Pular para o conteúdo principal

Fé de pais TJs não supera direito à vida de um bebê, decide juíza

Recém-nascido precisou de transfusão de sangue para sobreviver; familiares tentaram impedir


A juíza da Vara da Infância e Juventude de Ilhéus (BA), Sandra Magali Brito Silva Mendonça, deferiu liminar para um recém-nascido receber transfusão de sangue, mesmo contra a vontade dos pais, que são Testemunhas de Jeová.

O bebê, nascido prematuramente e com diversos problemas de saúde, precisava da transfusão para sobreviver. No entanto, os pais se recusavam a autorizar o procedimento por motivos religiosos.

Prioridade à vida

Para a juíza, a liberdade religiosa dos pais não se sobrepõe ao direito à vida e à saúde da criança. “Acima de tudo, está o princípio da dignidade humana”, ressaltou Sandra Mendonça. “A recusa dos pais em submeter o filho à transfusão de sangue configura risco iminente à sua vida, o que não pode ser tolerado.”


A decisão da juíza
teve como base o
Estatuto da Criança
e do Adolescente,
que garante o 
direito à vida 
aos jovens

“O ECA estabelece que o melhor interesse da criança deve sempre prevalecer”, afirmou a magistrada. “E, no caso em questão, o melhor interesse da criança é receber o tratamento médico que pode salvar sua vida.”

Direitos em harmonia

Sandra Mendonça também destacou que a liberdade religiosa é um direito fundamental, mas que não pode ser usada para prejudicar o bem-estar de outras pessoas.

“A liberdade religiosa deve ser exercida em harmonia com outros direitos, como o direito à vida e à saúde”, disse. “No caso do bebê de Ilhéus, o direito à vida se sobrepõe à liberdade religiosa dos pais.”

Uma mensagem clara

A decisão da juíza em Ilhéus envia uma mensagem clara de que o Estado brasileiro não tolerará que a fé religiosa seja usada para colocar em risco a vida de crianças. “Todos os cidadãos, independentemente de sua religião, têm o direito à vida e à saúde”, finalizou Sandra Mendonça. 

“E o Estado tem o dever de proteger esses direitos, especialmente quando se trata de crianças.”

Detalhes do caso

— O bebê nasceu prematuramente e com diversos problemas de saúde, incluindo insuficiência respiratória e cardiopatia.

— Devido à gravidade do quadro clínico, a equipe médica do Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio recomendou a transfusão de sangue.

— Os pais do bebê se recusaram a autorizar o procedimento por motivos religiosos.

— O Ministério Público acionou a Justiça para a transfusão ser realizada.

— A juíza Sandra Magali Brito Silva Mendonça deferiu liminar para a transfusão ser realizada, “se” e “quando” necessária.

> Com informação do processo processo 8005412-97.2024.8.05.0103.

Comentários

Post mais lidos nos últimos 7 dias

Vicente e Soraya falam do peso que é ter o nome Abdelmassih

90 trechos da Bíblia que são exemplos de ódio e atrocidade

Limpem a boca para falar do Drauzio Varella, cristãos hipócritas!

Varella presta serviço que nenhum médico cristão quer fazer LUÍS CARLOS BALREIRA / opinião Eu meto o pau na Rede Globo desde o começo da década de 1990, quando tinha uma página dominical inteira no "Diário do Amazonas", em Manaus/AM. Sempre me declarei radicalmente a favor da pena de morte para estupradores, assassinos, pedófilos, etc. A maioria dos formadores de opinião covardes da grande mídia não toca na pena de morte, não discutem, nada. Os entrevistados de Sikera Júnior e Augusto Nunes, o povo cristão da rua, também não perdoam o transexual que Drauzio, um ateu, abraçou . Então que tipo de país de maioria cristã, tão propalada por Bolsonaro, é este. Bolsonaro é paradoxal porque fala que Jesus perdoa qualquer crime, base haver arrependimento Drauzio Varella é um médico e é ateu e parece ser muito mais cristão do que aqueles dois hipócritas.  Drauzio passou a vida toda cuidando de monstros. Eu jamais faria isso, porque sou ateu e a favor da pena de mor...

Feliciano manda prender rapaz que o chamou de racista

Marcelo Pereira  foi colocado para fora pela polícia legislativa Na sessão de hoje da Comissão de Direitos Humanos e Minoria, o pastor e deputado Marco Feliciano (PSC-SP), na foto, mandou a polícia legislativa prender um manifestante por tê-lo chamado de racista sob a alegação de ter havido calúnia. Feliciano apontou o dedo para um rapaz: “Aquele senhor de barba, chama a segurança. Ele me chamou de racista. Racismo é crime. Ele vai sair preso daqui”. Marcelo Régis Pereira, o manifestante, protestou: “Isso [a detenção] é porque sou negro. Eu sou negro”. Depois que Pereira foi retirado da sala, Feliciano disse aos manifestantes: “Podem espernear, fui eleito com o voto do povo”. O deputado não conseguiu dar prosseguimento à sessão por causa dos apitos e das palavras de ordem cos manifestantes, como “Não, não me representa, não”; “Não respeita negros, não respeita homossexuais, não respeita mulheres, não vou te respeitar não”. Jovens evangélicos manifestaram apoio ao ...

Prefeito de São Paulo veta a lei que criou o Dia do Orgulho Heterossexual

Kassab inicialmente disse que lei não era homofóbica

Físico afirma que cientistas só podem pensar na existência de Deus como hipótese

Deputado gay é ameaçado de morte no Twitter por supostos evangélicos

Resposta do deputado Jean Wyllys O militante gay e deputado Jean Wyllys (PSOL) recebeu hoje (18) pelo Twitter três ameaças de morte de supostos evangélicos. Diz uma delas: "É por ofender a bondade de Deus que você deve morrer". Outra: "Cuidado ao sair de casa, você pode não voltar". A terceira: “"A morte chega, você não tarda por esperar".  O deputado acredita que as ameaças tenham partido de fanáticos religiosos. “Esses religiosos homofóbicos, fundamentalistas, racistas e enganadores de pobres pensam que me assustam com ameaças de morte!”, escreveu ele no Twitter. Wyllys responsabilizou os pastores por essas “pessoas doentes” porque “eles as conduzem demonizando minorias”. Informou que vai acionar as autoridades para que os autores da ameaça seja penalizados. Escreveu: "Vou recorrer à Justiça toda vez que alguém disseminar o ódio racista, misógino e homofóbico no Twitter, mesmo que seja em nome de seu deus". Defensor da união civi...

Drauzio Varella afirma por que ateus despertam a ira de religiosos

Promotor nega ter se apaixonado por Suzane, mas foi suspenso

Gonçalves, hoje com 45 anos, e Suzane quando foi presa, 23 No dia 15 de janeiro de 2007, o promotor Eliseu José Berardo Gonçalves (foto), 45, em seu gabinete no Ministério Público em Ribeirão Preto e ao som de músicas românticas de João Gilberto, disse a Suzane Louise Freifrau von Richthofen (foto), 27, estar apaixonado por ela. Essa é a versão dela. Condenada a 38 anos de prisão pela morte de seus pais em outubro de 2002, a moça foi levada até lá para relatar supostas ameaças de detentas do presídio da cidade. Depois daquele encontro com o promotor, ela contou para uma juíza ter sido cortejadar.  Gonçalves, que é casado, negou com veemência: “Não me apaixonei por ela”. Aparentemente, Gonçalves não conseguiu convencer sequer o Ministério Público, porque foi suspenso 22 dias de suas atividades por “conduta inadequada” e por também por ter dispensado uma testemunha importante em outro caso. Ele não receberá o salário correspondente a esse período. O Fantástico de ontem apre...

Cinco deuses filhos de virgens morreram e ressuscitam. E nenhum deles é Jesus