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Brasileira acusa na Justiça americana TJs de abuso sexual pedindo indenização de US$ 100 milhões

A ação aponta que a liderança mundial da seita prioriza a imagem da organização e transfere abusadores de congregação em vez de denunciá-los à polícia


Uma ação judicial apresentada no Distrito Sul de Nova York coloca a estrutura das Testemunhas de Jeová sob rigorosa análise forense. 

O cenário descrito contrasta com a imagem serena das publicações da Torre de Vigia. As informações constam em documentos obtidos pelo site Avoidjw.org.

Stella Cristina Gomes de Souza move o caso. Ela afirma que sofreu estupros repetidos a partir de 2011, aos 12 anos, no Brasil. 

O acusado é o Superintendente de Circuito Angelo Roviezzo. O homem possuía autoridade espiritual e grande influência na organização durante o período dos crimes.

A queixa descreve a reação institucional ao caso não como justiça ou compaixão, mas como um silêncio absoluto e industrial. 

O processo sustenta que o ocorrido não representa uma falha moral isolada. O encobrimento seria uma característica intrínseca do funcionamento da seita.


A acusação aponta a Watchtower da Pensilvânia, a de Nova York e o Corpo Governante como responsáveis diretos. 

A entidade máxima de decisão opera um canal global de controle. O objetivo seria conter relatos de abuso sexual internamente em vez de proteger as vítimas.

Políticas internas citadas na ação obrigam os anciãos a ligar para as filiais antes de acionar a polícia. Supostos abusadores recebem novas designações em outros locais. Esse “remanejamento” soa administrativo, mas protege a imagem da instituição e expõe crianças ao perigo.

O processo detalha danos vitalícios sofridos por Gomes de Souza. A lista inclui infertilidade, Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) e depressão profunda. 

A incapacidade contínua decorre tanto do abuso físico inicial quanto da supressão organizacional subsequente.

A autora pede uma indenização de US$ 100 milhões. O valor sinaliza a magnitude do dano alegado e a escala da responsabilidade institucional. 

O processo busca iluminar as práticas da Watchtower que afetam sobreviventes de abusos e expor a negligência deliberada.

A Torre de Vigia já lidou com processos de abuso sexual infantil. Este caso, porém, traz registros documentais de natureza diferente. 

Uma vitória da acusação significaria mais que uma crise jurídica. A organização lidaria com uma implosão de marca causada por suas próprias normas.

Este resumo baseia-se apenas em documentos legais e registros factuais. A organização ensina seus membros a desconfiar de qualquer fonte externa às suas publicações. A desconfiança é imposta aos fiéis mesmo diante de evidências públicas, documentadas e inegáveis na Justiça.

> Com informação do site Avoidjw.org e de outras fontes.

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