência armada e controle social
Especialistas alertam para a possibilidade de novos confrontos violentos. O Nordeste é uma região de risco elevado para essa guerra. Cidades como Maracanaú e Maranguape registram altas taxas de homicídio. A chegada de um novo grupo armado piora o cenário da segurança pública.
Disputas recentes resultaram em tiroteios intensos nessas localidades. Escolas fecharam as portas por falta de segurança para os alunos.
Especialistas alertam para a possibilidade de novos confrontos violentos. O Nordeste é uma região de risco elevado para essa guerra. Cidades como Maracanaú e Maranguape registram altas taxas de homicídio. A chegada de um novo grupo armado piora o cenário da segurança pública.
Disputas recentes resultaram em tiroteios intensos nessas localidades. Escolas fecharam as portas por falta de segurança para os alunos.
Um vilarejo em Morada Nova ficou vazio após os ataques constantes. Os moradores fogem para não morrer no meio do fogo cruzado dos bandidos.
Quem fica relata viver sob medo constante e pressão. Famílias não conseguem circular em áreas dominadas por grupos rivais.
Quem fica relata viver sob medo constante e pressão. Famílias não conseguem circular em áreas dominadas por grupos rivais.
O TCP mantém a rotina de ameaças e toques de recolher rígidos. A população perde o direito de ir e vir nas próprias comunidades onde vive.
O fenômeno do narcopentecostalismo
A simbologia pentecostal cria uma identidade forte para o crime. Pesquisadores chamam isso de “narcopentecostalismo” em seus estudos. O TCP é o caso mais claro e emblemático desse fenômeno atual. Outros grupos usam, mas eles transformaram a fé em marca registrada da organização.
O discurso religioso legitima a tomada violenta de território. Eles dizem que a invasão é uma vontade divina. O confronto com o Comando Vermelho vira uma “guerra espiritual” para os soldados do tráfico. O CV é associado a símbolos afro-religiosos pelos rivais do TCP.
Setores evangélicos tradicionais rejeitam o termo “traficantes evangélicos” com veemência. Mas a facção cria uma unidade ideológica sólida com a fé. Eles apagam grafites antigos de religiões africanas. Mensagens cristãs ocupam os muros nas áreas de influência do grupo criminoso.
A simbologia pentecostal cria uma identidade forte para o crime. Pesquisadores chamam isso de “narcopentecostalismo” em seus estudos. O TCP é o caso mais claro e emblemático desse fenômeno atual. Outros grupos usam, mas eles transformaram a fé em marca registrada da organização.
O discurso religioso legitima a tomada violenta de território. Eles dizem que a invasão é uma vontade divina. O confronto com o Comando Vermelho vira uma “guerra espiritual” para os soldados do tráfico. O CV é associado a símbolos afro-religiosos pelos rivais do TCP.
Setores evangélicos tradicionais rejeitam o termo “traficantes evangélicos” com veemência. Mas a facção cria uma unidade ideológica sólida com a fé. Eles apagam grafites antigos de religiões africanas. Mensagens cristãs ocupam os muros nas áreas de influência do grupo criminoso.
O cenário prisional e o recrutamento
Entidades de direitos humanos acompanham os relatos de intimidação no Ceará. A intolerância religiosa virou arma de guerra na mão dos bandidos.
Entidades de direitos humanos acompanham os relatos de intimidação no Ceará. A intolerância religiosa virou arma de guerra na mão dos bandidos.
A imposição de uma fé única serve para controlar a mente da comunidade. O medo obriga as pessoas a aceitarem a nova ordem imposta.
O sistema prisional reflete essa realidade de mistura entre fé e crime. Censos recentes mostram que 43% dos presos no Ceará se dizem evangélicos.
O sistema prisional reflete essa realidade de mistura entre fé e crime. Censos recentes mostram que 43% dos presos no Ceará se dizem evangélicos.
Esse dado ajuda a entender a adesão rápida às facções religiosas. O presídio vira local de conversão e recrutamento para o crime organizado.
A mistura de desemprego e desigualdade social favorece o crime. A expansão do protestantismo em áreas pobres cria o ambiente ideal para eles.
A mistura de desemprego e desigualdade social favorece o crime. A expansão do protestantismo em áreas pobres cria o ambiente ideal para eles.
O TCP aproveita essa base social para alistar novos soldados para a guerra. A fé e o crime caminham juntos na estratégia de poder da facção.
> Com informação de Gustavo Kaye, na Agenda do Poder.
> Com informação de Gustavo Kaye, na Agenda do Poder.

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