Pular para o conteúdo principal

Justiça suspende lei que previa Bíblia como apoio pedagógico nas escolas de BH

Decisão atende ação do PSOL que alegava violação da laicidade estatal. O Tribunal citou a necessidade de ensino plural e isento de confessionalidade


O Tribunal de Justiça de Minas Gerais suspendeu a lei que permitia o uso da Bíblia em escolas de Belo Horizonte. A norma previa o texto religioso como material de apoio pedagógico nas redes pública e privada. 

A decisão atende a uma ação direta de inconstitucionalidade. O Partido Socialismo e Liberdade, o PSOL, moveu o processo.

O PSOL questionou a constitucionalidade da regra. O partido alegou violação do princípio constitucional da laicidade estatal. Também afirmou que a medida excedia as competências do município em educação. A Câmara Municipal de BH aprovou a lei em abril deste ano.

A lei recomendava passagens bíblicas em projetos pedagógicos. Ela sugeria o uso em disciplinas como História e Literatura. Vereadores defensores citavam a relevância literária e histórica da Bíblia. A votação rejeitou a emenda por 25 votos a 13. A Prefeitura de Belo Horizonte tinha sancionado a lei em 29 de maio.


O Tribunal
entendeu
a norma
como
interferência
na organização
do ensino.
O texto
privilegiava
uma tradição
religiosa
específica

O TJMG manteve o afastamento imediato da lei. A decisão tem validade até o julgamento final do caso. O tribunal citou jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. 

O Estado não pode adotar ou favorecer conteúdos confessionais no sistema de ensino. O ensino público deve ser plural e isento, disse o TJMG.

A Câmara de BH aprovou o projeto em segundo turno no dia 8 de abril. O placar registrou 28 votos a favor, 8 contra e 2 abstenções. O debate focou na laicidade estatal. A autora defendia o texto como ferramenta para estudo de civilizações, como Israel e Babilônia.

Opositores afirmaram que a medida afrontava o Estado laico. Uma emenda foi rejeitada. Ela tentava barrar conotações religiosas no uso dos textos. 

> Com informação do Tribunal de Justiça de Minas Gerais e de outras fontes.

Comentários

CBTF disse…
Agora tem que derrubar a lei que aprovaram em Salvador chamada "Lei da Cristofobia" que pune com multas pesadas pessoas fantasiadas de freiras, padres, Jesus e anjinhas no Carnaval.
AspenBH disse…
Para muitas crianças que frequentam o ensino público a escola é a ÚNICA oportunidade de acesso ao conhecimento formal. Chega a ser cruel e desumano negar a essas crianças a oportunidade de aprender, substituindo o conteúdo curricular legítimo por folclore religioso.

Post mais lidos nos últimos 7 dias

Vicente e Soraya falam do peso que é ter o nome Abdelmassih

Feliciano manda prender rapaz que o chamou de racista

Marcelo Pereira  foi colocado para fora pela polícia legislativa Na sessão de hoje da Comissão de Direitos Humanos e Minoria, o pastor e deputado Marco Feliciano (PSC-SP), na foto, mandou a polícia legislativa prender um manifestante por tê-lo chamado de racista sob a alegação de ter havido calúnia. Feliciano apontou o dedo para um rapaz: “Aquele senhor de barba, chama a segurança. Ele me chamou de racista. Racismo é crime. Ele vai sair preso daqui”. Marcelo Régis Pereira, o manifestante, protestou: “Isso [a detenção] é porque sou negro. Eu sou negro”. Depois que Pereira foi retirado da sala, Feliciano disse aos manifestantes: “Podem espernear, fui eleito com o voto do povo”. O deputado não conseguiu dar prosseguimento à sessão por causa dos apitos e das palavras de ordem cos manifestantes, como “Não, não me representa, não”; “Não respeita negros, não respeita homossexuais, não respeita mulheres, não vou te respeitar não”. Jovens evangélicos manifestaram apoio ao ...

90 trechos da Bíblia que são exemplos de ódio e atrocidade

Rabino da Congregação Israelita Paulista é acusado de abusar de mulheres

Orkut tem viciados em profiles de gente morta

Uma das comunidades do Orkut que mais desperta interesse é a PGM ( Profile de Gente Morta). Neste momento em que escrevo, ela está com mais de 49 mil participantes e uma infinidade de tópicos. Cada tópico contém o endereço do profile (perfil) no Orkut de uma pessoa morta e, se possível, o motivo da morte. Apesar do elevado número de participantes, os mais ativos não passam de uma centena, como, aliás, ocorre com a maior parte das grandes comunidades do Orkut. Há uma turma que abastece a PGM de informações a partir de notícias do jornal. E há quem registre na comunidade a morte de parentes, amigos e conhecidos. Exemplo de um tópico: "[de] Giovanna † Moisés † Assassinato Ano passado fizemos faculdade juntos, e hoje ao ler o jornal descubri (sic) que ele foi assassinado pois tentou reagir ao assalto na loja em que era gerente. Tinha 22 anos...” Seguem os endereços do profile do Moisés e da namorada dele. Quando o tópico não tem o motivo da morte, há sempre alguém que ...

Limpem a boca para falar do Drauzio Varella, cristãos hipócritas!

Varella presta serviço que nenhum médico cristão quer fazer LUÍS CARLOS BALREIRA / opinião Eu meto o pau na Rede Globo desde o começo da década de 1990, quando tinha uma página dominical inteira no "Diário do Amazonas", em Manaus/AM. Sempre me declarei radicalmente a favor da pena de morte para estupradores, assassinos, pedófilos, etc. A maioria dos formadores de opinião covardes da grande mídia não toca na pena de morte, não discutem, nada. Os entrevistados de Sikera Júnior e Augusto Nunes, o povo cristão da rua, também não perdoam o transexual que Drauzio, um ateu, abraçou . Então que tipo de país de maioria cristã, tão propalada por Bolsonaro, é este. Bolsonaro é paradoxal porque fala que Jesus perdoa qualquer crime, base haver arrependimento Drauzio Varella é um médico e é ateu e parece ser muito mais cristão do que aqueles dois hipócritas.  Drauzio passou a vida toda cuidando de monstros. Eu jamais faria isso, porque sou ateu e a favor da pena de mor...

Suécia corta subsídios das igrejas fundamentalistas e impõe novas restrições

Psicóloga defende Feliciano e afirma que monstro é a Xuxa

Marisa Lobo fez referência ao filme de Xuxa com garoto de 12 anos A “psicóloga cristã” Marisa Lobo (foto) gravou um vídeo [ver abaixo] de 2 minutos para defender o pastor e deputado Marco Feliciano (PSC-SP) da crítica da Xuxa segundo a qual ele é um “monstro” por propagar que a África é amaldiçoada e a Aids é uma “doença gay”. A apresentadora, em sua página no Facebook, pediu mobilização de seus fãs para que Feliciano seja destituído da presidência da Comissão de Direitos Humanos e das Minorias da Câmara. Lobo disse que “monstro é quem faz filme pornô com criança de 12 anos”. Foi uma referência ao filme “Amor Estranho Amor”, lançado em 1982, no qual Xuxa faz o papel de uma prostituta. Há uma cena em que a personagem, nua, seduz um garoto, filho de outra mulher do bordel. A psicóloga evangélica disse ter ficado “a-pa-vo-ra-da” por ter visto nas redes sociais que Xuxa, uma personalidade, ter incitado ódio contra um pastor. Ela disse que as filhas (adolescentes) do pastor são fãs...

Prefeito de São Paulo veta a lei que criou o Dia do Orgulho Heterossexual

Kassab inicialmente disse que lei não era homofóbica

Pastor da Frente Parlamentar quer ser presidente do Brasil

Feliciano sabe das 'estratégias do diabo' contra um presidente cristão O pastor Marco Feliciano (foto), 41, do Ministério Tempo de Avivamento, disse sonhar com um Brasil que tenha um presidente da República que abra o programa “Voz do Brasil” dizendo: “Eu cumprimento o povo brasileiro com a paz do Senhor”.  Esse presidente seria ele próprio, conforme desejo que revelou no começo deste ano. Feliciano também é deputado federal pelo PSC-SP e destacado membro da Frente Parlamentar Evangélica. Neste final de semana, após um encontro com José Serra (PSDB), candidato a prefeito de São Paulo, Feliciano falou durante um culto sobre “as estratégias do diabo” para dificultar o governo de um "presidente cristão":  "A militância dos gays, a militância do povo que luta pelo aborto, a militância dos que querem descriminalizar as drogas". Como parlamentar, Feliciano se comporta como se o Brasil fosse um imenso templo evangélico. Ele é autor, entre outros, do p...