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Em 2022, houve 100 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos no Brasil

Especialista diz haver necessidade de informar a população sobre cuidados na internet e formar profissionais para fortalecer a segurança cibernética do país


Em 2022, o Brasil sofreu 103 bilhões de tentativas e ameaças de ataques cibernéticos, segundo levantamento da empresa de segurança cibernética Fortinet. 

Esse número representa cerca de 30% dos casos registrados em toda a América Latina e Caribe, que somaram 360 bilhões. O phishing — comum em e-mails falsos que disseminam malwares capazes de acessar máquinas remotamente — continua sendo o vetor principal dos ataques.

Hackers do mal
aperfeiçoam as
técnicas de ataque

Marcos Simplício, do Departamento de Engenharia de Computação e Sistemas Digitais da Escola Politécnica da USP, explica que os métodos de ataque têm se aperfeiçoado cada vez mais.

“Ataques na cadeia de suprimentos têm crescido, ataques que não vão exatamente no produto pronto, vão em sistemas que atualizam outros sistemas. Se um sistema que atualiza a máquina, que ajuda a automatizar o processo de atualização é comprometido, um monte de máquina é comprometido, porque pega uma atualização que tem uma vulnerabilidade ali instalada”.

Essas vulnerabilidades, chamadas de malwares, têm sido instaladas de diversas maneiras: “Tem o pessoal que tem contratado pessoas internas, para essas pessoas propositadamente colocarem um malware dentro da empresa”. 

Em dispositivos de usuários comuns, “boa parte dos ataques é feita por malwares que estão instalados em máquinas que estejam desatualizadas”, esclarece o professor.

Simplício também menciona o ransonware, que é um malware de roubo de dados que envolve ameaças de vazamento em troca de dinheiro: “[São] aqueles que cifram os dados locais e exigem uma certa quantia em dinheiro, em bitcoins ou alguma criptomoeda pela chave de decifração, senão eles não permitem que você acesse os seus dados", diz. 

"Nessa história de ransonware tem crescido a tripla extorsão: os dados são, antes de serem cifrados, roubados. E aí você tem que pagar para não ter os dados divulgados”.

Algumas medidas estão sendo tomadas pelo governo federal e outros órgãos para melhorar a segurança cibernética. “Um programa que vai começar agora, de treinamento de segurança de profissionais na área de segurança, se chama Hackers do Bem. Tem um conjunto de empresas também, o EMBRAPII, que está querendo criar centros de excelência voltados à cibersegurança”, diz Simplício.

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'Quando saí [do  convento], era como eu  tivesse renascido' Elizabeth Murad (foto), de Fort Pierce (EUA), lembra bem do dia em que saiu do convento há 41 anos. Sua sensação foi de alívio. Ela tocou as folhas de cada árvore pela qual passou. Ouviu os pássaros enquanto seus olhos azuis percorriam o céu, as flores e grama. Naquele dia, tudo lhe parecia mais belo. “Quando saí, era como se eu estivesse renascido”, contou. "Eu estava usando de novo os meus sentidos, querendo tocar em tudo e sentir o cheiro de tudo. Senti o vento soprando em meu cabelo pela primeira vez depois de um longo tempo." Ela ficou 13 anos em um convento franciscano de Nova Jersey. Hoje, aos 73 anos, Elizabeth é militante ateísta. É filiada a uma fundação que denuncia as violações da separação entre o Estado e Igreja. Ela tem lutado contra a intenção de organizações religiosas de serem beneficiadas com dinheiro público. Também participa do grupo Treasure Coast , de humanistas seculares.

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